Recordista olímpico em 2016, Thiago Braz inicia nova fase na carreira em Blumenau

Vencedor da medalha de ouro no salto com vara nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, quando estabeleceu o novo recorde da competição, Thiago Braz é o novo integrante da equipe de atletismo de Blumenau.

Recordista olímpico, Thiago Braz, e seu treinador Pedro Nascimento, treinando

Recordista olímpico em 2016, inicia nova fase da carreira em Blumenau – Foto: Arquivo Pessoal/ND

O atleta de 31 anos está treinando no Complexo Esportivo do Sesi para recuperar o ritmo e encarar seu novo objetivo na carreira: disputar as Olimpíadas de Los Angeles, em 2028.

Atuando por Blumenau, Thiago irá disputar os Jasc (Jogos Abertos de Santa Catarina), marcados para novembro de 2024, em Chapecó.

Em entrevista para a NDTV, o medalhista olímpico destacou o foco em seu recomeço de carreira. “Eu estou aqui, guerreando mais uma vez, começando mais uma vez do zero, mais quatro anos de preparação. E preciso ter fé para alcançar os meus objetivos”, revelou Thiago.


Atleta foi recordista olímpico nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016 – Vídeo: Arquivo Pessoal/ND

Campeão e recordista olímpico em casa

Durante os Jogos Olímpicos ocorridos no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, Thiago Braz encantou o mundo ao quebrar o recorde olímpico de salto com vara, com uma marca de 6,03 m.

Na ocasião, o brasileiro superou o campeão olímpico na época, Renaud Lavillenie, que era tido como favorito para a conquista da modalidade.

Braz nunca havia saltado essa altura antes. Precisando do resultado e contando como o apoio da torcida no estádio, ele conseguiu realizar o salto e trazer a vitória para o Brasil, se tornando recordista olímpico na edição.

Thiago Braz conquistou o ouro no salto com vara nas Olimpíadas do Rio – Foto: JOHANNES EISELE / AFP

Além do ouro olímpico no Rio de Janeiro, ele também tem no currículo uma medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021.

“O ouro é inesquecível. Foi um momento que só de pensar o sorriso já vem no rosto, porque foi único. É óbvio que teve a segunda medalha, que foi em 2021, em Tóquio, mas mesmo assim aquele momento no Rio foi incrível”, comentou o atleta.

Thiago Braz teve seu recorde superado pelo sueco Armand Duplantis nas Olimpíadas de Paris (2024), com a marca de 6,25m

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) - Gaspar Nóbrega /COB

1
7

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) – Gaspar Nóbrega /COB

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) -

2
7

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) –

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) -

3
7

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) –

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) - ANDREJ ISAKOVIC/AFP/ND

4
7

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) – ANDREJ ISAKOVIC/AFP/ND

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) -

5
7

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) –

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) - Wagner Carmo/CBAt

6
7

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) – Wagner Carmo/CBAt

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) - Foto: Wagner Carmo/CBAt

7
7

Thiago Braz foi ouro nas Olimpíadas do Rio (2016) e bronze em Tóquio (2021) – Foto: Wagner Carmo/CBAt

Doping e recomeço da carreira

Em maio de 2024, dois meses antes do início das Olimpíadas de Paris, o momento mais difícil da carreira de Thiago veio à tona. A World Athletics, entidade máxima do atletismo mundial, suspendeu o atleta por 16 meses por uso de doping.

Na ocasião, foi apontado que o atleta teria feito o uso de ostarina, substância utilizada para o aumento da massa muscular. O recordista olímpico estava suspenso provisoriamente desde o fim de julho de 2023.

Com a suspensão confirmada, o brasileiro de 30 anos só poderia voltar a competir no fim de novembro de 2024, três meses após as Olimpíadas. Na época, seu advogado conseguiu liminar junto à corte arbitral do esporte para a disputa da competição, mas o atleta não conseguiu a classificação.

Thiago Braz conquistou o bronze no salto com vara nas Olimpíadas de Tóquio – Foto: Gaspar Nóbrega /COB

“É difícil falar até hoje, mas foi um momento bem triste na minha carreira, obviamente. Passar 16 meses ali de escanteio, ainda mais injustiçado, porque a gente foi para a Justiça. Sabemos que foi uma injustiça o que aconteceu”, lamentou o medalhista.

Agora, treinando em Blumenau, Thiago Braz está pronto para retornar aos bons momentos e conseguir alcançar novos objetivos.

“Eu preciso ter fé para alcançar os meus objetivos. Também preciso ter uma mente blindada para me proteger de certas negatividades, certos gatilhos mentais, já que a gente também pode estar vulnerável no dia a dia”, finalizou o atleta.

 

Bookmark the permalink.