Família de menino de 8 anos com altas habilidades da Maré enfrenta dificuldades para acessar ensino de qualidade

Matriculado no Jardim Botânico e morando na Maré, o garoto recebeu a promessa de que teria transporte da prefeitura. Mas, em 2025, pararam de oferecer o serviço e família não tem condições financeiras. Família de menino de 8 anos com altas habilidades da Maré enfrenta dificuldades para acessar ensino de qualidade
A família de um menino de 8 anos que tem altas habilidades e mora no Complexo da Maré tem enfrentado dificuldades para acessar a escola especializada onde o menino foi matriculado, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio.
São cerca de 20 quilômetros diários que Álvaro Siqueira de Melo, o Alvinho, deveria cruzar para estudar em um instituto que atende jovens superdotados em situação de vulnerabilidade.
No ano passado, o prefeito Eduardo Paes, em um evento com o presidente Lula, prometeu transporte escolar para o garoto.
O serviço foi oferecido, mas no retorno escolar foi cortado.
“Alegaram que eles nem poderiam ter oferecido o transporte no ano passado porque é exclusivo para pessoas com deficiências de locomoção. Mas a criança com altas habilidades tem o direito do atendimento de um educador especializado e, para ter acesso, é necessário transporte”, explica a mãe do menino, Priscila de Mello.
O garoto foi diagnosticado aos 5 anos. Além de uma escola especializada para crianças com altas habilidades na Maré, o menino sonha em ser construtor de robôs.
Segundo a mãe, uma nova ajuda foi oferecida pela Secretaria de Educação do Rio: facilitar a transferência de Alvinho da escola municipal do Jardim Botânico para uma escola municipal na Maré.
Sem dinheiro para o transporte, ele teria que cancelar a matrícula no instituto especializado.
A Secretaria Municipal de Educação informou que ofereceu opções de transporte para o aluno, desde que acompanhado de um responsável, como acontecia no ano anterior, mas que a família não aceitou as opções ofertadas e disse que o menino poderia ir sozinho – o que não acontece com nenhum dos outros mil alunos com altas habilidades identificados pela rede.
Ainda de acordo com a secretaria, a família também não aceitou a possibilidade de transferência para escolas preparadas para estudantes com altas habilidades mais próximas da casa dele.
A Secretaria de Educação do Rio disse ainda que todos os alunos de escolas municipais podem utilizar gratuitamente a rede de transportes regular.
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