Conheça o ‘Museu do Papangu’ em Bezerros; história da figura carnavalesca passou por seis fases ao longo do tempo


História dos mascarados que dá nome ao carnaval do município data do século 19. Papangu é uma das figuras mais tradicionais do Carnaval em Bezerros
Douglas Souza
O Carnaval de Bezerros tem um ponto turístico quase obrigatório para quem ama a Folia de Momo e tem vontade de conhecer mais sobre a figura do Papangu. Localizado na antiga estação ferroviária da cidade, o Museu do Papangu reúne mais de 800 peças carnavalescas.
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A história da figura mascarada que dá nome ao carnaval de Bezerros data de meados dos anos de 1900. De acordo com o portal Carnaval do Papangu, do governo municipal, a tradição começou de forma simples e passou por várias fases até chegar nos dias atuais.
Tudo começou quando alguns amigos tiveram a ideia de fazer uma simples brincadeira: sair às ruas da cidade com roupas arranjadas e o rosto totalmente coberto para ninguém identificar quem estava por trás da fantasia. Os “mascarados” então passavam de casa em casa pedindo angu de milho aos moradores e criando o mistério sobre a identidade dos foliões. 
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Com o passar do tempo, a brincadeira ganhou vida e, anualmente, os moradores passaram a encorporar e vivenciar os mascarados nas ruas. Quando eles surgiam, as crianças gritavam para seus familiares: “Lá vem os papa-angu”. Foi daí que surgiu o tradicional nome do Papangu, anfitrião do carnaval de Bezerros.
A figura do Papangu também recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco, sendo eternizado nas fantasias, peças de artes, artigos decorativos, xilogravuras, músicas, adereços, entre outros itens pernambucano.
Fases do Papangu
As fases do Papangu
De acordo com o portal Carnaval do Papangu, a figura do papangu passou por seis fases. A primeira surgiu por volta de 1900. Na época, os mascarados alegravam as festas dos senhores de engenhos, saiam pelas ruas da cidade, de casa em casa, pedindo angu de milho (massa consistente de farinha de milho, o fubá.) A regalia era servida de maneira pura, ou com algum tipo de carne.
A segunda fase conta o surgimento da máscara confeccionada com papel de embrulhar charque, feita de forma simples, sem qualquer beleza estética. A terceira fase dá vida à máscara de tecido, inicialmente produzida com fronha de travesseiro. Na quarta fase, surge um pouco de cor, a partir da máscara de papel colê. O famoso “Cabeção” entra na quinta fase, levando alegria em seus traços, e, por fim, todo encantamento da sexta fase, com as máscaras de papel machê, mais tradicionais nos dias de hoje.
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