Rio Acre sobe 14 centímetros em 15h e segue acima de 16 metros na capital; mais de 900 pessoas estão em abrigos


Nível segue mais de dois metros acima da cota de transbordo, e mais de 1,5 mil pessoas já foram afetadas pela cheia, entre desabrigados e desalojados. Governo Federal reconheceu situação de emergência em 17 municípios no domingo (25). Rio Acre segue acima e 16 metros na manhã desta terça-feira (27); medição das 9h está em 16,22m
Richard Lauriano/Rede Amazônica Acre
O nível do Rio Acre subiu 14 centímetros entre as 18h de segunda-feira (26) e as 9h desta terça-feira (27), chegando a 16,22 metros segundo a medição da Defesa Civil de Rio Branco, feita a cada 3h. O rio segue acima de 16 metros e já afeta mais de 300 famílias na capital acreana.
O Acre enfrenta uma cheia histórica em 2024. Em todo o estado, mais de 11,5 mil pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização nesta terça (27). Além disto, 17 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes.
Ainda de acordo com a Defesa Civil Municipal, a capital acreana acumulou 15,5 milímetros de chuva nas últimas 24h. Na última medição de segunda, às 18h, o nível do rio estava em 16,08 metros. Com isso, o rio já está 2,22 metros acima da cota de transbordo, que é de 14 metros. Já em comparação com a medição feita às 9h de segunda (26), o manancial subiu 26 centímetros.
São cerca de mil pessoas desabrigadas e pelo menos 500 pessoas desalojadas somente na capital, conforme o órgão. Somente nos abrigos mantidos pela prefeitura de Rio Branco, no Parque de Exposições e escolas, são mais de 900 pessoas. São 330 famílias, totalizando 950 pessoas, de acordo com levantamento feito às 9h desta terça.
Epitaciolândia, que fica no interior do estado do Acre, foi uma das cidades afetadas pela enchente
Arquivo pessoal
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Dezessete municípios do Acre estão em emergência, nesta terça-feira (27), por causa da cheia de rios e igarapés. Do total, 5.768 estão desabrigadas e 5.806 desalojadas, segundo o governo do estado.
O decreto reconhecendo da situação consta no Diário Oficial da União (DOU), de domingo (25). A medida também havia sido publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE).
Entre as cidades mais críticas está Jordão, que fica no interior do estado. A prefeitura decretou calamidade, após 80% da zona urbana ficar alagada. O hospital foi invadido pelas águas e os pacientes precisaram ser levados para um prédio da secretaria de assistência social. O g1 reuniu imagens que mostram as áreas mais afetadas pela enchente.
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