Dois funcionários da embaixada de Israel em Washington são assassinados na rua


O FBI, que lidera a investigação, afirmou que o homem agiu sozinho e que os primeiros indícios apontam para um caso de violência direcionada. Dois funcionários da embaixada de Israel em Washington são assassinados na rua
Reprodução/TV Globo
Um homem assassinou dois funcionários da Embaixada em Israel em Washigton, a poucos quilômetros da Casa Branca. O crime foi na noite de quarta-feira (21) e teve repercussão no mundo todo.
Era pouco mais de 21h pela horário local. Yaron Lischinsky, de 30 anos, e Sarah Milgrim, de 26, saíam de uma recepção organizada no Museu Judaico da capital americana. O evento discutia formas de ajuda aos palestinos em Gaza. Os dois eram namorados e trabalhavam para a embaixada de Israel nos Estados Unidos. Do lado de fora do museu, um homem se aproximou e atirou no casal. Eles morreram ali mesmo.
O chefe de polícia de Washington afirmou que, depois de atirar, o assassino correu para dentro do museu. Katie estava lá e não percebeu que o homem de 30 anos era o atirador. Ela contou que ele parecia nervoso e que tentou acalmá-lo:
“Eu perguntei: ‘Você está bem?’ e comecei a perguntar se ele tinha gostado do museu para tentar tranquilizá-lo. Até que ele começou a gritar: ‘Eu fiz isso por Gaza. Palestina livre’. E foi aí que a polícia entrou e o prendeu”, conta.
O FBI, que lidera a investigação, descreveu o crime como violência direcionada e antissemita e afirmou que o assassino agiu sozinho. Ele vai responder por homicídio, assassinato de autoridade estrangeira e outras acusações relacionadas a morte por arma de fogo. A promotoria de Washington vai investigar o caso como crime de ódio e de terrorismo.
Nesta quinta-feira(22) cedo, a polícia fez buscas no apartamento do criminoso, que fica em Chicago. Na janela havia cartazes pró Palestina.
Nas redes sociais, o presidente americano Donald Trump declarou que: os assassinatos baseados em antissemitismo precisam parar agora:
“Ódio e radicalismo não têm lugar nos Estados Unidos”.
A capital amanheceu em luto. O Museu Judaico da cidade fica no coração de Washington, a 2 km da Casa Branca, perto de um prédio da Polícia Federal americana.
Ao longo do dia, Muitas pessoas passaram aqui e deixaram flores e mensagens de paz e amor, contra a violência e contra o ódio.
Um grupo de judeus e cristãos foram defender a união contra o ódio. Parlamentarem levaram flores. O embaixador israelense em Washington, Yechiel Leiter, também foi ao memorial. Ele contou que o casal estava prestes a ficar noivo:
“Ele tinha comprado um anel nesta semana para pedir a namorada em casamento na semana que vem, em Jerusalém”.
Yaron e Sarah se conheceram na embaixada. Ele, cidadão israelense, trabalhava com pesquisa no departamento político. Ela, uma americana de Kansas que organizava visitas a Israel.
A porta-voz da embaixada resumiu a tristeza pelas partidas precoces:
“Em vez de levarmos vocês para o altar, vamos levar vocês para os seus túmulos”.
LEIA TAMBÉM
Ataque em Washington mata funcionários da embaixada de Israel; o que se sabe
Líderes mundiais repudiam assassinato a tiros de 2 funcionários da Embaixada de Israel nos EUA; veja reações
Bookmark the permalink.