Especialistas analisam possíveis causas e falhas para acidente aéreo que deixou 67 mortos nos EUA


Um helicóptero e um avião comercial se chocaram em Washington e caíram no Rio Potomac. Os investigadores analisam três fatores: ação humana, possível falha das aeronaves e condições climáticas. Especialistas analisam possíveis causas e falhas para acidente aéreo que deixou 67 mortos
Um acidente raríssimo, com 67 mortos, no espaço aéreo mais controlado do mundo: isso aconteceu na quarta-feira (29), em Washington, nos Estados Unidos, com o choque entre um helicóptero e um avião comercial. O Fantástico recuperou, então, os últimos momentos das duas aeronaves e foi atrás de especialistas para entender os desafios para um pouso nessa região de fluxo intenso e próxima a prédios do governo americano, como Casa Branca, Congresso e Pentágono.
Colisão entre avião comercial e helicóptero em Washington, nos Estados Unidos
Reprodução/Fantástico
Faltava pouco tempo para a aterrissagem quando a torre de tráfego no Aeroporto Nacional Ronald Reegan chamou o helicóptero no rádio para avisar que a prioridade era do avião e que o helicóptero deveria passar por trás do jato. O helicóptero, porém, não mudou de direção e as aeronaves se chocaram e caíram no Rio Potomac.
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A reportagem do Fantástico foi a um centro de treinamento no Canadá para entender os desafios de um piloto para pousar na região.
Repórter Felipe Coagglio em centro de treinamento no Canadá
Reprodução/Fantástico
“O principal desafio para o aeroporto Ronald Reagan e de qualquer aeroporto muito movimentado no mundo sempre vai ser o tráfego, especialmente à noite. A intensidade das luzes da cidade, muitas vezes, pode esconder outros aviões e, quanto mais nos aproximamos da pista, mais desafiadora ela se torna”, explicou o instrutor de voo Aaron Murphy.
Ex-oficial da Força Aérea Americana, Elizabeth Mc Cornick pilotou um helicóptero do mesmo modelo que o do acidente – Black Hawk – e afirma que, para ela, faltava um militar na equipe. Havia três militares a bordo.
“Se tem uma tripulação de três pessoas no helicóptero em um voo visual, significa que apenas um tripulante na parte de trás está enxergando, quando deveríamos ter dois na traseira da aeronave. Isso cria um ponto cego que limita a visibilidade em 25% e aumenta os riscos. A tripulação mínima deve ser de quatro pessoas”, explica.
A equipe do Fantástico também visitou uma base da Marinha em São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, para mostrar como funciona um Black Hawk.
Repórter Paulo Gonçalves para mostrar como funciona um Black Hawk
Reprodução/Fantástico
Os investigadores analisam três fatores: ação humana, possível falha das aeronaves e condições climáticas. Um relatório preliminar feito pela agência que regula a aviação nos Estados Unidos apontou que apenas um controlador trabalhava na torre na hora do acidente em vez de duas.
Um levantamento feito pelo jornal The New York Times apontou que 91% dos aeroportos americanos operam com menos controladores do que o recomendado.
Dois dias após o acidente, foi proibido o tráfego de helicópteros ao redor do aeroporto – inclusive os militares. Existem exceções como o helicóptero estar transportando o presidente dos Estados Unidos ou ser uma emergência médica.
Assista à reportagem completa no vídeo acima.
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