Mais de 1,6 mil moradias serão construídas no AC pelo programa Minha Casa, Minha Vida


Serão 1,4 mil casas construídas em Rio Branco, além de 100 em Xapuri e a mesma quantidade em Cruzeiro do Sul. Governo Federal anunciou primeira seleção de propostas nessa quarta-feira (22) com a inclusão de quase 29 mil unidades habitacionais para a Região Norte. Acre tem déficit de mais de 24 mil casas e pleiteou retorno do estado ao programa no início do ano
Arquivo/Assis Lima
O Acre será contemplado com a construção de mais de 1,6 mil moradias através do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. A informação foi divulgada nessa quarta-feira (22) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o lançamento das primeiras propostas para a nova versão do programa.
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Conforme o anúncio, serão ao todo 1.616 casas, com 1,4 mil construídas em Rio Branco, além de 100 em Xapuri e mais 100 em Cruzeiro do Sul. Ao todo, serão 29 mil unidades habitacionais para a Região Norte.
Esta etapa do programa contempla as famílias da faixa 1 do programa, com renda mensal de até R$ 2.640.
De acordo com o governo do Acre, as moradias na capital acreana serão erguidas nos bairros Calafate, Cidade do Povo e Irineu Serra. Ainda segundo o governo, a construção das casas está prevista para começar no primeiro semestre de 2024, com custo de R$ 220 milhões.
“Inicialmente, nosso estado iria receber mil casas, mas o governador Gladson Cameli esteve reunido no Ministério das Cidades e também solicitou que nos empenhássemos para que pudéssemos alcançar o maior número possível de moradias. Com muito esforço e dedicação, conseguimos junto ao Governo Federal garantir mais de 600 casas extras”, destacou o secretário de Estado de Habitação e Urbanismo, Egleuson Santiago.
Déficit habitacional e inclusão no programa
Em fevereiro deste ano, uma comissão acreana que foi à capital federal pleitear a volta do Acre ao programa Minha Casa, Minha Vida confirmou que a solicitação foi atendida. A informação foi publicada na agência oficial do estado e confirmada pela secretária de comunicação Nayara Lessa.
A reunião ocorreu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar, na última terça-feira (14), uma Medida Provisória (MP) para reestruturação do Minha Casa, Minha Vida. A medida também aumentou o limite da primeira faixa de renda familiar bruta, que passou de R$ 1,8 mil para R$ 2.640. A gestão federal afirmou que pretende subsidiar até 95% dos preços dos imóveis destinados às famílias dentro dessa faixa.
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A Secretaria de Habitação e Urbanismo (Sehurb) foi criada no segundo mandato de Gladson Cameli, reeleito em 2022. Egleuson Santiago afirmou que o objetivo da criação da pasta é auxiliar a execução de programas federais em benefício do estado acreano. Santiago afirma que já foi feito um levantamento em relação ao déficit habitacional no Acre, que detectou situação preocupante principalmente na capital Rio Branco e em Cruzeiro do Sul.
“Hoje nós temos déficit de 24 mil unidades em todo o estado, onde a maior parte é na capital, onde o déficit é de 11 mil, seguido por Cruzeiro do Sul, com 2,4 mil. Estamos aguardando o que o Governo Federal tem, para em seguida ir em busca de recursos para tirar os projetos do papel”, disse.
Em 14 de janeiro de 2019, quando iniciava o seu primeiro mandato, Gladson Cameli alterou os nomes de algumas secretarias e extinguiu outras. Entre as extintas, estava a Secretaria de Estado de Habitação de Interesse Social (Sehab), retomada com um novo nome em 2023.
Minha Casa, Minha Vida
O programa foi criado em 2009, no segundo mandato do governo Lula. Em 2020, sob a gestão de Jair Bolsonaro, foi substituído pelo Casa Verde e Amarela – que alterou alguns pontos do programa original, mas mantinha o objetivo de facilitar o acesso a moradias para famílias de baixa renda.
No final de janeiro, o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), participou do 1º Fórum de Governadores recém-eleitos em Brasília (DF) e também teve um encontro com o presidente Lula. Na oportunidade, Cameli apresentou propostas para a recuperação da BR-364, construção de casas populares e também para diminuir a fila de espera por cirurgias.
VÍDEOS: g1

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