Segunda Chance: projeto de reintegração social oferece oportunidades a reeducandos do Sul de SC

Imagem de um reeducando cortando uma porta, para fazer referência ao projeto “Segunda Chance”

Projeto Segunda Chance oferece oportunidades a reeducandos do Sul de SC – Foto: Divulgação/Prefeitura de Criciúma/ND

O projeto Segunda Chance é um programa executado pela prefeitura de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, com foco na ressocialização de ex-detentos do município, que oferece oportunidades de capacitação profissional e reintegração na sociedade.

Atualmente, o projeto atende dez apenadas e 46 apenados, totalizando 56 reeducandos, conforme previsto no contrato firmado entre o município e o Governo do Estado.

Os participantes são encaminhados para atividades como limpeza urbana, manutenção de praças, de escadarias e de vias públicas. Além disso, também atuam em ações de apoio à Defesa Civil, na fábrica de lajotas e no pátio de máquinas da prefeitura, onde recebem instrução técnica e acompanhamento profissional.

“Temos que encarar o colapso do sistema prisional com seriedade e boa gestão. Ressocializar é um compromisso com o cidadão de bem. Dar uma segunda chance é também proteger a sociedade, investindo na recuperação de quem quer recomeçar”, enfatiza o prefeito de Criciúma, Vagner Espindola.

Imagem da fachada do Sistema prisional de Criciúma, para fazer referência as pessoas que fazer parte desse projeto citado na matéria

Detentos de Criciúma colaboram com a reconstrução da vias – Foto: Reprodução/SecomSC/ND

Projeto Segunda Chance incentiva conhecimento técnico e autoestima

Um dos destaques da iniciativa é o trabalho realizado no pátio de máquinas da prefeitura, onde os participantes recebem treinamento direto na oficina de manutenção de veículos, máquinas e estruturas públicas.

O instrutor da oficina e referência entre os participantes do projeto, Vanderson Silvano Burato, gerente de Manutenção e Frota, relata que os reeducandos chegam sem experiência, mas ganham conhecimento técnico, autoestima e, em muitos casos, oportunidades de trabalho.

“Aqui ensino tudo do zero, manutenção de máquinas, caminhões, equipamentos esportivos como traves e redes, e até brinquedos de parque. Já ajudei um deles a montar sua própria oficina, que hoje emprega três pessoas. Isso é sair do crime e construir uma nova história”, relata.

Imagem der uma pessoa trocando um pneu, para fazer referência ao strabalhos que os reeducandos fazem no projeto

Reeducandos recebem oportunidade e ensinamentos na área da mecânica – Foto: Canva/ND

Para além da mecânica, o acolhimento e o diálogo são parte essencial do processo. “Dou um minuto de atenção, ensino com paciência e carinho. Isso muda tudo. Quando a gente acredita, eles também acreditam”, completa Vanderson.

Recomeço com dignidade e justiça social

O projeto segue as diretrizes do sistema penitenciário brasileiro. A cada três dias trabalhados, o apenado tem direito à redução de um dia da pena. Além disso, recebe uma bolsa no valor de um salário-mínimo, 75% do valor vai diretamente ao reeducando, e 25% são destinados ao fundo prisional para custeio de despesas pessoais.

Para a secretária municipal de Assistência Social, Dudi Sônego, o projeto reforça o papel do poder público na reconstrução de vidas.

“Trata-se de uma ação que rompe com o ciclo da exclusão. O Segunda Chance mostra que o Estado pode ser instrumento de reabilitação, não apenas de punição. Nós estamos oferecendo oportunidade, e muitos estão agarrando essa chance com seriedade”, afirma.

Imagem com uma pessoa segurando uma carteira de trabalho, para mostrar que os reeducando também conseguem oportunidade de trabalho

Segunda Chance oferece oportunidades de emprego – Foto: Mauricio Vieira/SecomSC/ND

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