Trump acusa famosos de serem pagos para apoiar Harris, sem provas

Kamala Harris, à esquerda, e Beyoncé, à direitaInstagram (montagem)

Na madrugada desta segunda-feira (19), Donald Trump usou sua plataforma Truth Social para acusar, sem apresentar evidências, que a vice-presidente Kamala Harris pagou ilegalmente celebridades como Beyoncé, Oprah Winfrey e Bruce Springsteen para apoiarem sua campanha.

Em posts escritos em letras maiúsculas, o ex-presidente questionou valores supostamente repassados aos artistas e afirmou que exigirá uma “grande investigação” sobre o caso.

“ISSO NÃO É LEGAL! Para esses ‘artistas’ antipatrióticos, foi um jeito CORRUPTO e CRIMINOSO de capitalizar um sistema quebrado”, escreveu.

Trump especulou que Beyoncé teria recebido US$ 11 milhões (cerca de R$ 60,5 milhões, conforme cotação atual) apenas para “andar no palco” em um evento de Harris.

Já a campanha de Kamala informou, em 2022, que pagou US$ 1 milhão (R$ 5,5 milhões) à produtora de Oprah, Harpo, por um evento, e US$ 165 mil (R$ 907,5 mil) à empresa de Beyoncé para custos de produção.

Ambos os valores foram divulgados em relatórios financeiros oficiais.

Oprah escreveu no Instagram que “não recebeu um centavo”, e ainda “as pessoas que trabalharam naquela produção precisavam ser pagas. E foram. Fim da história”.

Tina Knowles, mãe de Beyoncé, desmentiu rumores de que a cantora teria sido remunerada: “Ela pagou do próprio bolso as passagens e a equipe”.

Contexto legal e histórico de ataques

A Comissão Eleitoral Federal dos EUA (FEC) esclareceu, em 2022, que não é proibido pagar por endossos, desde que as transações sejam declaradas.

A campanha de Harris afirmou à revista Deadline que segue “rigorosamente” as leis eleitorais, pagando apenas por despesas técnicas, como viagens e estrutura de eventos, nunca por apoio político.

Trump, que já criticou publicamente Taylor Swift e Springsteen, tem histórico de atacar artistas que se opõem a ele.

Recentemente, chamou Springsteen de “roqueiro ‘enrugado’” após o músico criticar seu governo.

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