{"id":198384,"date":"2025-04-03T06:08:34","date_gmt":"2025-04-03T09:08:34","guid":{"rendered":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/198384"},"modified":"2025-04-03T06:08:34","modified_gmt":"2025-04-03T09:08:34","slug":"a-reinvencao-da-industria-carbonifera-sc-se-destaca-em-pesquisas-que-utilizam-cinzas-de-carvao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/198384","title":{"rendered":"A reinven\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria carbon\u00edfera: SC se destaca em pesquisas que utilizam cinzas de carv\u00e3o"},"content":{"rendered":"
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\u00c9 pelos trilhos do trem que o carv\u00e3o extra\u00eddo das minas do Sul do estado chega at\u00e9 a termoel\u00e9trica em Capivari de Baixo. No local, a queima do mineral produz energia el\u00e9trica h\u00e1 quase 60 anos, sendo at\u00e9 hoje uma importante geradora, n\u00e3o s\u00f3 para Santa Catarina como para todo pa\u00eds.<\/p>\n

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Cinzas de carv\u00e3o s\u00e3o usadas como fertilizantes em Santa Catarina \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/NDTV Record\/ND<\/p>\n<\/div>\n

Com as intemp\u00e9ries clim\u00e1ticas, contar somente com as fontes renov\u00e1veis, como solar, e\u00f3lica e hidrel\u00e9tricas, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel. S\u00f3 no ano passado, a usina Jorge Lacerda foi acionada por diversas vezes para garantir a gera\u00e7\u00e3o de energia el\u00e9trica e n\u00e3o acontecer nenhum desabastecimento.<\/p>\n

O que faz do complexo um instrumento importante para n\u00e3o faltar luz e garantir a seguran\u00e7a energ\u00e9tica, al\u00e9m de ser um pilar significativo para a economia do sul do estado. S\u00e3o mais de 20 mil empregos que de alguma forma est\u00e3o conectados a atividade. A produ\u00e7\u00e3o de cimento \u00e9 uma delas. As cinzas de carv\u00e3o que sobram da queima para transforma\u00e7\u00e3o de energia v\u00e3o para a ind\u00fastria que agrega na composi\u00e7\u00e3o ajudando a reduzir o uso do clinquer, um dos materiais mais poluentes do cimento.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, uma boa parte das cinzas do cimento tem ido para pesquisas. Na Satc, em Crici\u00fama, ela vem sendo testada de diferentes formas. Na captura de CO2 para implanta\u00e7\u00e3o nas usinas termoel\u00e9tricas, contribuindo para descarboniza\u00e7\u00e3o das opera\u00e7\u00f5es. E no campo, como substituto aos fertilizantes.<\/p>\n

Com as cinzas de carv\u00e3o a Satc tem produzido zeolita. Um mineral que pode ser encontrado na natureza com alto poder de absor\u00e7\u00e3o. Mas, no laborat\u00f3rio, elas s\u00e3o feitas de forma sint\u00e9tica com uma capacidade semelhante ao natural e depois testadas em plantas. A pesquisa analisou algumas esp\u00e9cies em ambiente controlado, agora est\u00e1 na lavoura. Mais de 4.300 p\u00e9s de milho est\u00e3o recebendo as zeolitas como substitui\u00e7\u00e3o aos fertilizantes.<\/p>\n

Pesquisas de SC em destaque no Brasil<\/h2>\n

S\u00e3o essas pesquisas que d\u00e3o uma nova utilidade as cinzas do carv\u00e3o que foram vistas de perto pelos assessores de programas estrat\u00e9gicos do Minist\u00e9rio da Agricultura. A visita ao centro tecnol\u00f3gico da Satc foi para mostrar os avan\u00e7os de Santa Catarina nos estudos que possam contribuir com a transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica.<\/p>\n

Para o diretor-executivo da Satc, os estudos est\u00e3o ajudando a mostrar que \u00e9 poss\u00edvel reinventar a ind\u00fastria do carv\u00e3o, atrav\u00e9s da produ\u00e7\u00e3o de outros materiais e focado na seguran\u00e7a alimentar.<\/p>\n

