Coreia do Norte constrói seu maior navio de guerra

A Coreia do Norte está construindo seu maior navio de guerra já registrado, segundo imagens de satélite.

As fotos, capturadas pelas empresas Maxar Technologies e Planet Labs, mostram a fragata em desenvolvimento no estaleiro de Nampo, a cerca de 60 km da capital Pyongyang.

O líder Kim Jong-un já havia visitado o local em 2023, em imagens exibidas pela TV estatal KCTV, que revelaram um navio com armamentos modernos para lançamento de mísseis. 

Satellite imagery acquired on 4/21 shows the clearest view yet of North Korea’s largest warship, the unwrapped, new guided missile frigate (FFG) at Nampo Shipyard.

The pace of observed activity suggests the frigate could be completed this summer.https://t.co/blyl3xYQqV

— CSIS Korea Chair (@CSISKoreaChair) April 23, 2025

Especialistas do Center for Strategic and International Studies (CSIS), Joseph Bermudez Jr. e Jennifer Jun, afirmam que a embarcação tem aproximadamente 140 metros de comprimento — mais que o dobro dos maiores navios atuais da marinha norte-coreana.

Segundo os especialistas, a fragata pode ter tubos verticais para mísseis capazes de atingir alvos terrestres e marítimos. 

Modernização militar e testes recentes

A construção ocorre em meio a investimentos massivos de Kim Jong-un para renovar as Forças Armadas do país.

Relatório de 2021 da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA) aponta que a Coreia do Norte possui cerca de 400 patrulheiros e 70 submarinos, mas a frota é considerada obsoleta.

Em março, a agência estatal KCNA informou que Kim testou novos mísseis antiaéreos, descritos como “um sistema de defesa com desempenho notável”.

🛰️New Guided Missile Frigate Fitting Out at Nampo

New satellite image provides the closest look to date of the new North Korean Navy’s guided missile frigate (FFG) at the Nampo Navy Shipyard.

🔗: https://t.co/WQBDgKywum pic.twitter.com/VTEpRzS968

— CSIS Korea Chair (@CSISKoreaChair) April 8, 2025

Os ensaios ocorreram após exercícios militares “Freedom Shield“, realizados por EUA e Coreia do Sul em março, focados em ameaças nucleares e químicas norte-coreanas.

Em resposta, Pyongyang disparou mísseis balísticos no Mar Amarelo em janeiro e testou mísseis de cruzeiro em fevereiro, classificados como “contra-ataque” a pressões internacionais.