Líderes religiosos lamentam morte do Papa Francisco

Líderes religiosos lamentam a morte do Papa FranciscoDivulgação CONIB

O falecimento do Papa Francisco desencadeou uma comoção global e gerou pronunciamentos de pesar vindos de líderes de diferentes religiões e nações.

Reconhecido mundialmente por sua atuação em prol do diálogo entre credos, do acolhimento aos marginalizados e da construção de pontes entre culturas, Francisco deixa um legado de empatia, humildade e engajamento social que transcende as fronteiras da Igreja Católica.

Reações da comunidade judaica

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) foi uma das primeiras entidades a se manifestar, expressando solidariedade à Igreja Católica e aos fiéis.

A organização destacou o papel fundamental que o Papa desempenhou no fortalecimento dos laços entre católicos e judeus.

Durante seu pontificado, Francisco reforçou uma agenda de reconciliação histórica entre as duas religiões, condenando o antissemitismo em diversas ocasiões e promovendo o diálogo inter-religioso como instrumento para a paz.

Seu compromisso em visitar sinagogas, lembrar o Holocausto e apoiar a convivência pacífica foi amplamente reconhecido pelas lideranças judaicas.

Comunhão Anglicana homenageia o pontífice

Justin Welby, arcebispo de Cantuária e figura central da Comunhão Anglicana, manifestou profunda tristeza pela perda de Francisco.

Em sua declaração, Welby descreveu o Papa como “um dos maiores teólogos de seu tempo”, sublinhando a relevância intelectual e espiritual do pontífice argentino.

O líder anglicano ainda ressaltou a coragem do Papa ao abrir mão do trono de Pedro por motivos de saúde e limitações pessoais, atitude que, segundo ele, evidenciou uma consciência rara e sincera sobre a vulnerabilidade humana – algo que tocou profundamente fiéis e líderes cristãos de diversas denominações.

Igreja Ortodoxa Russa reconhece legado de Francisco

Do Oriente cristão também vieram palavras de respeito e apreço. O patriarca Kirill, líder da Igreja Ortodoxa Russa, divulgou nota na qual enfatizou a contribuição de Francisco para o testemunho cristão em um mundo marcado pelo secularismo e pelas crises morais contemporâneas.

Kirill reconheceu os esforços do Papa em buscar pontos de contato entre católicos e ortodoxos, mesmo diante das complexidades teológicas e históricas que separam as tradições. Destacou ainda a postura respeitosa e aberta do pontífice, que sempre se mostrou disposto a manter o diálogo fraterno e a cooperação em causas humanitárias comuns.

Repercussão no mundo muçulmano

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baqaei,Reprodução Islam Republic of Ira

Líderes muçulmanos expressaram condolências pela morte do Papa Francisco. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baqaei, afirmou: “Ofereço minhas condolências a todos os cristãos ao redor do mundo”. O Irã, um país de maioria muçulmana, mantém laços estreitos com o Vaticano.

Ordem Franciscana

A Ordem Franciscana manifestou profundo pesar pela morte do Papa Francisco, destacando seu compromisso com os valores franciscanos de humildade, simplicidade e amor pelos pobres. Em comunicado, a Conferência da Família Franciscana do Brasil afirmou: “O Papa Francisco foi um verdadeiro irmão nosso, que viveu e pregou os ideais de São Francisco de Assis, inspirando-nos a seguir o caminho da paz e da fraternidade”.​

Religiões de Matriz Africana

Representantes das religiões de matriz africana também expressaram pesar pela morte do Papa Francisco. O babalaô Ivanir dos Santos, coordenador do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), destacou que o Papa representava uma possibilidade real de renovação da Igreja e que sua postura aberta ao diálogo inter-religioso era uma marca de seu pontificado.

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