“Cidade mais quente do Brasil” marca 41,8 °C, maior temperatura de 2025

Termômetros marcaram 42ºCFutura Press

A cidade de Porto Murtinho, localizada na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, alcançou 41,8°C de temperatura máxima na sexta-feira, 10 de janeiro, marcando a maior temperatura no Brasil em 2025 até o momento, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

As temperaturas acima de 40°C têm sido registradas frequentemente em cidades do sul de Mato Grosso do Sul. Em Porto Murtinho, os termômetros marcaram 40,1°C no dia 7 de janeiro e 41,2°C no dia 9 de janeiro. Já a região de Amambai registrou 40,3°C em 10 de janeiro, sendo a segunda maior temperatura do país no dia.

Causas do calor intenso

A bolha de calor está concentrada nas áreas a oeste e centro-sul de Mato Grosso do Sul. A capital Campo Grande também tem apresentado temperaturas acima da média para esta época do ano, com 36,2°C no dia 10 de janeiro, a mais alta entre as capitais brasileiras.

A ausência de nebulosidade e chuvas tem permitido que o sol aqueça o ar por muitas horas consecutivas, resultando em temperaturas muito acima do normal. A chuva e a nebulosidade são essenciais para regular a temperatura diária do ar.

Além disso, o fenômeno La Niña, que se formou no oceano Pacífico Equatorial em janeiro, tem causado uma maior frequência nos corredores de umidade na região Centro-Oeste, fazendo com que o centro-sul e oeste de Mato Grosso do Sul fiquem fora das áreas de chuva mais frequentes e volumosas.

Expectativa para os próximos dias

Para que as temperaturas voltem a níveis mais baixos, é necessário que a circulação de ventos mude, direcionando o fluxo de umidade da Amazônia para o sul de Mato Grosso do Sul e para o Sul do Brasil. Isso estimularia a formação de mais nuvens e a ocorrência de chuvas na região. Contudo, não há previsão de que isso aconteça até o final da primeira quinzena de janeiro. Nos próximos dias, o calor deve persistir, com temperaturas que podem ultrapassar os 40°C em algumas áreas do estado.

Além disso, o nível de umidade no ar segue abaixo do normal, e a chuva continuará escassa no oeste e centro-sul de Mato Grosso do Sul até o fim da primeira quinzena de janeiro.

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