Governo de SC suspende o comércio de moluscos em áreas de Florianópolis; entenda riscos

Tanto a retirada e quanto o comércio de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) foram suspensos em dois bairros de Florianópolis pela Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) nesta quarta-feira (26). A determinação ocorre após a detecção de níveis elevados da toxina ácido okadaico.

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Comércio de molusco é suspenso em Florianópolis – Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Arquivo / SECOM

Os níveis elevados da toxina foram encontrados nas regiões da Costeira do Ribeirão, Freguesia do Ribeirão, Barro Vermelho e Tapera, todas localizadas em Florianópolis. O resultado completo do Monitoramento de Algas Nocivas e Ficotoxinas em Moluscos Bivalves pode ser visto no site da Cidasc.

A Cidasc orienta que restaurantes e consumidores devem ficar atentos na hora de comprar moluscos bivalves, escolhendo aqueles com Serviço de Inspeção Oficial (Serviço de Inspeção Municipal – SIM, Serviço de Inspeção Estadual – SIE, ou Serviço de Inspeção Federal – SIF), o que garante a procedência dos produtos.

Segundo a companhia, as instituições públicas responsáveis pela fiscalização sanitária do comércio, inspeção de produtos de origem animal, pesquisa e extensão e diagnóstico foram comunicadas para que tomem as providências pertinentes às áreas de atuação.

Mapa sobre proibição da retirada e comércio de moluscos

Tanto a retirada e quanto o comércio de moluscos foram suspensos nas regiões da Costeira do Ribeirão, Freguesia do Ribeirão, Barro Vermelho e Tapera – Foto: Divulgação/Cidasc/ND

Ácido Okadaico causa risco à saúde

A ficotoxina ácido okadaico é produzida por dinoflagelados, um grupo de microalgas comumente ingerida pelos moluscos. O acúmulo da toxina na glândula digestiva dos animais pode provocar EDM (Envenenamento Diarreico por Moluscos) ao ser consumida por seres humanos.

Segundo um estudo feito por pesquisadores da UFFRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), os sintomas causados pelo consumo de altos níveis da toxina podem surgir cerca de 30 minutos após a ingestão do molusco contaminado.

A toxina causa sérios problemas de saúde como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.

Cidasc monitora a criação de moluscos em Santa Catarina

Segundo a companhia, o monitoramento da criação de moluscos é contínuo em todo o litoral catarinense. O estado é o maior produtor nacional de moluscos.

Novas análises serão realizadas nos locais. De acordo com a Cidasc, alguns laudos apresentaram resultados elevados, mas não levaram à suspensão imediata da retirada de moluscos.

Prato de moluscos

Após novos testes o comércio de moluscos pode voltar a ser liberado – Foto: Pixabay/ND

Novos testes vão definir a liberação do comércio de moluscos

O resultado dos novos testes vão definir a liberação da retirada e comércio de moluscos nas áreas afetadas. A Cidasc orienta que os consumidores desses produtos, em caso de sintomas, devem procurar atendimento na unidade de saúde mais próxima e realizar a notificação à Vigilância Epidemiológica ou à Vigilância Sanitária municipal.

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