{"id":197404,"date":"2025-04-02T04:05:44","date_gmt":"2025-04-02T07:05:44","guid":{"rendered":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/197404"},"modified":"2025-04-02T04:05:44","modified_gmt":"2025-04-02T07:05:44","slug":"luto-e-libertacao-mae-e-filha-tem-sensacoes-diferentes-apos-receberem-diagnostico-tardio-de-autismo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/197404","title":{"rendered":"Luto e liberta\u00e7\u00e3o: M\u00e3e e filha t\u00eam sensa\u00e7\u00f5es diferentes ap\u00f3s receberem diagn\u00f3stico tardio de autismo"},"content":{"rendered":"

Filha \u00cdsis foi quem primeiro fez avalia\u00e7\u00e3o, seguida pela m\u00e3e, Am\u00e1lia, que se interessou ap\u00f3s conversa entre as duas. Delegado e psic\u00f3loga tamb\u00e9m relatam experi\u00eancias de autodescoberta ap\u00f3s diagn\u00f3stico. No sentido hor\u00e1rio: \u00cdsis, Am\u00e1lia, Aderlan e Agnes, todos diagnosticados com autismo na vida adulta
\nReprodu\u00e7\u00e3o
\nAp\u00f3s tentar entender um pouco melhor sobre as pr\u00f3prias caracter\u00edsticas e forma de ver o mundo, a estudante \u00cdsis Leites, de 22 anos, procurou por especialistas e obteve o diagn\u00f3stico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela conversou muito sobre o assunto com a m\u00e3e, a professora Am\u00e1lia Cardona Leites, de 42 anos, que depois buscou a pr\u00f3pria avalia\u00e7\u00e3o e tamb\u00e9m se descobriu autista quando adulta.
\nAs duas entenderam o diagn\u00f3stico de formas diferentes: para a filha, foi imediatamente libertador. Para a m\u00e3e, houve um processo de luto. \u201cPensar o quanto a minha vida podia ter sido diferente se eu soubesse que era autista\u201d, declarou Am\u00e1lia.
\nAssim como a m\u00e3e e a filha, a psic\u00f3loga Agnes Oliveira, de 28 anos, e o delegado da Pol\u00edcia Civil Aderlan Camargo, de 48, tamb\u00e9m tiveram o diagn\u00f3stico de TEA quando adultos.
\nA tamb\u00e9m psic\u00f3loga e autista Giovanna Nicolau explicou que h\u00e1 alguns sinais tidos como caracter\u00edsticos do TEA, mas n\u00e3o \u00e9 razo\u00e1vel generalizar e \u00e9 preciso respeitar a individualidade de cada pessoa: “Cada autismo \u00e9 um autismo” (leia mais sobre isso abaixo).
\nNeste 2 de abril, Dia Mundial de Conscientiza\u00e7\u00e3o do Autismo, data criada pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU), o g1 Santa Catarina conversou com \u00cdsis, Am\u00e1lia, Agnes e Aderlan sobre como se descobriram dentro do espectro e o que mudou para eles ap\u00f3s o diagn\u00f3stico.
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\nLiberta\u00e7\u00e3o e luto
\nEstudante \u00cdsis Leites fala que diagn\u00f3stico de autismo foi ‘libertador’
\n\u00cdsis e Am\u00e1lia s\u00e3o ga\u00fachas, mas se mudaram para Florian\u00f3polis em 2017. A filha continua na capital, onde estuda jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). J\u00e1 Am\u00e1lia \u00e9 professora do Instituto Federal Catarinense (IFC) no campus de Ibirama, no Vale do Itaja\u00ed, e mora em Brusque, na mesma regi\u00e3o. \u00cdsis tinha de 20 para 21 anos quando recebeu o diagn\u00f3stico. A m\u00e3e tinha 40 anos.
\nA filha foi estimulada a procurar avalia\u00e7\u00e3o ap\u00f3s um primo de 8 anos ser diagnosticado com Transtorno do d\u00e9ficit de aten\u00e7\u00e3o com hiperatividade (TDAH). Ap\u00f3s se identificar com diversos sinais, ela foi atr\u00e1s de especialistas.
