Terceiro acusado de matar jovem após ‘tribunal do crime’ é condenado a mais de 18 anos de prisão no Acre


Ronaldo Ribeiro de Lima, de 20 anos, foi achado morto em maio de 2020. Dois acusados já foram condenados pelo crime. Ronaldo foi morto em maio de 2020
Arquivo pessoal
A 1ª Vara do Tribunal do Júri em Rio Branco condenou o terceiro acusado de matar Ronaldo Ribeiro de Lima, de 20 anos, que teve o corpo encontrado em maio de 2020 com vários golpes de faca. Em agosto de 2021, Ivan de Souza Silva e Davi Rodrigues de Sousa, juntos, foram condenados a mais de 30 anos de prisão também pelo crime.
Na nova decisão, o acusado Jhonatan Gomes Dos Santos foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão em regime inicial fechado. No entanto, a juíza Luana Campos, decidiu que o réu pode recorrer da decisão em liberdade, já que está preso a pelo menos dois anos, não havendo fato novo a justificar o decreto preventivo.
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Santos foi condenado por homicídio simples, por motivo torpe, tortura e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O crime aconteceu em uma área de mata no Ramal do Rodo, na região do bairro Amapá, no Segundo Distrito de Rio Branco. O corpo do jovem foi achado por moradores da região ao passarem pelo local. Segundo informações do 2º Batalhão da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, o rapaz estava amarrado e com cerca de nove perfurações de arma branca pelo corpo.
Em seguida, os populares acionaram a polícia, que isolou a área para os trabalhos da perícia. Além das facadas, a vítima apresentava sinais de tortura.
Ivan de Souza Silva pegou 26 anos e seis meses de reclusão e Davi Rodrigues de Sousa a 24 anos em regime fechado.
De acordo com o processo, os acusados e alguns comparsas, não identificados, abordaram Ronaldo de Lima e o conduziram até um local, onde ele foi interrogado e, ao analisar o aparelho celular da vítima, fizeram, segundo o Ministério Público do Acre, um “tribunal do crime” por entenderem que a vítima fazia ações das facções rivais a deles.
“Os denunciados e seus comparsas o fizeram mediante tortura, subtendo-o a sofrimento demorado e dispensável, na medida em que amarraram, o enforcaram, o espancaram a ponto de quebrarem uma escopeta, até finalmente matarem-no a golpes de faca”, aponta a denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), assinada pelo promotor de Justiça Washington Moreira.
VÍDEOS: G1 EM 1 MINUTO

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