Quem é Pietro Parolin, ex-braço direito de Francisco e principal cotado para se tornar papa

Cardeal Pietro Parolin é forte cotado para assumir a Igreja Católica – Foto: Reprodução/Vatican News/ND

O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, é um dos principais cotados para ser o novo Papa da Igreja Católica. O substituto de Francisco será decidido em conclave, que inicia nesta quarta-feira (7).

Parolin é considerado o “número dois” de Francisco, pois está no atual cargo desde 2013. Ele é visto como um candidato que daria continuidade às reformas do atual pontificado.

Durante o conclave, 133 cardeais da Igreja Católica, de diferentes regiões do mundo, reúnem-se na Capela Sistina, localizada no Vaticano para escolher o novo líder. Durante o período de realização da votação, eles não podem deixar o local enquanto o novo pontífice não for escolhido.

Quem é Pietro Parolin, cotado para ser o novo Papa

Natural da província de Vicenza, na Itália, Parolin foi alçado a cardeal em 2014 pelo Papa Francisco. Aos 70 anos, ele é cardeal-bispo sênior e deve presidir o conclave, que não tem previsão de quando deve terminar. Apenas os cardeais com menos de 80 anos podem participar da votação.

Pietro Parolin, braço direito de Francisco e principal cotado para se tornar papa – Foto: Divulgação/ND

Antes de atuar como secretário de Estado da Santa Sé, o italiano atuou por 30 anos no setor diplomático da Igreja Católica, área da qual é especialista. No período, realizou missões na Nigéria, México e Venezuela, além de ter sido, por seis anos, subsecretário de Estado para Relações com Estados.

Pietro Parolin foi o responsável por moldar a política externa do Vaticano durante o governo de Francisco, denunciando ações de Israel contra Gaza e pedindo o fim dos crimes de guerra. Por atuar como secretário de Estado da Santa Sé, é considerado um “vice-papa”.

Posicionamento

Pietro Parolin é considerado um forte candidato ao cargo máximo da Igreja Católica porque possui um posicionamento semelhante ao de Francisco, podendo dar continuidade às reformas propostas pelo argentino, falecido em abril.

Pietro Parolin é considerado um “vice-papa” pelo cargo que ocupa no Vaticano – Foto: Reprodução/Vatican News/ND

O italiano mantém uma posição firme e conservadora sobre assuntos tradicionais da Igreja, como sionismo, casamento homoafetivo e eutanásia, mas parece estar aberto a revisar determinações antigas, como o celibato.

Início do conclave

• Quando? A partir do dia 7 de maio, às 5h (horário de Brasília).
• Onde? Capela Sistina, no Vaticano.

Quais são as regras

• Para ser eleito, o candidato precisa somar dois terços dos votos — no conclave atual, são 89 votos. Podem ocorrer até quatro votações por dia.
• Se após três dias um novo papa ainda não tiver sido definido, os cardeais se reúnem em oração. Isso pode se repetir até sete vezes.
• Caso nenhum candidato alcance dois terços dos votos, a Igreja Católica determina que os dois mais votados na última rodada disputem uma votação final, que se encerrará apenas quando um deles atingir a maioria de dois terços.
• Quando for feita a escolha do novo papa, o público será informado mediante uma fumaça branca que sairá da chaminé.

Cronograma

• Missa dentro da Basílica de São Pedro — 10h no horário de Roma (5h de Brasília);
• Almoço no refeitório de Santa Marta;
• Orações na Capela Paulina antes do conclave — 16h30 no horário de Roma (11h30 de Brasília);
• Procissão para a Capela Sistina, onde cardeais farão a primeira votação.