Igarapés transbordam e famílias começam a deixar áreas de risco em Rio Branco


Ao menos cinco famílias tiveram que deixar suas casas no bairro Parque das Palmeiras, nesta quinta-feira (22). Nível de demais igarapés da capital é alto e Defesa Civil monitora situação. Defesa Civil começa a retirar famílias de áreas de risco em Rio Branco
Famílias começaram a deixar áreas de risco, nesta quinta-feira (22), por causa da cheia em igarapés de Rio Branco. No bairro Parque das Palmeiras, próximo ao igarapé Batista, a Defesa Civil da capital começou a retirar moradores de ao menos cinco casas.
Já no bairro Conquista, às margens do igarapé São Francisco, as famílias começaram a sair por conta própria.
“Tem muitas amigas lá embaixo que já estão tirando suas coisas, eu ainda não comecei a tirar, eu tô esperando né, mas já comecei a arrumar minhas roupas, minhas coisas, porque da última vez fui pega de surpresa”, diz a dona de casa Sebastiana Braga.
Famílias começaram a deixar casas por causa de cheia de igarapé
Asscom/Defesa Civil de Rio Branco
Entre lágrimas, a moradora da rua Vitória, no bairro Conquista, Luzia Marques Nunes, lembra a aflição enfrentada durante a cheia do igarapé São Francisco em 2023.
“Essa noite choveu e não consegui dormir pensando na água, quando foi hoje de manhã ela já estava lá atrás [da casa]. Aqui é uma tristeza, ano passado morreu tudo, minhas coisas, minhas roupas”, lembra.
De acordo com o tenente-coronel Cláudio Falcão, da Defesa Civil Municipal, a situação é de alerta também para os demais igarapés da capital e o órgão tem monitorado a situação.
“Estamos no local para verificar quanto mais de famílias têm [em necessidade de remoção] e também para ver se vai parar de subir água ou se vai continuar subindo”, explica.
Falcão esclarece ainda que ao contrário dos rios, não há uma medição oficial dos níveis dos igarapés. “A gente vê só pelo transbordamento mesmo, quando ele sai da calha, vai avançando e atingindo residências e terrenos”, diz.
Além do Batista e do São Francisco, outros dois igarapés estão com níveis altos, mas ainda não transbordaram, são eles o Dias Martins, próximo a Universidade Federal do Acre (Ufac) e o Fundo, na região do Manoel Julião.
Colaborou a repórter Melícia Moura, da Rede Amazônica Acre.
Cheia de igarapés força moradores de Rio Branco a deixar casas
Asscom/Defesa Civil de Rio Branco
VÍDEOS: g1

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