Caso Renato Nery: Justiça determina novas prisões de policiais militares suspeitos de envolvimento no assassinato de advogado em Cuiabá


Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso, Jorge Rodrigo Martins e Heron Teixeira Pena Vieira foram presos no início do mês. Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, morreu após ser baleado na frente do escritório em que trabalhava, em 2024
Divulgação
A Justiça determinou, nesta terça-feira (18), novas prisões para os policiais militares alvos da Operação Office Crimes: A Outra Face, que investiga o homicídio do advogado Renato Gomes Nery, em Cuiabá.
Dessa vez, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso, Jorge Rodrigo Martins e Heron Teixeira Pena Vieira tiveram prisões preventivas decretadas pelos crimes de homicídio, duas tentativas de homicídio, porte ilegal de arma e fraude processual.
O sargento Heron se entregou ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no dia 7, depois de passar um dia foragido.
Já os outros policiais foram presos no dia 6, durante o cumprimento de seis mandados de prisão temporária e dois de busca e apreensão na capital. Eles já haviam passado por audiência de custódia no mesmo dia e tiveram as prisões temporárias mantidas por 30 dias. Um caseiro, apontado como executor do crime, também foi preso.
O g1 tenta localizar a defesa dos policiais citados.
Saiba quem são policiais militares presos por envolvimento no assassinato de advogado em Cuiabá
Os policiais presos na operação são representados pela Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
A associação informou que está dando apoio jurídico aos envolvidos e colocou um perito criminal à disposição para eventual análise da perícia realizada na arma encontrada. A associação também afirmou que acredita na inocência dos envolvidos.
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Assassinato de Renato Nery
Advogado é baleado durante atentado em frente a escritório de Cuiabá
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão (veja acima).
O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido.
“É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido”, disse o delegado.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.
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