Verão sem chuvas de março: volume não alcança 20% de média histórica esperada para mês em Piracicaba


Inmet emitiu alerta de perigo potencial para tempestades na região. Temperatura média ficou em 26,7ºC no balanço em medição parcial, até 19 de março. Termômetros devem marcar máxima de 33°C nesta terça em Piracicaba; veja previsão completa
A um dia do fim do Verão,Piracicaba (SP) registrou apenas três dias de chuvas entre os dias 1 a 19 de março. A cidade somou 27,2 milímetros de precipitação em 2025. O total não alcança 20% da média histórica esperada para o mês, segundo medições do Posto Meteorológico da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP), na cidade, que é de 140,9 milímetros.
🌦️O total registrado na cidade, atualmente, representa 19,3% do volume esperado para o período. Os primeiros 9,7 milímetros de chuvas de março foram registrados no dia 11 de março. Nesta última terça-feira (16), Piracicaba teve 1,5 milímetro de precipitação e, nesta segunda (17), a cidade somou 15,5 milímetros de chuvas. Entre a noite do dia 18 de março e a manhã desta quarta-feira (19), foi registrado mais 0,5 milímetro.
Cenário pode mudar com alerta de tempestade
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta amarelo de possibilidade de tempestades nas 18 cidades da área de cobertura do g1 Piracicaba e região nesta terça-feira (18). O aviso vale até às 10h desta quarta-feira (19) e prevê chuvas de até 50 milímetros por dia e ventos intensos de até 60 quilômetros por hora.
Nível e vazão do Rio Piracicaba ficam abaixo da média para março e manancial tem pedras aparentes no leito
Claudia Assencio/g1
Rios
O Rio Piracicaba, responsável por cerca de 20% do abastecimento, registra vazão 70,2% abaixo da média para março nesta terça-feira. O manancial marcava 46,6 mil litros de água de água por segundo (m³/s) na estação de captação na região da Rua do Porto, em Piracicaba (SP), segundo informações mais atualizadas do Consórcio das Bacias PCJ, a partir de dados do SP Águas. A vazão esperada para data é de 156,4 m³/s.
🏞️O nível do Rio Piracicaba era de 1,38 metro nesta terça. A marca é 40% menor do que a média histórica para março, de 2,31 metros de profundidade.
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📉Menor vazão do ano
No último dia 5 de março, o volume do manancial era de 45,9 mil litros de água de água por segundo (m³/s) na estação de captação na região da Rua do Porto, em Piracicaba, às 7h. Mas, na mesma data às 23h30, o manancial registrou a menor vazão desde o inicio do ano, com 43,47 m³/s, que é 72% menor que a expectativa para março, segundo técnicos do PCJ.
“A título de comparação, entre os dias 14 e 15 de fevereiro de 2025, o Rio Piracicaba, em Piracicaba, também registrou baixas vazões, na ordem de aproximadamente 48,77 m³/s, bem próximas das registradas agora, em março. Isso indica, que mesmo estando em período de chuvas, quando as precipitações não ocorrem de forma regular, a tendência é de queda da vazão dos mananciais”, analisam os técnicos.
Rio Corumbataí
🏞️A vazão atual do Rio Corumbataí, responsável por mais de 80% do abastecimento de Piracicaba, é de 9,56 mil litros de água por segundo (m3/s) nesta quinta-feira (6). A marca é 68% menor do que o volume médio esperado para o reservatório, que é de 30 m3/s.
🌦️Sem chuvas
Não foi registrado nenhum milímetro de chuva no leito do Rio Piracicaba nos 11 primeiros dias de março de 2025.
Sem chuvas, Rio Piracicaba tem vazão 70% menor que média histórica de março, aponta PCJ
Claudia Assencio/g1
Período de chuvas
O período das chuvas para as Bacias PCJ geralmente se estende até final de março e inicio de abril.
“Apesar da constatação de vazão dos rios em geral abaixo da média, para os principais pontos de monitoramento das Bacia PCJ, os registros de vazão dos rios ainda estão acima dos limites de vazão considerados críticos para abastecimento. Assim sendo, nesse período a tendência é de recuperação e manutenção dos volumes e níveis de reservatórios, com menor incidência de problemas relacionados ao abastecimento”, aponta o setor técnico.
“Mesmo o cenário não sendo tão crítico, obviamente o registro de temperaturas mais elevadas e tempo seco acarretam maior consumo de água pela população, fato que evidencia a necessidade da conscientização para o uso racional da água”, conclui.
