Com startup que simula equipe de Fórmula 1, alunos representam o AC em competição de robótica no RJ


Equipe Jungle é composta por estudantes do Novo Ensino Médio no Serviço Social da Indústria no Acre (Sesi-AC), e vão competir em modalidade que simula equipes de Fórmula 1. É a quarta edição em que a escola envia representantes para o torneio. Estudantes do ensino médio do Sesi-AC vão competir treinados pela professora Patrícia Cavalcante
Divulgação
Fios, chips, ferramentas, barulho dos motores, disputa pela primeira posição na corrida. Essa pode ser a descrição de um grid de Fórmula 1, e de fato é. Mas não nos grandes circuitos internacionais, mas sim nas instalações do Serviço Social da Indústria no Acre (Sesi-AC) em Rio Branco.
A equipe Jungle, formada por estudantes do Novo Ensino Médio da instituição, vão representar o Acre no Festival SESI de Robótica Off Season, entre os dias 2 e 5 de agosto, no Rio de Janeiro.
O time acreano vai competir na modalidade F1 In Schools, na qual os grupos devem criar um protótipo de equipe de Fórmula 1, e competem em corridas com miniaturas de carros desenvolvidos por eles. A professora da escola e técnica da equipe, Patrícia Cavalcante, explica que a metodologia é aplicada para estimular os alunos a aplicaram o conhecimento teórico a uma atividade prática. Já é a quarta edição que a escola envia representantes.
“Nesse desafio da F1 In Schools, eles são desafiados a projetar um carro, que é miniatura de Fórmula 1, levando em consideração os conhecimentos de engenharia, matemática, ciência da natureza, área da física que trabalha aerodinâmica, porque o carro precisa de um desenho que permita correr rápido numa pista de 22 metros. E como esse carro vai ser impulsionado? Por um cilindro de CO2, e aí já tem a química aplicada no conhecimento. Por que o projeto é de grande relevância? Porque ele traz como ponto de partida o tipo de aprendizagem que tem sido mais relevante no meio da docência, que é a aprendizagem por projetos. O aluno aplica conhecimentos teóricos a um objeto, a um produto final”, enfatiza.
Estudantes acreanos vão participar de competição de robótica no Rio de Janeiro
Startup
Além dos itens de robótica, os alunos precisam criar uma startup, com capital de giro, plano de marketing, e gestão de custos. Os grupos também precisam apresentar projetos sociais executados pelas empresas.
Participam da equipe Jungle os alunos Antonio Eduardo de Lima Araújo (piloto), Isabele Fonteneles Cavalcante (social mídia e intercâmbio), Leonardo Neder de Faro Freire Filho (engenheiro de manufatura), Gustavo Henrique Araújo da Silva (engenheiro-chefe de produção), Elaine Vitória Gondim Moura Oliveira (marketing), e Ana Clara Verçoza D’albuquerque (mídias).
Para Antonio Eduardo, líder da equipe, o projeto estimula que os alunos busquem conteúdos que vão além da sala de aula, e requer criatividade dos participantes.
“Justamente pelo fato desses conhecimentos não estarem presentes na grade curricular da escola, é necessário antes de tudo estudar bastante ler bastante sobre assuntos relacionados. Principalmente a engenharia e administração de empresas. Os alunos podem vir a participar através de ótimos desempenhos nas atividades que performam na sala de aula. E, para mim, é muito gratificante fazer parte de um projeto dessa magnitude”, relata.
Alunos também precisam apresentar projetos sociais executados pelas empresas criadas por eles durante o projeto
Arquivo pessoal
Importância na educação
Além da formação que busca preparar os alunos para o mundo do trabalho, a professora Patrícia explica que os eventos também são uma oportunidade de enriquecer a bagagem cultural dos alunos, já que em eventos desse tipo eles têm contato com outros estudantes de todo o país.
‘Nós vamos para esse evento ter todas as avaliações, tanto avaliação de engenharia e avaliação de empreendimento, de gestão de projetos, como também vamos ter uma experiência cultural riquíssima com outros países, com outros estados, bem como trocar trocar informações. É um momento de conhecimento, de conhecer outras escuderias. Você vai ver como elas fazem, elas vão ver como você faz, e a gente começa ali uma troca. E isso o que proporciona? Proporciona um amadurecimento, uma elevação de performance para a equipe”, ressalta.
Esse também é um dos pontos mais importantes para os alunos, como conta Antônio Eduardo. Para ele, o trabalho em equipe durante a competição também contribui na formação dos estudantes, que precisam aprender a resolver os problemas e chegar a consensos. Essas habilidades, junto à resiliência necessária durante a disputa, vão ajudar os futuros profissionais.
“A emoção no dia da competição, principalmente na hora do disparo, onde todas as atenções estão voltadas para você. Eu, que desempenho também a função de líder, observo que se é somente através da aplicação metodológica que todos os quesitos da competição podem vir a dar certo.Ter consenso, os problemas que podem acontecer, identificar uma solução, aplicar a solução, e no final monitorar e refletir como foi a minha atuação e como eu posso ser resiliente. É dessa forma que o projeto desenvolve habilidades e competências que o adolescente utiliza no mercado de trabalho mais para frente”, finaliza.
VÍDEOS: g1

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