Divisão de fígado foi maior desafio de cirurgia de separação de siamesas unidas pelo tórax, abdômen e bacia, diz médico


Cirurgia foi apontada com uma das mais desafiadoras pela equipe médica. Quadro segue grave mas dentro do esperado pela complexidade do caso. Gêmeas passaram por cirurgia de separação, em Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
A divisão do fígado das siamesas Kiraz e Aruna, de 1 ano e 6 meses, desafiou a equipe médica durante cirurgia de separação feita em Goiânia. O procedimento durou cerca de 19 horas e a parte que envolve o órgão foi apontada pela equipe médica como a mais difícil.
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“O maior desafio foi o fígado. A largura dele é muito alta. Então isso foi um fator que, na hora, a gente preocupou. É um órgão vital, e tinha um sangramento muito grande no momento”, disse o médico Zacharias Calil.
Segundo o doutor Zacharias, o órgão das meninas era um tumor que dividia os dois lados. A equipe já sabia que era espesso, mas na cirurgia foram surpreendidos.
“O fígado pra mim foi uma surpresa muito grande. A gente sabia que ele era espesso, mas daquela quantidade não. Não é um fígado normal que a gente tá acostumado a ver em qualquer paciente, o delas é um tumor que dividia os dois lados”, disse o médico.
O médico também falou sobre a recuperação das meninas, que ainda estão em estado considerado grave e entubadas, respirando por aparelhos. Calil explicou que a dificuldade na recuperação já era esperada pela complexidade do caso.
“Não houve piora do quadro. Estão começando a reduzir os medicamentos, é questão de tempo agora, tem que aguardar”, completou o doutor Calil.
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Em nota, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) disse que as siamesas seguem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave, porém estável, dentro do que é esperado para o momento pós-operatório. Ainda segundo o hospital, as gêmeas permanecem em observação contínua e sem piora clínica (veja a nota na íntegra no fim do texto).
Gêmeas siamesas Kiraz e Aruna, de 1 anos e 6 meses, de São Paulo, passam por cirurgia em Goiânia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
Relembre o caso
As gêmeas são naturais de Igaraçu do Tietê, em São Paulo. Segundo a equipe médica, elas nasceram unidas pelo osso ísquio e possuíam três pernas e compartilhavam a bacia, abdômen e tórax, além de diversos órgãos, sendo classificadas como esquiópagas triplas, um caso especialmente complexo.
A separação das siamesas começou na manhã de sábado (10) e só terminou às 4h20 da madrugada de domingo (11). De acordo com o Hecad, todo o processo cirúrgico contou com mais de um ano de planejamento. As irmãs são acompanhadas desde os primeiros meses pelo médico e deputado Zacharias Calil.
Siamesas Kiraz e Aruna, unidas pelo abdômen e bacia, passam por consulta em Goiânia, Goiás
Reprodução/Gabriel Botelho
Leia a íntegra a nota do Hecad
“O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informa que as pacientes Kiraz e Aruna seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave, porém estável, dentro do que é esperado para o momento pós-operatório.
As gêmeas permanecem em observação contínua, em uso de ventilação mecânica, com dieta zero e sem piora clínica até o momento.
A equipe multiprofissional segue acompanhando a evolução das pacientes de forma rigorosa, garantindo todos os cuidados necessários para a recuperação.
Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad/SES-GO)”
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