\nA segunda profissional com quem ela se consultou falou primeiro para ela sobre o TEA. “Falei todos os meus relatos, quest\u00f5es sensoriais tamb\u00e9m e, no final da sess\u00e3o, ela falou: ‘Ah, eu acho que tu n\u00e3o tens TDAH. Tu j\u00e1 ouviste falar sobre TEA?’. E a\u00ed ela me explicou um pouco e eu fiquei meio em choque. Eu nunca tinha parado para pensar sobre isso”, relatou \u00cdsis.
\nDepois dessa consulta, ela foi encaminhada para fazer uma avalia\u00e7\u00e3o neuropsicol\u00f3gica. E a tentar n\u00e3o focar apenas nos modelos geralmente mostrados sobre o autismo.
\n“Eu tinha aquele estere\u00f3tipo do Sheldon do [s\u00e9rie de TV] Big Bang Theory e de crian\u00e7as n\u00e3o-verbais. Eu fiquei bem em choque, foi um processo de conscientiza\u00e7\u00e3o”, disse \u00cdsis.
\nNa conversa com a filha, Am\u00e1lia tamb\u00e9m come\u00e7ou a ler sobre o assunto. Foi enquanto acompanhava o teste da filha que ela foi questionada se tamb\u00e9m j\u00e1 tinha sido avaliada.
\nFoi quando Am\u00e1lia resolveu tamb\u00e9m fazer o teste e recordou alguns comportamentos que foram assuntos de sess\u00f5es, como um cronograma que ela fazia para a filha quando \u00cdsis era uma crian\u00e7a pequena.
\n“Eu colocava na porta do quarto dela o sol de manh\u00e3 e desenho de escova de dente, que ela tinha que fazer em cada hor\u00e1rio. Eu nunca pensei que esse tipo de coisa tinha a ver com alguma neurodiverg\u00eancia. At\u00e9 hoje me custa entender que n\u00e3o \u00e9 todo mundo que chega numa loja e vai direto ficar tocando no cobertor. Porque, se \u00e9 bom, por que n\u00e3o \u00e9 todo mundo que faz isso, n\u00e9? Para mim, foi um choque pensar que o mundo n\u00e3o era da maneira como eu vivia”, declarou.
\nQuem primeiro recebeu o diagn\u00f3stico foi \u00cdsis, que descreveu a sensa\u00e7\u00e3o como libertadora. “\u00c9 tipo dar um respiro e ficar ‘eu n\u00e3o era s\u00f3 diferente, tinha um motivo, uma explica\u00e7\u00e3o. O processo do laudo em si eu acho bem libertador. N\u00e3o sei explicar, mas \u00e9 muito boa a sensa\u00e7\u00e3o de ler”.
\n“Tu te identificares com tantas coisas ali que o profissional explicou que tu talvez nem tinhas pensado, Nem tinha racionalizado”, completou.
\nPara Am\u00e1lia, a sensa\u00e7\u00e3o foi um pouco diferente. “Para mim, teve um processo de luto. No sentido de olhar para tr\u00e1s e pensar o quanto a minha vida podia ter sido diferente se eu soubesse que era autista e se eu tivesse me respeitado mais. Eu acho que junta, n\u00e9, com as quest\u00f5es da socializa\u00e7\u00e3o, da gente querer agradar”.
\nEla disse, por\u00e9m, que j\u00e1 passou dessa etapa. “Agora n\u00e3o estou mais no processo de luto. Hoje estou bem. Eu estou feliz porque pelo menos eu estou na metade da minha vida \u00fatil, ainda tenho tempo para me descobrir, mas \u00e9 como se eu tivesse que descobrir tudo. \u00c9 tudo muito novo”.
\nProfessora Am\u00e1lia Leites descreve processo de ‘luto’ ap\u00f3s diagn\u00f3stico de autismo
\nAl\u00edvio
\nA psic\u00f3loga Agnes Oliveira se formou em Florian\u00f3polis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atende tamb\u00e9m pacientes autistas da capital catarinense. Ela recebeu o diagn\u00f3stico aos 27 anos.
\nA pr\u00f3pria avalia\u00e7\u00e3o neuropsicol\u00f3gica ela decidiu fazer por encontrar alguns ind\u00edcios em si mesma. “Comecei a desconfiar que estivesse no espectro em 2020, desde a primeira vez que tive contato com outra mulher autista. At\u00e9 realmente fazer a avalia\u00e7\u00e3o psicol\u00f3gica, em 2023, foram anos de muita d\u00favida e questionamentos por parte de mim mesma e dos outros”.
