{"id":194480,"date":"2025-03-29T06:06:48","date_gmt":"2025-03-29T09:06:48","guid":{"rendered":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/194480"},"modified":"2025-03-29T06:06:48","modified_gmt":"2025-03-29T09:06:48","slug":"transito-de-caminhoes-afeta-vida-de-moradores-em-cidades-que-sao-rotas-alternativas-apos-ponte-desabar-entre-to-e-ma","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/194480","title":{"rendered":"Tr\u00e2nsito de caminh\u00f5es afeta vida de moradores em cidades que s\u00e3o rotas alternativas ap\u00f3s ponte desabar entre TO e MA"},"content":{"rendered":"

Moradores e caminhoneiros que passam por Axix\u00e1, S\u00e3o Miguel, S\u00edtio Novo e Tocantin\u00f3polis reclamam dos problemas causados pelo aumento do movimento. Governo Federal diz que fez contrata\u00e7\u00e3o emergencial para a manuten\u00e7\u00e3o das vias. Rotas alternativas ap\u00f3s queda da ponte JK s\u00e3o prec\u00e1rias; saiba mais
\nPouco mais de tr\u00eas meses depois do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os munic\u00edpios de Aguiarn\u00f3polis (TO) e Estreito (MA), as rodovias que viraram rotas alternativas est\u00e3o sofrendo com o grande tr\u00e2nsito de ve\u00edculos, principalmente os pesados. Na vias o asfalto cedeu em menos de um m\u00eas. Com isso, diversos munic\u00edpios do Tocantins foram afetados.
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\nUma das rodovias impactadas \u00e9 a TO-134, que corta Axix\u00e1 do Tocantins, o trecho passa por dentro da cidade e afeta o dia a dia dos moradores. A prefeitura at\u00e9 decretou a proibi\u00e7\u00e3o de passagem de ve\u00edculos pesados em duas ruas, mas atualmente \u00e9 poss\u00edvel ver os estragos que surgiram com o fluxo.
\nUm problema que se tornou recorrente s\u00e3o os buracos na pavimenta\u00e7\u00e3o do trecho que fica no centro da cidade. Com o intenso movimento, o asfalto se deteriorou e foram feitos pelo menos tr\u00eas ajustes com pedras e cascalho, mas ainda existem problemas na via.
\nA dona de casa Nilva Pereira da Silva, que mora na rodovia, contou como ficou a vida depois que a cidade virou rota alternativa ap\u00f3s a queda da ponte, em 22 de dezembro de 2024.
\n“Muito perturbada [a vida]. A gente n\u00e3o tem sossego nem para dormir, nem para conversar. Se vai atender um telefone tem que sair para o fundo do quintal porque aqui n\u00e3o tem como, n\u00e3o ouve nada […] Os caminh\u00f5es passam quebrando a cal\u00e7ada”, reclamou a moradora.
\nQuestionado sobre as situa\u00e7\u00f5es das rodovias no norte do Tocantins o do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) afirmou que desenvolve a\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para minimizar os impactos aos usu\u00e1rios, inclusive nas rodovias estaduais, por meio de contrata\u00e7\u00f5es emergenciais e licita\u00e7\u00f5es.
\nNessa sexta-feira (28), o \u00f3rg\u00e3o informou que houve a contrata\u00e7\u00e3o emergencial para recupera\u00e7\u00e3o de um trecho de 82,2 quil\u00f4metros na TO-134, do km 26,3 ao 73,3 (47 quil\u00f4metros), e na TO-201, do km 0 ao km 35,2. O in\u00edcio das manuten\u00e7\u00f5es ser\u00e1 em junho de 2025 (veja nota na \u00edntegra no fim da reportagem).
\n\u00c0 noite, o acesso pela TO-134 se tornou ainda mais perigoso. Sem acostamento ou sinaliza\u00e7\u00e3o, os buracos complicam a passagem de motoristas pelo trecho. O agricultor Ant\u00f4nio Alves Duarte teme como vai ficar a via na \u00e9poca de seca.
\n“Est\u00e1 um poeir\u00e3o. E quando for m\u00eas de julho, agosto, Qual a situa\u00e7\u00e3o do cidad\u00e3o que mora na nossa regi\u00e3o?”, questionou, reclamando do que se tornou a rodovia estadual com o grande fluxo.
