Registro de armas aumenta 256% em cinco anos no AC, aponta anuário


Em âmbito regional, o estado acreano teve o 5º maior aumento. Em âmbito regional, o estado acreano teve o 5º maior aumento
Reprodução/Fantástico
O número de registros de armas de fogo ativos no Sistema Nacional da Polícia Federal cresceu 256,8% no Acre em cinco anos, saindo de 8.520 registros em 2017 para 30.402 em 2022. Os dados foram levantados pelo 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado na quinta-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Em âmbito regional, o estado acreano teve o 5º maior aumento, ficando na frente do Pará (234,1%) e do Amazonas (79,4%). Veja abaixo o ranking entre os estados da região Norte:
Em todo o país, a variação foi de 260%. No Brasil, a quantidade de registros saiu de 637.972 em 2017 para 2.300.178 em 2022.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública não traz os números relativos ao ano de 2018.
Os números saltaram durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro, que editou decretos que facilitaram o acesso a armas, inclusive as de grosso calibre e uso restrito, como fuzis, com critérios menos rígidos para posse e aquisição, bem como maior limite de munições disponíveis por ano para CACs.
Os decretos foram parcialmente suspensos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em setembro de 2022. No dia 2 de janeiro, o presidente Lula (PT) revogou as normas sobre armas e definiu novas regras, dentre as quais a suspensão de novas concessões para CACs registrarem novas armas.
Sobre registros de armas de fogo, o Anuário aponta que no Acre, 11.724 cidadãos têm registros de armas de fogo ativos. Com relação a caçadores de subsistência, ou seja, que caçam para seu próprio consumo, os números saíram de 11.394 em 2021 para 11.697 em 2022.
Posse ilegal
O Anuário também traz números sobre o porte e posse ilegal de arma de fogo. Em 2021, o número consistia em 293. Já no ano seguinte, a quantidade saltou para 469 no Acre, ficando agora 56,5 armas para cada 100 mil habitantes.
No somatório de posse e porte ilegal, os registros saíram de 293 em 2021 para 469 em 2022, uma variação de 58,5%.
O direito à posse é a autorização para manter uma arma de fogo em casa ou no local de trabalho (desde que o dono da arma seja o responsável legal pelo estabelecimento). Para andar com a arma na rua, é preciso ter direito ao porte, cujas regras são mais rigorosas e não foram tratadas no decreto.
Sobre armas apreendidas pela segurança estadual, os números saltaram de 298 em 2021 para 489 no ano seguinte.
VÍDEOS: g1

Bookmark the permalink.