Acre confirma 32 casos de dengue na primeira semana de janeiro, aponta Ministério da Saúde


Seis municípios já confirmaram casos em 2024 até a última atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses. Apesar de decreto de situação de emergência, números estão abaixo do registrado na primeira semana de 2023. Média de atendimentos de sintomas de dengue já ficou próxima de 600 casos diários, e agora está em 400
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Em meio à situação de emergência por conta do aumento nos casos de dengue, o Acre confirmou 32 casos da doença na primeira semana epidemiológica de 2024. Do dia 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro deste ano, foram 32 casos da doença em seis municípios, segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizados no dia 10 de janeiro.
Metade dos municípios com confirmação de dengue em 2024 alcançaram números maiores que o mesmo período em 2023. Bujari, que não registrou casos na primeira semana de 2023 e tem um caso em 2024, Plácido de Castro, com um caso na primeira semana do ano passado e sete neste ano, e Porto Acre, que teve um caso na primeira semana de 2023 e nove neste ano.
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Apesar da situação ser considerada preocupante pelas autoridades em saúde e as unidades de saúde atenderem, em média, 400 pacientes com sintomas da doença diariamente, o número é 76% menor que o registrado na primeira semana de 2023. Foram 133 casos naquela época.
Ainda conforme o painel, a semana epidemiológica com mais casos confirmados em 2023 foi a de número 50, de 10 a 16 de dezembro. Foram 1.094 confirmações na época, contra 887 casos na semana anterior e 285 na seguinte.
Mais de 770 casos na capital
Mais de 770 casos de dengue foram confirmados em Rio Branco entre 1º de janeiro e 12 de dezembro de 2023, segundo aponta um boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). De acordo com o levantamento, 9.123 casos foram notificados no período, e 779 testaram positivo. Ainda há 510 casos em investigação, e não houve óbitos causados pela doença no ano passado.
Ainda conforme o boletim epidemiológico, 54% dos casos de dengue foram diagnosticados em mulheres, contra 46% em homens. O bairro de Rio Branco com maior número de casos confirmados é o Belo Jardim, com 51. Confira a lista abaixo:
Belo Jardim – 51 casos
Vila Acre – 46 casos
Cidade do Povo – 34 casos
Vitória – 29 casos
Taquari – 26 casos
São Francisco – 23 casos
Belo Jardim II – 18 casos
Calafate – 17 casos
Cidade Nova – 16 casos
Eldorado – 16 casos
Santa Helena – 16 casos
Santa Inês – 16 casos
Conquista – 15 casos
Nova Estação – 13 casos
Tucumã – 13 casos
Além da dengue, outros 15 casos de chikungunya e sete de zika vírus também foram confirmados no ano passado.
Entenda os sintomas
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Dores de cabeça, no corpo, mal-estar. Esses sintomas estão entre os que costumam ser associados de imediato à dengue. Porém, a doença não se resume a essas manifestações, já que pode se apresentar em formas mais graves. O g1 conversou com a infectologista Cirley Lobato para saber os sintomas da doença e os remédios recomendados a tomar.
A infectologista explicou que a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que dura entre dois a sete dias.
A febre é o primeiro sintoma a se manifestar, e, geralmente, permanece acima de 38ºC. A infectologista destaca que, após a picada do mosquito, os sintomas aparecem entre 2 a 10 dias. Alguns pacientes apresentam mais ou menos sintomas.
Sintomas de dengue
Arte g1
Também ocorre dor de cabeça, cansaço, dor nos músculos (mialgia), dor nas articulações (artralgia), dor atrás dos olhos (retro-orbitária) e vermelhidão na pele (exantema) com ou sem coceira (prurido). O paciente também pode apresentar náuseas, vômito e diarreia.
Cirley também alerta que a doença pode evoluir para a forma hemorrágica, que é a mais grave, e que pode causar morte.
“Deve-se estar atento aos sinais de alerta, que podem iniciar entre o quinto e sétimo dia de doença, quando a febre diminui, e o paciente começa a apresentar dor abdominal, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, queda da pressão arterial e desmaio, sonolência ou irritabilidade, fígado aumentado maior do que 2 cm abaixo da costela, sangramento de mucosa e aumento progressivo do hematócrito, que a gente vê no hemograma. Se não conduzida de forma adequada, leva a óbito”, alerta a especialista.
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