\nO comerciante Eurivaldo Alves fechou o com\u00e9rcio. As paredes do estabelecimento e da casa dele est\u00e3o rachando e a cal\u00e7ada est\u00e1 toda quebrada. “Ela dava cerca de 70, 80 cent\u00edmetros at\u00e9 o asfalto. S\u00f3 que a\u00ed como os caminh\u00f5es v\u00e3o passando, foi prensando tudo aqui, foram jogando essas pedras e o transtorno \u00e9 isso a\u00ed, 24 horas que n\u00e3o tem sossego”, lamentou.
\nMas o problema tamb\u00e9m afeta os caminhoneiros, que tiveram que aumentar o tempo de rota para seguir viagem. “Tem gente que vem l\u00e1 de Bras\u00edlia, Rio de Janeiro est\u00e1 gastando em m\u00e9dia tr\u00eas horas, duas horas, para atravessar isso aqui. Aquela ponte \u00e9 muito importante para o Brasil”, comentou o caminhoneiro que passava por Axix\u00e1, Moacir Gomes Costa.
\nO que seria bom para o com\u00e9rcio, na verdade virou um pesadelo. No mercado do Claudinei dos Santos Silva, as vendas ca\u00edram. “Nossas vendas ca\u00edram de 20% a 30%, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro. Agora que a gente est\u00e1 recuperando pouco a pouco, que eles conseguiram desviar a rota”, explicou o comerciante.
\nCidades e rodovias n\u00e3o est\u00e3o aguentando o movimento de carretas no norte do Tocantins
\nTV Anhanguera\/Reprodu\u00e7\u00e3o
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\nEm S\u00edtio Novo, o problema se repete. A rodovia por onde passam ambul\u00e2ncias, \u00f4nibus e caminh\u00f5es precisam trafegar bem devagar para escapar dos buracos. O trajeto at\u00e9 Imperatriz, no Maranh\u00e3o, era feito em 40 minutos, hoje leva mais de duas horas.
\nA comerciante Beatriz Oliveira precisou passar pera via e reclamou da situa\u00e7\u00e3o.”\u00c9 muito complicado porque o asfalto n\u00e3o foi feito para ter esse suporte de carga todinho. E agora com esse fluxo todo deteriorou tudo”, disse.
\nEm S\u00e3o Miguel do Tocantins, que tamb\u00e9m se tornou rota alternativa ap\u00f3s a queda da ponte na BR-226, o governo estado instalou uma barreira para pesar os caminh\u00f5es com 3,5 mil quilos tem que subir na balan\u00e7a. Quem estiver irregular recebe multa.
\nAs condi\u00e7\u00f5es do trecho e as medidas de fiscaliza\u00e7\u00e3o n\u00e3o est\u00e3o agradando os caminhoneiros. “Sofrimento ‘brabo’. \u00c9 s\u00f3 buraco, buraco, ponte caindo, arriscado o cara morrer. A\u00ed chega uma hora dessa e pega uma balan\u00e7a ainda”, reclamou o caminhoneiro Jos\u00e9 de Oliveira.
\nDestrui\u00e7\u00e3o mesmo com decreto
\nTocantin\u00f3polis tamb\u00e9m \u00e9 outra cidade afetada pelo fluxo intenso desviado da ponte JK. Em janeiro deste ano, o prefeito Fabion Gomes (PL) proibiu a circula\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos com mais de 25 toneladas nas vias urbanas. A medida foi tomada justamente para evitar que as vias p\u00fablicas ficassem deterioradas. Mas tr\u00eas meses ap\u00f3s o decreto, a situa\u00e7\u00e3o \u00e9 a mesma das outras cidades do extremo-norte do estado.
\nEm uma das ruas da cidade, o peso dos caminh\u00f5es chegou a estourar canos de esgoto, causando a exposi\u00e7\u00e3o na via.
\nEm entrevista \u00e0 TV Anhanguera, o prefeito informou que voltou atr\u00e1s da decis\u00e3o e que buscou apoio do Governo do Estado, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e de pol\u00edticos para recuperar as ruas danificadas posteriormente, para n\u00e3o afetar a popula\u00e7\u00e3o.
\n“Os caminhoneiros n\u00e3o t\u00eam culpa, os empres\u00e1rios n\u00e3o t\u00eam culpa, o povo n\u00e3o tem culpa. Hoje a culpa toda \u00e9 do Governo Federal e ele tem que acelerar a constru\u00e7\u00e3o da ponte para evitar esses problemas. E n\u00f3s vamos tentar recuperar da melhor maneira poss\u00edvel”, afirmou Fabion, que ressaltou que uma das ruas que sofre com o movimento de ve\u00edculos pesados tem mais de 180 anos.