\n“Eu fechava v\u00e1rios crit\u00e9rios para Transtorno do Espectro Autista, mas o que mais me chamou a aten\u00e7\u00e3o e me fez ver a mim mesma de maneira diferente foram as crises sensoriais. Eu passei anos achando que tudo era ansiedade at\u00e9 compreender como se d\u00e1 a sobrecarga sensorial no autismo e reconhecer os sinais em mim”, relatou.
\n“Neuroat\u00edpicos, com TEA e TDAH, processam os est\u00edmulos de maneira diferente dos ditos neurot\u00edpicos. Assim, n\u00e3o s\u00f3 barulhos, mas luzes ou at\u00e9 texturas me afetam. \u00c0s vezes, a sobreposi\u00e7\u00e3o de mais de uma delas, \u00e0s vezes uma s\u00f3 delas de maneira muito intensa. Eu fui aprendendo a criar intervalos e estrat\u00e9gias para me autorregular”, explicou.
\nPara ela, a sensa\u00e7\u00e3o ap\u00f3s o diagn\u00f3stico foi de al\u00edvio. “Acho que mudei principalmente a forma de me comunicar e colocar meus limites nas intera\u00e7\u00f5es. Encontrei mais legitimidade para ser quem eu sou”.
\n“As pessoas acham que todo autista \u00e9 igual, que todo autista vai ser como a crian\u00e7a autista que voc\u00ea conheceu. E n\u00e3o \u00e9 assim. Somos seres m\u00faltiplos”, resumiu.
\nAp\u00f3s ter certeza do diagn\u00f3stico, Agnes contou que passou a respeitar mais os pr\u00f3prios sinais do corpo. “Eu dei legitimidade aos sinais que o meu corpo d\u00e1 de que est\u00e1 entrando em crise. Assim eu sinalizo os meus limites com mais firmeza e os tenho mais respeitados. Eu tamb\u00e9m uso dos meus direitos para fazer coisas quando est\u00e1 muito dif\u00edcil, como direito a atendimento priorit\u00e1rio por exemplo. Sinalizo as pessoas ao meu redor se estou bem ou se estou usando a reserva da minha bateria para finalizar tarefas e n\u00e3o engajo em novas coisas que me soam como um desafio se j\u00e1 sinto que estou no limite”.
\nPsic\u00f3loga Agnes Oliveira passou a se respeitar mais ap\u00f3s diagn\u00f3stico de autismo
\nEntender-se melhor
\nDelegado h\u00e1 nove anos, Aderlan Camargo est\u00e1 atualmente na Central de Plant\u00e3o Policial de Balne\u00e1rio Cambori\u00fa, no Litoral Norte de Santa Catarina. Ele recebeu o diagn\u00f3stico aos 47 anos e hoje tem 48.
\nNo caso de Aderlan, o filho com autismo foi o est\u00edmulo para buscar a avalia\u00e7\u00e3o. “J\u00e1 tinha rompido muitas barreiras, mas eu busquei porque eu tenho um filho autista”, resumuiu. Com a avalia\u00e7\u00e3o, p\u00f4de entender melhor v\u00e1rios epis\u00f3dios da juventude.
\n“Eu tive muita dificuldade de tamb\u00e9m de aprendizagem. Tanto \u00e9 que eu reprovei quatro vezes, duas vezes a quarta s\u00e9rie, depois eu reprovei a quinta s\u00e9rie, depois mais uma vez o primeiro ano do antigo segundo grau”, relatou.
\nEle tamb\u00e9m teve problemas de dic\u00e7\u00e3o e sofria com uma timidez extrema. Aderlan se refugiou na leitura. “Eu consegui evoluir como pessoa, at\u00e9 porque \u00e9 um h\u00e1bito solit\u00e1rio, n\u00e9? Voc\u00ea n\u00e3o precisa interagir com muitas pessoas, com ningu\u00e9m ali\u00e1s”.
\nTrabalhando como office boy em um escrit\u00f3rio de advocacia, foi incentivado por um advogado a ir para a carreira jur\u00eddica. Seguiu essa profiss\u00e3o por 13 anos. Depois, foi aprovado no concurso para delegado de pol\u00edcia, com 10 mil candidatos.