\u201cNo momento que o Brasil est\u00e1 buscando reduzir os custos dos alimentos, o que n\u00f3s estamos fazendo aqui na Satc \u00e9 um passo importante para produzir fertilizantes nacionais, com produtos nacionais, origin\u00e1rios da cadeia produtiva do carv\u00e3o. Vem das cinzas da termel\u00e9trica para transformar em fertilizantes. E a pr\u00f3pria termel\u00e9trica produzir fertilizantes com os seus gases, isso \u00e9 algo que o carv\u00e3o pode trazer, ent\u00e3o \u00e9 uma reinven\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria olhando o net zero que \u00e9 a gente ter carbono neutro em 2050. E tudo isso \u00e9 um processo para conseguir chegar no desenvolvimento de tecnologia e assim a gente consegue viabilizar uma nova economia pra regi\u00e3o sul e para Santa Catarina\u201d, explica Fernando Zancan.<\/p>\n

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Pesquisas que d\u00e3o nova utilidade as cinzas do carv\u00e3o foram vistas de perto pelos assessores de programas estrat\u00e9gicos do Minist\u00e9rio da Agricultura \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/NDTV Record\/ND<\/p>\n<\/div>\n

Os avan\u00e7os de Santa Catarina nas pesquisas chamou aten\u00e7\u00e3o do pa\u00eds. E at\u00e9 por isso, o assessor do Minist\u00e9rio da Agricultura convidou a Satc para integrar o projeto do governo federal que buscar criar um centro de excel\u00eancia de fertilizantes para reduzir a depend\u00eancia externa do pa\u00eds em fertilizantes qu\u00edmicos, aumentar a presen\u00e7a de bioinsumos na agricultura e disseminar o uso de compostos mais apropriados ao solo tropical, a partir de tecnologias desenvolvidas no pa\u00eds.<\/p>\n

Reinven\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria com as cinzas de carv\u00e3o<\/h2>\n

Segundo Jos\u00e9 Carlos Polidoro, o Brasil \u00e9 campe\u00e3o mundial de produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola e continuar\u00e1 sendo um grande contribuinte para diminui\u00e7\u00e3o da seguran\u00e7a alimentar do mundo.<\/p>\n

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Nas cinzas do carv\u00e3o pode estar a alternativa para redu\u00e7\u00e3o de custos nas lavouras com fertilizantes \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/NDTV\/ND<\/p>\n<\/div>\n

\u201cPor isso, vamos fazer o que a FAO espera de n\u00f3s e colocar 40% a mais de alimento para o mundo, mas isso ser\u00e1 muito pr\u00f3ximo de uma neutralidade da emiss\u00e3o de carbono, com o m\u00ednimo que a gente conseguir. E principalmente sem a necessidade de desmatamento legal ou ilegal de nenhum hectare de floresta ou serrado ou Mata Atl\u00e2ntica ou qualquer que seja a vegeta\u00e7\u00e3o nativa\u201d, detalha o assessor da secretaria executiva Mapa.<\/p>\n

Polidoro completa que esse \u00e9 um dos motivos de a equipe ter visitado Santa Catarina.<\/p>\n

\u201cEstamos no nono estado para criar um hub porque o governo federal n\u00e3o tem nenhuma chance de conseguir \u00eaxito sem a parceria com os governos estaduais em programas de estado, independente de partido pol\u00edtico, a gente tem programa de estado e o plano nacional de fertilizantes \u00e9 um deles\u201d.<\/p>\n

O convite vem para impulsionar ainda mais o prop\u00f3sito dos \u00faltimos anos que est\u00e1 em reinventar a ind\u00fastria do carv\u00e3o do sul de Santa Catarina. A regi\u00e3o j\u00e1 vem mostrando bons resultados nas pesquisas e que \u00e9 poss\u00edvel fazer uma transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica justa com investimentos, estudos e com foco num novo futuro.<\/p>\n

\u201cO Minist\u00e9rio da Agricultura vindo olhar, ver o desenvolvimento tecnol\u00f3gico, olhar o produto e a gente montar uma parceria para trabalhar em conjunto com redes de ci\u00eancia, tecnologia e inova\u00e7\u00e3o ligado ao agroneg\u00f3cio, isso \u00e9 muito importante para gente\u201d, finaliza Zancan.<\/p>\n

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\u00c9 pelos trilhos do trem que o carv\u00e3o extra\u00eddo das minas do Sul do estado chega at\u00e9 a termoel\u00e9trica em Capivari de Baixo. No local, a queima do mineral produz energia el\u00e9trica h\u00e1 quase 60 anos, sendo at\u00e9 hoje uma importante geradora, n\u00e3o s\u00f3 para Santa Catarina como para todo… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-198384","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/198384","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=198384"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/198384\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=198384"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=198384"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=198384"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}