Saiba como identificar um cristal verdadeiro

Saiba como identificar um cristal verdadeiroReprodução Freepik

O uso de cristais como ferramenta de bem-estar e espiritualidade ganhou força nos últimos anos — e, com o crescimento da demanda, também aumentaram os casos de falsificações no mercado.

Identificar se uma pedra é realmente um cristal natural ou apenas uma imitação pode parecer desafiador, mas com atenção a alguns detalhes, é possível evitar ser enganado.

Para entender melhor, o Portal iG conversou com Bianca Couto, da loja esotérica WeMystic, que trouxe dicas para consumidores conscientes.

O olhar treinado: imperfeições são sinal de autenticidade

Um dos primeiros indícios de que um cristal pode ser verdadeiro está em sua própria imperfeição.

“Cristais naturais se formam ao longo de milhares de anos, sob condições específicas de calor e pressão no subsolo. Por isso, é comum que apresentem pequenas rachaduras, variações de cor, inclusões e manchas”, explica Bianca.

Em contrapartida, cristais falsos — muitas vezes feitos de vidro ou resina — tendem a ter aparência lisa demais, com cores uniformes e um brilho excessivamente artificial. Como ela mesma resume: “A natureza é detalhista, mas raramente perfeita.”

Citrino NaturalDivulgação WeMystic

Temperatura e peso: a ciência ao toque

Além da aparência, a sensação física também pode ajudar na identificação. Cristais naturais geralmente estão mais frios ao toque, enquanto imitações aquecem rapidamente.

“Se você encostar o cristal na testa, por exemplo, o verdadeiro vai causar aquele ‘friozinho’ característico”, diz Bianca.

Em relação ao peso, o vidro tende a ser mais pesado do que muitos cristais naturais, enquanto plásticos são visivelmente mais leves.

Preço abaixo do mercado? Desconfie

Outro alerta importante está no valor do produto. Cristais legítimos exigem extração cuidadosa, transporte e lapidação — o que naturalmente impacta no preço.

“Quando o valor está muito abaixo do praticado no mercado, vale a pena investigar melhor a procedência. Não quer dizer que todo cristal barato é falso, mas é um sinal de atenção”, afirma.

Turmalina NegraDivulgação WeMystic

Compras conscientes: o que observar

Ao adquirir cristais, seja em lojas físicas ou online, a transparência do vendedor é essencial.

“É fundamental que o vendedor informe se o cristal é natural, tratado ou sintético. Em lojas físicas, recomendo sentir a textura, observar o peso e até a energia da pedra. Online, é importante verificar a reputação da loja, ler avaliações e entender a política de devolução”, orienta Bianca.

Os campeões da falsificação

Alguns cristais são alvos frequentes de imitação. O citrino, por exemplo, costuma ser ametista aquecida — prática aceita na gemologia, desde que informada ao consumidor.

Ágatas tingidas artificialmente também são comuns, especialmente nas cores azul, rosa ou verde neon.

Já cristais como o quartzo transparente, a ametista natural e a turmalina preta são mais difíceis de replicar com fidelidade, tanto no visual quanto na energia.

Essa é uma pedra citrino obtida através do tratamento térmico da ametista.Divulgação WeMystic

Testes caseiros: funcionam?

Existem formas práticas de tentar identificar um cristal em casa, como usar luz UV ou verificar se a pedra risca o vidro.

Mas Bianca alerta: “Esses testes podem ajudar, mas não são conclusivos. O ideal é consultar fontes confiáveis ou um gemólogo se houver dúvida real.”

Certificados e confiança

No universo esotérico, certificados de autenticidade nem sempre são comuns. O mais importante, segundo Bianca, é a confiança no fornecedor.

“Trabalhamos com parceiros comprometidos com a procedência e a qualidade das pedras. Mais do que um selo formal, buscamos oferecer informações claras e estar sempre disponíveis para esclarecer dúvidas dos nossos clientes.”

Cristais coloridosReprodução Freepik

Mais informação, menos engano

O aumento das falsificações tem sido um desafio para o mercado, mas também trouxe um efeito positivo: consumidores mais atentos e informados.

“Vejo as pessoas buscando mais conhecimento, questionando e aprendendo. Isso ajuda a fortalecer uma rede mais consciente, que respeita o valor simbólico, energético e natural dos cristais”, finaliza Bianca.

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