Surto de virose: Em quais praias do litoral paulista norovírus foi encontrado?

Praia Grande, que fica no litoral Sul de SPReprodução: commons

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) atualizou, na última quinta-feira (9), o boletim de qualidade das praias do litoral paulista. O relatório apontou que 51 praias estão impróprias para banho, porém apenas duas registraram, de fato, o vírus que causou o surto de virose no litoral. A próxima atualização da companhia é divulgada no próximo dia 16.

O norovírus, causador de gastroenterite com sintomas como diarreia intensa, vômitos e febre alta, foi identificado em amostras de água coletadas no Guarujá e em Praia Grande na quarta-feira (8). A transmissão do vírus ocorre por via oral-fecal e o vírus é altamente contagioso, contribuindo para o aumento de casos de virose na região.

Praia Grande, na Baixada Santista, lidera com 11 praias impróprias. No Litoral Norte, 17 praias também foram reprovadas pela Cetesb, incluindo sete em São Sebastião, quatro em Ubatuba e seis em Ilhabela. O aumento no número de praias impróprias é diretamente ligado à presença de bactérias, como Escherichia coli e enterococos, indicativas de poluição por esgoto.

A lista das praias impróprias para banho inclui:

  • Ubatuba: Itaguá (2 trechos), Rio Itamambuca, Perequê-Açu, Perequê-Mirim
  • Caraguatatuba: Prainha
  • São Sebastião: Cigarras, São Francisco, Arrastão, Pontal da Cruz, Deserta, Porto Grande, Preta do Norte
  • Ilhabela: Sino, Siriúba, Itaquanduba, Portinho, Feiticeira, Julião
  • Guarujá: Perequê, Enseada (1 trecho)
  • Santos: Embaré, Boqueirão, Gonzaga, José Menino (2 trechos)
  • São Vicente: Milionários, Gonzaguinha, Prainha
  • Praia Grande: Canto do Forte, Boqueirão, Guilhermina, Aviação, Vila Tupy, Ocian, Maracanã, Vila Caiçara, Vila Mirim, Real, Flórida
  • Mongaguá: Central, Vera Cruz, Santa Eugênia, Agenor de Campos
  • Itanhaém: Parque Balneário, Centro, Jardim São Fernando, Sonho, Balneário Jardim Regina, Balneário Gaivota

Virose no Litoral Paulista

O surto de virose que atingiu o Guarujá no fim do ano passado, com um grande número de turistas e moradores buscando atendimento médico devido a sintomas como náuseas, diarreia e dores abdominais intensas, chamou a atenção para a saúde pública na região.

A cidade sobrecarregou o sistema de saúde local e, em resposta, a Prefeitura do Guarujá acionou a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) para investigar possíveis vazamentos e ligações clandestinas de esgoto que poderiam estar contribuindo para o aumento de casos.

A Sabesp, no entanto, informou em nota que o surto de virose não tem relação com sua operação e afirmou que não foi notificada pela prefeitura sobre o caso. A empresa destacou que o Guarujá possui cerca de 45 mil imóveis irregulares, que podem estar despejando esgoto em galerias de águas pluviais, o que pode afetar a balneabilidade das praias da região.

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