PM investiga policiais que comemoraram morte do Papa Francisco

A Corregedoria da Polícia Militar do Pará abriu investigação para apurar mensagens ofensivas e comemorativas sobre a morte do papa Francisco, supostamente enviadas em um grupo de WhatsApp com participação de policiais militares do estado.

Entre os prints que circulam nas redes sociais, é possível ler frases como “menos um comunista na Terra” e “já vai tarde”, além de comentários que associam o pontífice ao comunismo.

A corporação informou ao Portal iG que está conduzindo uma apuração interna para identificar os autores das mensagens e que, caso confirmadas, medidas administrativas serão tomadas. Em nota, a PM do Pará reforçou que “não compactua com desvios de conduta de seus agentes” e que o caso será tratado com o devido rigor.

A repercussão negativa também mobilizou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que reagiu às acusações de viés ideológico. “Sua mensagem eu não diria que é de uma linha progressista, eu diria que sua mensagem é trazer a essência do Evangelho”, disse dom Ricardo Hoepers, bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB.

O papa Francisco faleceu na manhã da última segunda-feira (21), aos 87 anos, após complicações respiratórias. Ele liderou a Igreja Católica por mais de 11 anos e ficou marcado por sua postura mais aberta em temas sociais e ambientais.

O corpo foi levado nesta quarta-feira (23) para a Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde será velado até sábado (26), data marcada para o funeral. Fiéis do mundo inteiro acompanham a despedida ao pontífice argentino, o primeiro jesuíta e latino-americano a ocupar o cargo.