Amazonas registra queda de 12,6% nos casos de malária no primeiro trimestre de 2025, aponta FVS


Entre janeiro e março de 2024, foram registrados 14.340 novos casos da doença. No primeiro trimestre de 2025, esse número caiu para 12.527. Mosquito responsável pela transmissão da malária, em Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
O Amazonas teve uma redução de 12,6% nos casos de malária entre janeiro e março de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
Entre janeiro e março de 2024, foram registrados 14.340 novos casos da doença. No primeiro trimestre de 2025, esse número caiu para 12.527.
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Segundo a secretária de Estado de Saúde (SES-AM), Nayara Maksoud, a queda reflete os esforços integrados de prevenção e tratamento realizados em todo o estado.
“Tivemos ações importantes, como a introdução da Tafenoquina, que reduziu o tempo de tratamento. Também houve um trabalho relevante liderado pela FVS-RCP e pela Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), que atuaram na pesquisa científica, além de uma intensa articulação entre o estado e os municípios”, afirmou a secretária.
A FVS-RCP, vinculada à SES-AM, é o órgão responsável por coordenar as estratégias estaduais de controle e eliminação da malária.
Tratamento com dose única
O tratamento da malária no Amazonas avançou com a introdução da Tafenoquina, medicamento utilizado no combate ao Plasmodium vivax, forma mais comum da doença na região. A principal vantagem da Tafenoquina é a administração em dose única, ao contrário da Primaquina, que exige uso contínuo por sete dias.
A adoção do novo medicamento representa um avanço na adesão ao tratamento e na interrupção do ciclo de transmissão da malária, especialmente em áreas de difícil acesso, onde o acompanhamento do tratamento completo é um desafio para os serviços de saúde.
Responsável pela Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira, explica que a Tafenoquina foi incorporada no Brasil em 2023 e começou a ser disponibilizada em março de 2024. A incorporação do medicamento está sendo expandida nas estratégias do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco nos programas municipais de controle da malária, reforçando o papel da inovação em saúde pública.
No Amazonas, o tratamento com Tafenoquina já está disponível em Manaus, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, Guajará, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Tefé e Humaitá.
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