Janja manifesta apoio a Gleisi após ataques de Gilvan da Federal

Janja demonstrou carinho para Gleisi HoffmannReprodução

Nesta sexta-feira (2), a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, manifestou apoio à ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), após declarações do deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, realizada na última terça (29).

Em publicação, Janja compartilhou uma imagem ao lado de Hoffmann e afirmou que o episódio integra um padrão de hostilidade contra mulheres em posições de poder.

“Infelizmente, esse episódio não é um caso isolado. Ele escancara, mais uma vez, o padrão de violência misógina que busca deslegitimar mulheres em cargos de decisão”, escreveu.

Na mesma publicação, solicitou providências da presidência da Câmara: “Nós, mulheres, contamos com o comprometimento do presidente Hugo Motta para que esse ciclo seja freado. Precisamos de ações firmes que garantam um ambiente institucional com respeito e equidade”.

Durante a sessão, realizada com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, Gilvan fez menção à planilha de codinomes da empreiteira Odebrecht, relacionada à Operação Lava Jato, alegando que Hoffmann era identificada pelo termo “Amante”

 Em seguida, declarou: “Devia ser uma prostituta do caramba”. A fala gerou protestos de parlamentares e interrompeu os trabalhos da comissão. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), companheiro da ministra, reagiu à declaração e houve discussão entre os dois.

Direção da Câmara pede suspensão de Gilvan

No dia seguinte, a Corregedoria da Câmara considerou a declaração incompatível com o decoro parlamentar e recomendou a suspensão do mandato de Gilvan por 180 dias.

A Mesa Diretora da Câmara protocolou uma representação no Conselho de Ética com base na prerrogativa prevista no artigo 14-A do Código de Ética e Decoro Parlamentar, incluída na gestão de Arthur Lira (PP-AL).

O documento foi assinado pelo presidente da Câmara em exercício, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outros integrantes da Mesa.

A representação afirma que Gilvan cometeu “flagrante abuso de suas prerrogativas constitucionais” ao proferir “insinuações abertamente ultrajantes, desonrosas e depreciativas” contra a ministra.

O texto solicita a suspensão cautelar do deputado por 180 dias, impedindo sua participação em sessões, votações e demais atividades legislativas.

O Conselho de Ética tem prazo de até três dias úteis para deliberar sobre o pedido. Caso não haja decisão, o requerimento será encaminhado ao plenário da Câmara.

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