Mandado de pris\u00e3o em desfavor de \u00c1lvaro Hauschild \u00e9 decorrente da condena\u00e7\u00e3o transitada em julgado (fase em que n\u00e3o cabe mais recurso) e foi expedido em 17 de mar\u00e7o. Ele optou pelo direito de permanecer calado durante o interrogat\u00f3rio, segundo delegada. A Pol\u00edcia Civil prendeu em Porto Alegre, na manh\u00e3 desta segunda-feira (31), \u00c1lvaro Hauschild, de 32 anos. Ele \u00e9 ex-estudante de doutorado em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e foi condenado em 2024 por racismo. (Relembre o caso abaixo)
\nO mandado de pris\u00e3o em desfavor de Hauschild \u00e9 decorrente da condena\u00e7\u00e3o transitada em julgado (fase em que n\u00e3o cabe mais recurso) e foi expedido em 17 de mar\u00e7o.
\nDe acordo com a delegada Tatiana Bastos, titular da Delegacia de Pol\u00edcia de Combate \u00e0 Intoler\u00e2ncia (DPCI), o preso optou pelo direito de permanecer calado durante o interrogat\u00f3rio.
\nEm 2022, a UFRGS anunciou o desligamento do aluno. Na ocasi\u00e3o, a institui\u00e7\u00e3o informou que considerou o Art. 10, inciso V, do C\u00f3digo Disciplinar Discente, que disp\u00f5e sobre infra\u00e7\u00f5es disciplinares estudantis grav\u00edssimas: “praticar, induzir ou incitar, por qualquer meio, a discrimina\u00e7\u00e3o ou preconceito de g\u00eanero, ra\u00e7a, cor, etnia, religi\u00e3o, orienta\u00e7\u00e3o sexual ou proced\u00eancia; (alterado pela Res. n\u00ba 66\/2009)”
\nSegundo a investiga\u00e7\u00e3o policial, Hauschild teria feito coment\u00e1rios mis\u00f3ginos, no s\u00e1bado (29), em uma reportagem veiculada nas redes sociais. Com isso, um novo boletim de ocorr\u00eancia foi registrado pelos agentes da delegacia especializada.
\nEntenda o caso
\nPol\u00edcia investiga queixa de racismo de estudante da UFRGS: ‘Exala um cheiro t\u00edpico’
\nEm outubro de 2021, centros e diret\u00f3rios acad\u00eamicos da UFRGS organizaram um abaixo-assinado pedindo \u00e0 institui\u00e7\u00e3o de ensino a expuls\u00e3o do doutorando de filosofia em raz\u00e3o da suspeito de racismo e de antissemitismo.
\nHauschild enviou mensagens de teor racista \u00e0 namorada de um aluno da universidade, que \u00e9 negro. Al\u00e9m disso, ele \u00e9 o autor de textos em que questiona, por exemplo, a exist\u00eancia do holocausto, que foi o exterm\u00ednio de 6 milh\u00f5es de judeus pela Alemanha nazista durante a 2\u00aa Guerra Mundial.
\nNa \u00e9poca, Hauschild negou que tenha cometido os crimes, mas admitiu ser o autor das mensagens.
\nA Pol\u00edcia Civil entendeu tratar-se de racismo qualificado em raz\u00e3o das publica\u00e7\u00f5es em sites e blogs. Dessa forma, h\u00e1 uma v\u00edtima direta, mas atinge uma coletividade, toda a integridade de uma ra\u00e7a. O crime foi enquadrado no artigo 20 da lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, segundo o qual \u00e9 proibido “praticar, induzir ou incitar a discrimina\u00e7\u00e3o ou preconceito de ra\u00e7a, cor, etnia, religi\u00e3o ou proced\u00eancia nacional”.
\nNo caso de Hauschild, ainda foi acrescida a qualificadora do par\u00e1grafo segundo, que aumenta a pena de reclus\u00e3o para dois a cinco anos se “qualquer dos crimes previstos (…) \u00e9 cometido por interm\u00e9dio dos meios de comunica\u00e7\u00e3o social ou publica\u00e7\u00e3o de qualquer natureza”.
\nV\u00cdDEOS: Tudo sobre o RS<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"