Brasil ainda estuda como reagir às tarifas anunciadas por Trump ao aço e ao alumínio


A Associação Brasileira do Alumínio manifestou preocupação com os impactos da nova medida tarifária anunciada pelos Estados Unidos. Governo brasileiro ainda estuda como reagir às tarifas
O governo brasileiro ainda estuda como reagir às tarifas.
A primeira manifestação do governo brasileiro nesta terça-feira (11) foi do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha:
“O que o presidente Lula tem dito sempre com muita clareza, outros países também, guerra comercial não faz bem para ninguém. O Brasil não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial. Sempre seremos favoráveis a que se fortaleça cada vez mais o livre comércio”.
Nesta terça-feira (11), a Associação Brasileira do Alumínio afirmou que os efeitos imediatos para o Brasil serão sentidos primeiramente nas exportações e na dificuldade de acesso dos produtos brasileiros a esse mercado; e que está em diálogo com o governo brasileiro para compreender as implicações dessa medida e buscar soluções que amenizem os impactos e garantam um ambiente mais competitivo para a indústria brasileira do alumínio.
O Instituto Aço Brasil lembrou que em 2018, no primeiro mandato de Donald Trump, o Brasil negociou um sistema de cotas para a exportação de aço para o mercado americano; e que o setor está confiante em restabelecer o fluxo de produtos de aço para os Estados Unidos nas bases acordadas em 2018, por entender que a taxação de 25% sobre os produtos de aço brasileiros não será benéfica para nenhuma das partes.
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O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, defendeu o diálogo para tentar reverter a decisão.
“Precisamos agora entender essa nova política, as novas demandas que estão fazendo com que essas decisões sejam tomadas e encontrar o caminho da solução. Esse processo todo sendo colocado numa mesa, numa discussão de alto nível tenho certeza que vamos encontrar a solução mais adequada para preservar os principais interesses de ambos os lados. e de empresas americanas e empresas brasileiras”.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, conversou nesta terça-feira (11) por telefone com a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, sobre as medidas de Donald Trump. A pasta de Alckmin está reunindo as avaliações para levar ao presidente Lula.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a equipe econômica e o Itamaraty analisam os impactos e as reações dos outros países.
“Nós estamos acompanhando. Primeiro, sabendo a minúcia da decisão. Segundo, observando o que que isso, quais as implicações que isso vai ter, porque não é decisão contra o Brasil. É uma coisa genérica para todo mundo. Então, observamos as reações do México, do Canadá, da China a esse respeito. Mas, enfim, a avaliação é de que medidas unilaterais desse tipo são contraproducentes para a melhoria da economia global, a economia global perde com essa retração, com essa desglobalização que está acontecendo”, afirma Fernando Haddad.
Governo brasileiro ainda estuda como reagir às tarifas
Reprodução/TV Globo
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