Acertada em Brasília, federação entre União e PP ainda tem indefinição sobre comando em SC

Na próxima terça-feira, dia 29 de abril, União Brasil e Progressistas vão confirmar a formalização de uma federação entre os dois partidos. No Congresso Nacional, o agrupamento das legendas vai reunir 108 deputados federais, maior bancada na Câmara dos Deputados, e 13 senadores. Entre os detalhes ainda a serem definidos está o comando da federação nos Estados, o que deve afetar o cenário político em Santa Catarina.

Schiochet ou Amin podem comandar federação em SC

Critérios podem alçar o deputado federal Fábio Schiochet (União) ou o senador Esperidião Amin (PP) ao comando estadual da federação União Brasil/Progressistas – Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/ND e Edilson Rodrigues/Agência Senado/ND

Em nível nacional, o comando da federação deve ser compartilhado entre os presidentes nacionais das legendas, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (Progressistas). Nos Estados, duas fórmulas estão em avaliação para determinar qual das siglas predomina.

Uma delas, preveria que o comando local da federação seria do partido que tivesse o maior cargo eletivo do Estado. Neste caso, em Santa Catarina o beneficiado seria o Progressistas, que tem o senador Esperidião Amin.

A segunda fórmula, no entanto, daria o comando local ao partido que recebeu mais votos para deputado federal em 2022. Dessa forma, o beneficiado seria o União Brasil, que recebeu 279.432 votos e conquistou uma cadeira, com o deputado federal Fábio Schiochet. O Progressistas 209.318 votos e não elegeu deputado federal.

Federação de União Brasil e Progressistas afeta cenários políticos de SC

A definição da federação entre os dois partidos mexe com as definições pré-eleitorais no Estado. Unidos, os dois partidos teriam o maior tempo no horário eleitoral gratuito, assim com a liderança em recursos nos fundos partidário e eleitoral – passando a ser um parceiro cobiçado.

Atualmente, o União Brasil é o partido mais próximo do pré-candidato a governador João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó. O Progressistas, por sua vez, vive um conflito interno: a cúpula estadual do partido, sob comando do presidente estadual Leodegar Tiscoski, defende o apoio à reeleição do governador Jorginho Mello (PL), enquanto os três deputados estaduais da legenda (Altair Silva, Pepê Collaço e Zé Milton Scheffer) estão mais próximos do palanque pessedista.

Nesse contexto, a definição sobre quem ficará no comando da federação União-Progressistas em Santa Catarina ganha importância na definição do cenário, encorpando uma ou outra pré-candidatura.

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