Mulher morta envenenada: defesa diz que sogra deixou apartamento quando professora estava acordada


‘Quem abre a porta pra ela ir embora é a Larissa’, afirma o advogado Bruno Corrêa, que defende Elizabete Arrabaça. Documento aponta que suspeita deixou prédio da vítima de madrugada, horas antes de Larissa Rodrigues ser encontrada morta. Larissa Rodrigues foi encontrada morta em apartamento na zona sul de Ribeirão Preto (SP).
Reprodução/EPTV
Suspeita pela morte da professora de pilates Larissa Rodrigues por envenenamento em Ribeirão Preto (SP), Elizabete Arrabaça afirma que a nora estava acordada na última vez que a viu, antes de ir embora do apartamento dela em Ribeirão Preto (SP) no fim de março. A afirmação é do advogado de defesa de Elizabete, Bruno Corrêa, ao reforçar a negativa de envolvimento dela na morte de Larissa.
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“O que ela diz é o seguinte: no dia que ela esteve no apartamento, a Larissa estava sim passando mal, por isso ela [Elizabete] teria ido lá. Ela foi dar essa assistência. E ela conta para a defesa que quando sai, quando ela vai embora, segundo o que constou no livro de registro por volta de 0h50, inclusive quem abre a porta para ela ir embora é a Larissa”, afirma.
Elizabete está presa temporariamente, assim como o filho dela, o médico Luiz Antônio Garnica, que era marido de Larissa. O caso é tratado como homicídio qualificado na fase do inquérito policial, ainda não concluído.
A sogra é suspeita porque as investigações apontaram que ela foi a última pessoa a deixar o apartamento da professora, na zona sul de Ribeirão Preto (SP), e que isso aconteceu na madrugada de 22 de março, horas antes de Larissa ser encontrada morta por Garnica, que havia passado a noite fora. Um documento apresentado pelo síndico mostra que Elizabete entrou no edifício pouco antes das 21h do dia 21 de março e saiu por volta de 0h50 do dia 22.
O médico Luiz Antonio Garnica e a mãe, Elizabete Arrabaça ribeirão preto
Arquivo pessoal
Além disso, a Polícia Civil apurou que, dias antes, Elizabete entrou em contato com uma amiga para perguntar se ela tinha ou sabia onde conseguir “chumbinho”, veneno de uso doméstico encontrado no corpo de Larissa após a realização do exame toxicológico.
Corrêa afirmou que vai entrar com pedidos pela prisão domiciliar de Elizabete. “Nós estamos fazendo um pedido tanto ao STF como também um pedido em Ribeirão Preto também, tentando a transferência dela da prisão temporária para uma domiciliar, tendo em vista a situação de saúde que ela se apresenta.”
Garnica, por sua vez, também é investigado porque Larissa havia demonstrado interesse de se separar ao descobrir um caso extraconjugal do médico. Ele também nega qualquer envolvimento na morte.
Caixão de Nathália Garnica é retirado do túmulo para exumação do corpo em Pontal, SP
Aurélio Sal/EPTV
Exumação em Pontal
Em meio às investigações, peritos do Instituto Médico Legal (IML) realizaram nesta sexta-feira (23) uma exumação do corpo de Nathália Garnica, irmã do médico Luiz Antônio Garnica e filha e de Elizabete Arrabaça.
Nathália, de 42 anos, morreu em fevereiro deste ano, um mês antes de Larissa, mesmo sem ter problemas de saúde. Diante da proximidade das mortes e de circunstâncias similares, a Polícia Civil solicitou a exumação para investigar se Nathália pode ou não ter sido envenenada por “chumbinho”, assim como a professora.
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Corpos de Nathalia Garnica e Larissa Rodrigues estão sepultados no mesmo túmulo, em Pontal (SP).
Reprodução/EPTV
Apesar do avançado estado de decomposição, os agentes coletaram restos mortais no túmulo de Nathália – o mesmo usado para o sepultamento de Larissa – no Cemitério de Pontal (SP), diante de uma série de protocolos para preservar a integridade das provas.
Todo o material será analisado por um laboratório especializado do IML em São Paulo, e os resultados devem demorar até 80 dias para serem divulgados.
“Nós acompanhamos todo o trabalho, a coleta do material. O que foi informado pelo legista é que o corpo já estava em estado bem avançado, vamos aguardar agora o resultado do exame”, disse o advogado de Elizabete, que acompanhou o procedimento e também nega o envolvimento dela na morte da filha.
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