Estabelecimento de Rio do Sul foi condenado a pagar R$ 20 mil por limitar trabalhadores de deixar caixas durante o trabalho. Espera chegava a uma hora. Banheiro para pessoas do sexo feminino (imagem ilustrativa)
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\nUm supermercado de Rio do Sul, no Vale do Itaja\u00ed, foi condenado a indenizar em R$ 20 mil uma trabalhadora que atuava no caixa e tinha os pedidos para ir ao banheiro constantemente ignorados. A espera chegava a uma hora, mesmo com reclama\u00e7\u00f5es frequentes \u00e0 ouvidoria do estabelecimento, descreve o processo.
\nA condena\u00e7\u00e3o partiu da 1\u00aa Vara da Justi\u00e7a do Trabalho, que acatou o pedido de danos morais e entendeu que a empresa praticou ass\u00e9dio moral e agiu de modo discriminat\u00f3rio. A decis\u00e3o, que cabe recurso, foi concedida neste m\u00eas.
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\nO processo descreve a restri\u00e7\u00e3o era generalizada entre os funcion\u00e1rios, mas que impactava de forma mais significativa entre as mulheres, que eram impedidas de deixar os postos mesmo com necessidades relacionadas ao per\u00edodo menstrual.
\n“Uma de suas colegas afirmou ter presenciado uma outra funcion\u00e1ria ‘vazar fluxo menstrual para a roupa’, pois n\u00e3o conseguia ir ao banheiro para trocar o absorvente. Ainda de acordo com o relato, a situa\u00e7\u00e3o fez com que a trabalhadora precisasse ir para casa ‘se lavar e trocar de roupas'”, descreve.
\nO impedimento de deixar os caixas, mesmo sinalizando aos fiscais, fazia com que a espera para ir ao banheiro superasse uma hora, detalha o processo. O per\u00edodo se intensificava quando o supermercado estava lotado.
\n“Mesmo quando as funcion\u00e1rias apelavam para os gerentes, e n\u00e3o apenas para os fiscais de caixa, a resposta continuava negativa. Era habitual, por exemplo, ouvirem frases como ‘segurem s\u00f3 mais um pouquinho’, utilizadas para prolongar a espera indefinidamente”, acrescenta a Justi\u00e7a do Trabalho.
\n“Por fim, ficou robustamente demonstrada a conduta discriminat\u00f3ria dos fiscais de caixa pela viol\u00eancia perpetrada, principalmente, contra as mulheres ao desconsiderar, al\u00e9m do atendimento de suas necessidades fisiol\u00f3gicas di\u00e1rias e elementares, outras, decorrentes dos per\u00edodos menstruais mensais”, descreveu na decis\u00e3o o juiz Oscar Krost, respons\u00e1vel pelo caso na 1\u00aa Vara do Trabalho de Rio do Sul.
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