Eduardo Bolsonaro será o indicado para comandar Comissão de Relações Exteriores ‘com ou sem passaporte’, diz líder do PL

Deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) afirmou que decisão de indicar filho do ex-presidente é do partido. O deputado federal e líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou ao g1 que a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para presidir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) está definida, “com ou sem passaporte”.
O comando da Comissão virou prioridade do partido depois que o PT foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir a apreensão do passaporte de Bolsonaro por suposto atentado à soberania nacional.
Segundo os autores do pedido, Eduardo teria usado viagens internacionais para instigar políticos americanos contra o Supremo e as instituições democráticas, por isso, a retenção do documento seria justificada.
“Já soube que em algum momento andaram pressionando ele [presidente da Câmara, Hugo Motta] com relação ao Eduardo. Isso não vai dar certo. Não vamos atender. O Eduardo será o presidente da Creden. Querendo quem quiser ou não. Com ou sem passaporte o Eduardo será presidente da Creden, é decisão interna do partido”, afirmou Sóstenes.
A indicação tem gerado incômodo na base governista e no STF, uma vez que o PL tem como estratégia usar essa comissão como palanque para repreender o ministro Alexandre de Moraes e o governo do presidente Lula (PT) , segundo apurou o Blog da Andréia Sadi, no g1.
Por ter a maior bancada na Câmara, o PL pode escolher as duas primeiras comissões temáticas que quer comandar e pretende priorizar a Creden em razão do atrito com o PT e o STF.
Quem comanda os acordos para fechar o comando das comissões é o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Motta está se reunindo com os líderes partidários, a quem cabem as indicações, e pretende definir as posições até quinta-feira (13).
Apreensão do passaporte
O PT pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a apreensão do passaporte de Eduardo por supostamente usar viagens internacionais para instigar políticos americanos contra o Supremo.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu posicionamento sobre o assunto à Procuradoria-Geral da República (PGR), o que é de praxe nesses casos, mas não decidiu.
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