Alphabet, dona do Google, vai liberar uso de inteligência artificial para pesquisas que tenham fins militares


Em comunicado, a empresa não faz referência direta ao uso de armas. Alphabet, dona do Google, vai liberar uso de inteligência artificial para pesquisas que tenham fins militares
Reprodução/TV Globo
A Alphabet, dona do Google, vai liberar o uso de inteligência artificial para pesquisas que tenham fins militares.
As guerras de amanhã começam a ser travadas hoje. Em comunicado, a Alphabet não faz referência direta ao uso de armas. Mas, ao explicar a mudança nos princípios, diz:
“Há uma competição sobre a liderança na área de inteligência artificial num cenário geopolítico cada vez mais complexo. Acreditamos que as democracias devem liderar o desenvolvimento da I.A, guiadas por valores fundamentais como liberdade, equidade e respeito aos direitos humanos. E empresas que tenham esses valores devem trabalhar juntas para proteger as pessoas, promover o crescimento global e apoiar a segurança nacional.”
Em 2018, a empresa adotou uma diretriz que proibia o uso de inteligência artificial para fins militares. Na época, funcionários da Alphabet protestavam contra o uso militar dessa tecnologia, e a empresa rescindiu um contrato com o Departamento de Defesa americano.
Em janeiro, uma reportagem do jornal americano The Washington Post afirmou que documentos internos da Alphabet mostravam que a empresa usou os programas de inteligência artificial para ajudar Israel no combate aos terroristas do Hamas, depois do atentado do dia 7 de outubro de 2023.
Segundo o jornal, os militares de Israel queriam acesso principalmente a um programa chamado Vertex, para acelerar a análise de documentos e gravações de áudio obtidos pelos serviços de inteligência israelenses.
As forças israelenses e a empresa não confirmam a parceria.
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