Caso Arthur Gael: Justiça deve decidir em audiência se bebê volta para os pais após denúncia: ‘prontos para recebê-lo’


Judiciário e o MP-AC vão analisar, na próxima segunda-feira (4), se Arthur Gael volta para o convívio dos pais ou fica com uma família extensa, quando a guarda é entregue para os avôs, tios ou irmãos. Gilmara Furuno iniciou uma campanha nas redes sociais para ter o filho de volta após denúncia
Arquivo pessoal
A Justiça do Acre vai decidir, juntamente com o Ministério Público Estadual (MP-AC), na próxima segunda-feira (4) se o pequeno Arthur Gael deve voltar a ficar com os pais, Gilmara Furuno e Leandro Roberto de Oliveira. Ele segue no Educandário Santa Margarida após o casal ser denunciado de abandono e maus-tratos pelo Hospital Santa Juliana, em Rio Branco.
A criança estava internada na unidade de saúde com baixo peso e foi levada para o abrigo no último dia 17 por determinação da Vara da Infância e da Juventude. O Tribunal de Justiça disse que a decisão foi baseada nos laudos e informações médicas apresentadas pelo hospital e o Conselho Tutelar, que apontavam situação de risco em decorrência de suposto abandono, estando em quadro de desnutrição e desidratação extremo.
A denúncia foi assinada pelo diretor administrativo do Hospital Santa Juliana, que não se pronuncia sobre a situação. Os pais da criança iniciaram uma campanha nas redes sociais para recuperar a guarda do bebê.
“Estamos com boas expectativas, nos preparando emocionalmente para lidar com os desafios que vão surgir. Esperamos que na audiência seja feito o processo de forma verdadeira, que a verdade e a justiça prevaleçam. A preocupação é sempre o bem estar do Arthur”, disse Gilmara.
Ainda segundo a mãe, a Justiça vai avaliar se o bebê volta para o convívio dos pais ou fica família extensa, quando a guarda é dada a avôs, tios ou irmãos. “O que esperamos que é seja feito o melhor em prol do bem estar dele. O melhor é voltar para o seio familiar, para essa família que tenta o aguarda e espera. Estamos prontos para recebê-lo, estamos com saudades, vamos confiar na Justiça acreana”, destacou.
Audiência na segunda vai decidir se bebê retirado dos pais vai voltar para casa
Precipitação de avaliação
Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o advogado que defende a família, Andersson Bomfim, explicou que a tese de defesa é de que houve precipitação de avaliação do serviço social do hospital.
“O Judiciário não está agindo de maneira letárgica ou omissiva. Tudo demanda tempo, ocorre que, por conta de precipitação lá no [hospital] Santa Juliana, na equipe, culminou com o que está acontecendo agora. Com as ferramentas que chegaram para o Judiciário, realmente, não tinha como fazer diferente’, argumentou.
O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav). A delegada responsável pelas investigações, Carla Fabíola, contou que familiares do bebê e a equipe médica já prestaram depoimentos.
“O Poder Judiciário interviu, fez a medida protetiva para resguardar o direito da criança e para que possamos fazer a investigação correta”, resumiu.
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