\nVoltando ao filho, Aderlan disse que come\u00e7ou a identificar nele pr\u00f3pria algumas caracter\u00edsticas semelhantes \u00e0s da crian\u00e7a. Os terapeutas do menino tamb\u00e9m estimularam que o pai buscasse a avalia\u00e7\u00e3o.
\n“Foi mais com o objetivo de entender algumas coisas no meu passado. A partir da confirma\u00e7\u00e3o dessa minha condi\u00e7\u00e3o, eu me senti mais na obriga\u00e7\u00e3o ainda de ajudar, de auxiliar meu filho”, contou.
\n“Porque se eu cheguei nessa condi\u00e7\u00e3o que eu estou hoje, meu filho tamb\u00e9m pode talvez chegar pr\u00f3ximo ou, pelo menos, criar independ\u00eancia, autonomia, que \u00e9 o sonho de todo pai de autista: que o filho tenha autonomia”, concluiu.
\nDelegado Aderlan Camargo buscou avalia\u00e7\u00e3o ap\u00f3s filho ser diagnosticado com autismo
\nSinais
\nAlguns dos sinais citados pelos entrevistados que os fizeram sentir que eram, de alguma forma, diferentes das outras pessoas, foram:
\nfalar e entender de forma mais direta
\ngostar de tocar em toalhas e cobertores
\ninc\u00f4modo com barulhos como do \u00f4nibus ou lugares muito cheios
\nnecessidade de regras e clareza
\ninc\u00f4modo com luzes e textura
\ndificuldades de aprendizagem
\ndificuldades de dic\u00e7\u00e3o
\ntimidez extrema
\nA psic\u00f3loga Giovanna Nicolau tamb\u00e9m cita:
\nforma diferente de entender as intera\u00e7\u00f5es sociais
\nmuita sensibilidade
\nseletividade alimentar
\ndificuldade para entender o que foi dito nas entrelinhas
\nPor\u00e9m, ela destacou que “cada autismo \u00e9 um autismo”.
\n“Cada pessoa \u00e9 singular. \u00c9 o cuidado para a gente n\u00e3o generalizar as caracter\u00edsticas do autismo para todo mundo, e o quanto atende um crit\u00e9rio ou n\u00e3o atende, mas para entender como que \u00e9 o autismo de cada pessoa”, elaborou.
\nAvalia\u00e7\u00e3o psicol\u00f3gica
\nDe acordo com o Conselho Regional de Psicologia da 12\u00aa Regi\u00e3o (CRP-12), de Santa Catarina, a avalia\u00e7\u00e3o psicol\u00f3gica \u00e9 o procedimento utilizado em psicologia para a emiss\u00e3o de diagn\u00f3sticos psicol\u00f3gicos, entre eles o de Transtorno do Espectro Autista.
\nA Resolu\u00e7\u00e3o do Conselho Federal de Psicologia n\u00ba 31\/2022 estabelece as diretrizes t\u00e9cnicas para a avalia\u00e7\u00e3o psicol\u00f3gica. A princ\u00edpio, todos os psic\u00f3logas inscritos no CRP s\u00e3o legalmente habilitados para realizar este tipo de avalia\u00e7\u00e3o.
\nH\u00e1 testes psicol\u00f3gicos com aplica\u00e7\u00e3o remota, por\u00e9m como o CRP-12 n\u00e3o orienta a respeito da metodologia aplicada a cada caso, o Conselho n\u00e3o pode responder se h\u00e1 testes com aplica\u00e7\u00e3o remota voltados ao diagn\u00f3stico de autismo.
\n\u00c9 poss\u00edvel consultar profissionais com registro de especialista no site do Conselho.
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\nV\u00cdDEOS: mais assistidos do g1 SC nos \u00faltimos 7 dias<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Filha \u00cdsis foi quem primeiro fez avalia\u00e7\u00e3o, seguida pela m\u00e3e, Am\u00e1lia, que se interessou ap\u00f3s conversa entre as duas. Delegado e psic\u00f3loga tamb\u00e9m relatam experi\u00eancias de autodescoberta ap\u00f3s diagn\u00f3stico. No sentido hor\u00e1rio: \u00cdsis, Am\u00e1lia, Aderlan e Agnes, todos diagnosticados com autismo na vida adulta Reprodu\u00e7\u00e3o Ap\u00f3s tentar entender um pouco… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-197404","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/197404","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=197404"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/197404\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=197404"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=197404"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=197404"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}