O Vício do Estímulo Rápido e o Apodrecimento do Cérebro

O Vício do Estímulo Rápido e o Apodrecimento do CérebroEvelin Santos

Nosso cérebro está apodrecendo – e não é exagero. O termo técnico para isso é brain rot, um efeito da sobrecarga de informações rápidas e superficiais que enfraquece nossa capacidade de concentração, memória e pensamento crítico.

A cada rolagem infinita no feed, a cada vídeo curto, a cada notificação que interrompe nosso raciocínio, estamos treinando nossa mente para o imediatismo. Queremos tudo agora, na hora, sem esforço. O problema? A mente se adapta. Ela aprende a viver no raso. O que antes exigia profundidade agora parece cansativo. Ler um livro inteiro? Difícil. Sustentar uma conversa sem olhar o celular? Quase impossível.

E assim, o cérebro – que deveria estar florescendo com reflexão, criatividade e aprendizado – começa a atrofiar. Perdemos paciência para processos lentos, trocamos conhecimento real por migalhas de informação e, ironicamente, quanto mais consumimos, menos realmente absorvemos.

Mas ainda dá tempo de reverter esse quadro. Pequenas mudanças já fazem diferença: Desacelere. Nem tudo precisa ser imediato. Aguente o tédio. Ele é um terreno fértil para a criatividade. Leia algo longo. O esforço mental é um treino contra o apodrecimento. Diminua o consumo de estímulos rápidos. Seu cérebro merece respirar.

Se continuarmos nesse ritmo, corremos o risco de trocar uma mente afiada por um monte de informações desconexas, sem profundidade. O que você prefere: um cérebro ativo ou uma massa cinzenta apodrecida?

Referência: O artigo Brain Rot: The Impact on Young Adult Mental Health foi publicado pelo Newport Institute e aborda a relação entre a sobrecarga digital e a sensação de “cérebro apodrecido

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