Macron corrige Trump sobre ajuda da Europa à Ucrânia

Donald Trump e Macron se encontraram na Casa BrancaReprodução/X

Nesta segunda-feira (24), o presidente da França, Emmanuel Macron, corrigiu a declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,sobre o financiamento europeu à Ucrânia.

Durante um encontro entre os dois líderes, o norte-americano afirmou que os países europeus estavam apenas emprestando dinheiro ao governo ucraniano e que receberiam os valores de volta. O francês rebateu, explicando que a Europa financiou grande parte da ajuda ao país.

“Só para vocês entenderem, a Europa está emprestando dinheiro para a Ucrânia. Eles vão receber seu dinheiro de volta”, disse Trump.

Macron respondeu: “Não, na verdade, para ser franco, nós pagamos. Pagamos 60% do esforço total. Foi como os EUA: empréstimos, garantias, subsídios”. O presidente francês também mencionou os ativos russos congelados na Europa, avaliados em US$ 230 bilhões, destacando que não se tratam de garantias de empréstimos, pois “não são nossos”.

O encontro ocorreu no contexto das negociações para um possível acordo entre Ucrânia e Rússia. Trump disse acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, está disposto a negociar.

“Posso estar errado, mas acredito que ele quer fazer um acordo”, declarou. Ele também mencionou a possibilidade de um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para formalizar um entendimento.

“Na verdade, ele pode vir esta semana ou na próxima para assinar o acordo, o que seria legal, eu adoraria conhecê-lo. Nós nos encontraríamos no Salão Oval. Então, os acordos estão sendo trabalhados agora. Eles estão muito próximos de um acordo final”, afirmou.

Macron defendeu soberania da Ucrânia

Macron, ao comentar as negociações, ressaltou a necessidade de garantir a soberania da Ucrânia. Ele pontuou que a Rússia foi a ‘agressora’ e que é preciso garantir que os ucranianos não sejam mais prejudicados.

“Nós temos o mesmo desejo, a paz o mais cedo possível. Mas a paz não deve significar um cessar-fogo sem garantias. Esta paz deve permitir a soberania ucraniana e permitir que a Ucrânia negocie com outras partes interessadas em relação às questões que a afetam. Para os europeus, é uma questão existencial”, declarou.

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