Temperaturas acima da média 🌡️
Em meio à onda de calor, Piracicaba (SP) inicia março de 2025 com temperaturas médias de 26,9ºC, dois graus e meio acima da média histórica para este período do ano, conforme apontam as medições do Posto Meteorológico “Jesus Marden do Santos” da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (LEB-Esalq), no campus da USP na cidade. A temperatura média prevista para o mês é de 24,3ºC. – Confira previsão abaixo, no VÍDEO.
Com 33,8 ºC, Piracicaba (SP) registrou a terceira maior temperatura máxima do início de março desde 1917, quando começaram as medições no posto da Esalq.
🌡️O município registrou, em média, temperaturas máximas de 33,8ºC e mínimas de 20,3ºC no balanço feito pelo Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) entre os dias 1 e 5 de março de 2025.
⚠️Nesta sexta-feira (7), as mínimas ficam na casa dos 20ºC e as máximas podem atingir os 36ºC na cidade. O índice de umidade mínima relativa do ar fica em 20%, menor do que o ideal para a saúde humana.
Baixa umidade do ar
A pesquisadora do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Angélica Prela Pantano, alerta para ocorrência de baixa umidade do ar na região de Piracicaba, em níveis menores do que considerado ideal para a saúde.
Os níveis ideais de umidade relativa do ar ideal para a saúde humana é entre 40% e 70%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Abaixo de 40% e acima de 70% por períodos prolongados podem ser prejudiciais. Mesmo com alguns chuviscos, em cerca um milímetro, o índice de umidade mínima relativa do ar está abaixo de 40%. É considerado baixo, mas é normal devido às altas temperaturas dos últimos dias. E deve se manter assim até domingo [9 de março] quando entra uma nova frente fria e trará mais umidade para toda a região e, possivelmente, vai conseguir romper a massa de ar quente que está em toda a Região Sudeste, e trazer chuvas”, explicou.
Depois de bater recorde de menor temperatura do ano, Piracicaba tem alerta para onda de calor
Claudia Assencio/g1
📝Recomendações de saúde: O Inmet emitiu também recomendações de saúde para a população no alerta de baixa umidade. 👇Veja a seguir:
Beba bastante líquido
Evite desgaste físico nas horas mais secas
Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, entre às 10h e às 16h
Use hidratante para pele e umidifique o ambiente
Obtenha mais informações com a Defesa Civil (199) e ao Corpo de Bombeiros (193) ☎.
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Fevereiro mais quente em 108 anos ☀️
🌡️Fevereiro de 2025 foi o mês mais quente em Piracicaba em 108 anos, segundo o Leb da Esalq.O mês teve média de temperatura de 32,5°C. É a primeira vez que o município atingiu essa marca desde 1917, quando a estação meteorológica situada no campus da USP de Piracicaba começou a registrar as temperaturas.
A média histórica para fevereiro é de 30,5ºC levando em consideração todas as medições desde 1917.
A metrópole bateu os 35,2º2 e atingiu a temperatura máxima mais elevada de 2025 na última segunda-feira (17), de acordo com medição do posto meteorológico.
Média de temperaturas para fevereiro (2016 – 2025)
Mudança climática e combustíveis fósseis
Ao g1, o professor e pesquisador Fábio Marin, do LEB-Esalq afirma que a tendência de registrar temperaturas mais altas a cada novo ano é resultado das mudanças climáticas, impulsionadas pelo uso de combustíveis fósseis.
“A economia depende, majoritariamente, de carvão e petróleo. O consumo desses combustíveis só aumenta anualmente. Apesar dessas discursões [sobre as mudanças climáticas], o mundo é ‘viciado’ em petróleo. Então, teríamos que arrumar um jeito de emitir menos CO2 [dióxido de carbono] na atmosfera. Mas isso, hoje em dia, implica em reduzir empregos e diminuir a economia, situações que nem a sociedade e nem políticos topam em encarar”, afirma o pesquisador Fábio Marin.
Professor Fábio Marin da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo em Piracicaba
Reprodução/Boletim Tempo Campo/Esalq
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Onda de calor
A onda de calor, com temperaturas que podem superar os 40ºC em algumas regiões do país, deve seguir até o dia 9 de março, de acordo com a Climatempo.
A previsão indicava um alívio a partir desta quarta-feira (5), mas o bloqueio atmosférico que atua em parte do país vai persistir.
A Climatempo afirma que as temperaturas máximas devem ficar cerca de 5 a 7°C acima da média em parte do Sul, em Mato Grosso do Sul e no estado de São Paulo.
Onda de calor prossegue até 9 de março
Arte/g1
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