Caso Dudé: novos relatos de transferências a PIX que aparece em conversa vazada eram de curiosos


Ex-chefe do setor de eventos da Secretaria de Turismo do Acre teve conversa vazada em que aparece, supostamente, oferecendo estágio em troca de sexo. Polícia ainda segue com as investigações e Dudé alega ter sido vítima de golpe. Dudé Lima era um dos chefes da Secretaria de Turismo
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Os novos relatos de transferência a PIX que aparecem em conversas vazadas do ex-chefe da Secretaria de Turismo do Acre, Dudé Lima, eram de curiosos que buscavam informações sobre o caso. A informação foi confirmada ao g1 pelo delegado Roberth Alencar, que investiga o caso.
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Durante as investigações, a Polícia Civil informou que apurava relatos de outras pessoas que transferiram quantias em dinheiro ao mesmo número que Lima fez, e que foi identificado como pertencente a um homem. O número do PIX vazou nos prints que foram compartilhados. Porém, segundo a polícia, essas transferência foram feitas após a polêmica.
“São pessoas que fizeram PIX de 1 centavo posteriormente aos fatos para conseguir ter acesso aos dados da destinatária do PIX. Sem qualquer relevância para a investigação”, explica o delegado.
Ainda segundo Alencar, a polícia apura as evidências digitais para finalizar a investigação que apura suspeita de troca de sexo por cargos na administração pública.
Vazamento de conversas
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Polêmica
Dudé era chefe do setor de eventos da Secretaria de Estado de Indústria, da Ciência, do Comércio, do Empreendedorismo e do Turismo (Seicetur). Ele foi nomeado para o cargo em fevereiro deste ano com salário de cerca de R$ 11 mil.
Dudé costumava estar envolvido na organização de grandes eventos do governo do Acre, como a Expoacre. Após o vazamento das conversas, Lima pediu exoneração do cargo.
Ao g1, o governo informou que, na gestão de Gladson Cameli, o comissionado não tinha sido alvo de nenhum outro procedimento administrativo até então.
No diálogo vazado, a mulher não é identificada. Na troca de mensagens, ele pede para ver fotos da genitália dela. Em um dos prints, a suposta estudante pede a Dudé que a ajude para que ela seja estagiária na área de turismo, e ele diz que consegue, mas para isso ela precisaria dormir com ele.
Em outro print com troca de mensagens, ele diz: “Não sou secretário, tenho que falar com os colegas. Então se acalma, eu vou te ajudar”.
Dudé, que afirmou que foi vítima de um golpe aplicado por alguma pessoa em Belo Horizonte (MG). Ele confirma que houve uma troca de mensagens, mas não confirma o teor do que foi dito.
Disse que depois das mensagens recebeu uma ligação ameaçando o vazamento caso ele não pagasse R$ 1 mil, mas que ele se recusou e fez uma transferência de R$70.
“Tem um print vazado aí nas redes e nenhum momento esses prints falam ou comprovam que eu estou oferecendo emprego para alguém. Pelo contrário, quem lê os prints vê que eu estou dizendo que não posso dar porque não sou secretário, que não é assim que se faz. Quem continuar insistindo, quem afirmou isso vai responder na Justiça porque não tem em nenhum momento dizendo que eu fiz isso. Fui vítima de extorsão, de um golpe. Como é que uma pessoa de 47 anos, mora em Belo Horizonte pode estar querendo estágio? Ela me pediu mil reais, eu disse que não poderia dar porque eu não tinha. Eu não nego as conversas, conversei um dia com essa pessoa. É fato. Eu fui vítima de extorsão”, disse ao g1.
Segundo o servidor, essa já é a segunda vez que foi vítima de extorsão e que teve conversas vazadas. A primeira ocorreu em agosto do ano passado, quando registrou um Boletim de Ocorrência contra um perfil que pediu a quantia de R$ 500. Na quarta-feira (19), ele registrou outra queixa na delegacia por difamação.
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VÍDEOS: g1

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