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\nRelembre a trag\u00e9dia
\nO v\u00e3o da ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. A estrutura liga as cidades de Aguiarn\u00f3polis (TO) e Estreito (MA). Um vereador de Aguiarn\u00f3polis que denunciava a situa\u00e7\u00e3o prec\u00e1ria da estrutura flagrou o momento.
\nDuas caminhonetes, um carro, tr\u00eas motos e quatro caminh\u00f5es passavam pelo local na hora e ca\u00edram dentro do rio. Tr\u00eas desses caminh\u00f5es carregavam \u00e1cido sulf\u00farico e agrot\u00f3xicos. Uma pessoa sobreviveu, 14 morreram e tr\u00eas ainda est\u00e3o desaparecidas.
\nPara que a nova ponte seja constru\u00edda, as partes remanescentes da Juscelino Kubitschek tiveram que ser implodidas. A opera\u00e7\u00e3o aconteceu na tarde do \u00faltimo domingo (2) e durou menos de 15 segundos. As estruturas receberam 250 kg de explosivos.
\nAs m\u00e1quinas trabalham no local para que uma nova ponte seja constru\u00edda at\u00e9 o fim deste ano, segundo o DNIT.
\nQueda ponte
\nReprodu\u00e7\u00e3o\/TV Globo
\n\u00cdntegra da nota do DNIT
\nO DNIT informa que ap\u00f3s o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226\/TO, a autarquia desenvolve a\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para minimizar os impactos aos usu\u00e1rios, inclusive nas rodovias estaduais, por meio de contrata\u00e7\u00f5es emergenciais e licita\u00e7\u00f5es.
\nPara a execu\u00e7\u00e3o dos servi\u00e7os nos pontos mais cr\u00edticos, foi assinado, nessa sexta-feira (28), o contrato emergencial para recupera\u00e7\u00e3o funcional sem manuten\u00e7\u00e3o de um trecho de 82,2 quil\u00f4metros na TO-134, do km 26,3 ao 73,3 (47 quil\u00f4metros), e na TO-201, do km 0 ao km 35,2 (35,2 quil\u00f4metros).
\nOs investimentos previstos para recupera\u00e7\u00e3o e manuten\u00e7\u00e3o das rodovias estaduais impactadas s\u00e3o de aproximadamente R$ 150 milh\u00f5es. O valor inclui as emergenciais citadas e as licita\u00e7\u00f5es que t\u00eam como previs\u00e3o o in\u00edcio dos servi\u00e7os em junho de 2025.
\nAs licita\u00e7\u00f5es envolvem os servi\u00e7os de manuten\u00e7\u00e3o em 330,6 quil\u00f4metros nos seguintes trechos: TO-126, do km 107,7 ao km 135,3, extens\u00e3o de 27,6 quil\u00f4metros; TO-134: km 26,3 ao km 73,3 e km 105,3 ao km 175,1, extens\u00e3o de 116,8 quil\u00f4metros; TO-222: km 0 ao km 109,8, extens\u00e3o de 109,8 quil\u00f4metros; TO: 201: km 0 ao km 35,2, extens\u00e3o de 35,2 quil\u00f4metros; TO-210: km 0 ao km 12,3, extens\u00e3o de 12,3 quil\u00f4metros; TO-415: km 15,4 ao km 44,3, extens\u00e3o de 28,9 quil\u00f4metros.
\nO DNIT tamb\u00e9m atuou na contrata\u00e7\u00e3o de balsas, que j\u00e1 est\u00e3o em opera\u00e7\u00e3o 24 horas por dia, ligando Aguiarn\u00f3polis (TO) e Estreito(MA).
\nO Departamento salienta que tamb\u00e9m est\u00e3o em andamento as a\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para as contrata\u00e7\u00f5es das interven\u00e7\u00f5es de recupera\u00e7\u00e3o das rodovias estaduais impactadas no estado do Maranh\u00e3o.
\nMoradores reclamam da pavimenta\u00e7\u00e3o deteriorada
\nTV Anhanguera\/Reprodu\u00e7\u00e3o
\nVeja mais not\u00edcias da regi\u00e3o no g1 Tocantins.<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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