VÍDEO: capivara atravessa lago cheio de jacarés no Pantanal de MT

Bióloga explicou que, embora possa parecer perigoso, a interação entre capivaras e jacarés é comum. Capivara atravessou lago cheio de jacaré no Pantanal de MT
Uma capivara foi flagrada atravessando um lago, em meio a dezenas de jacarés, perto de Porto Jofre e Poconé, no Pantanal Mato-grossense, na última quinta-feira (5). O vídeo foi feito por funcionários da Concessionária de Energia de Mato Grosso, Energisa, durante uma obra da nova base de combate aos incêndios no Pantanal. (assista acima)
As imagens mostram o lago com os jacarés, e o momento em que a capivara, que está “escondida” entre os animais, corre para sair da água.
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A bióloga Lorena Amorim explicou que as capivaras são animais semi-aquáticos e costumam frequentar áreas próximas a rios, e, embora possa parecer perigoso, a interação entre capivaras e jacarés é comum.
“A Travessia de um corpo d´água cheio de jacarés pode ocorrer, mas não é exatamente uma “aventura” voluntária. As capivaras precisam se deslocar entre diferentes áreas em busca de alimento ou abrigo, e muitas vezes isso envolve atravessar rios, lagos”, explicou.
Lorena também disse que, por causa da seca severa no estado, “existem menos corpos d’água disponíveis e, por isso, tanto capivaras quanto jacarés, se concentram em áreas menores , o que aumentando o risco desses encontros diretos”.
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A capivara é o maior roedor vegetariano do mundo, um animal adulto pode pesar 70 kg. Ela tem cabeça grande, orelhas pequenas e não possui cauda. O macho pode ser identificado por uma glândula sebácea, localizada no focinho.
A capivara se alimenta de capins e ervas comuns em várzeas e alagados. A espécie possui hábitos semiaquáticos e é excelente mergulhadora, tendo inclusive pés com pequenas membranas. Ela se reproduz na água e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores. Por isso, a capivara pode permanecer submersa por alguns minutos.
Em algumas regiões e até nas cidades, pela falta de predadores, muitos grupos se tornam maiores e as populações ficam fora de controle. Por outro lado, entre as décadas de 60 e 70, as capivaras foram muito caçadas, especialmente na região do Pantanal, quando a pele e o óleo delas eram comercializados para uso medicinal.