Den\u00fancia narra que o criminoso se aproveitava da condi\u00e7\u00e3o de m\u00e9dico para abus\u00e1-las por meio de toques indesejados nas partes \u00edntimas. Crimes ocorreram em S\u00e3o Bento do Sul. Imagem ilustrativa de atendimento de m\u00e9dico a paciente
\nGetty Images
\nUm m\u00e9dico cl\u00ednico-geral foi condenado a oito anos de pris\u00e3o em regime fechado por viola\u00e7\u00e3o sexual mediante fraude cometida contra seis pacientes durante atendimentos em uma cl\u00ednica particular em S\u00e3o Bento do Sul, uma das principais cidades do Norte de Santa Catarina.
\nA den\u00fancia narra que o homem se aproveitava da condi\u00e7\u00e3o de m\u00e9dico e da vulnerabilidade das v\u00edtimas para abus\u00e1-las por meio de toques indesejados que n\u00e3o eram necess\u00e1rios (veja mais detalhes abaixo).
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\nAl\u00e9m da condena\u00e7\u00e3o fixada em oito anos, dez meses e cinco dias de reclus\u00e3o em regime fechado, o criminoso ter\u00e1 que indenizar as seis v\u00edtimas em R$ 10 mil\/cada a t\u00edtulo de danos morais. O caso, que cabe recurso, tramita em segredo de Justi\u00e7a e, por isso, o g1 n\u00e3o localizou a defesa do r\u00e9u.
\nEntre os relatos que levaram \u00e0 senten\u00e7a, est\u00e3o toques nas partes \u00edntimas e exig\u00eancia para que elas tirassem as roupas sob pretexto de diagn\u00f3sticos cl\u00ednicos, mesmo em condi\u00e7\u00f5es onde n\u00e3o havia necessidade, como dores estomacais e exames peri\u00f3dicos.
\n“Mesmo aos olhos de uma pessoa leiga, existe um consenso sobre o que se espera de uma consulta m\u00e9dica. Nenhuma das v\u00edtimas considerou a conduta do r\u00e9u como esperada ou aceit\u00e1vel”, escreveu na decis\u00e3o a magistrada respons\u00e1vel pela senten\u00e7a, que tamb\u00e9m n\u00e3o teve o nome divulgado em fun\u00e7\u00e3o do segredo de Justi\u00e7a.
\nOs crimes ocorreram entre maio de 2019 e fevereiro de 2020. Os ind\u00edcios que levaram \u00e0 condena\u00e7\u00e3o se baseiam nos relatos semelhantes das v\u00edtimas que compartilharam com familiares e autoridades as den\u00fancias, mesmo com medo de serem ignoradas ou sofrerem repres\u00e1lias na vida e no trabalho.
\n“Essa condena\u00e7\u00e3o representa um importante passo na busca por justi\u00e7a para as v\u00edtimas, refletindo a necessidade de responsabiliza\u00e7\u00e3o em casos de abuso de poder e viola\u00e7\u00e3o da dignidade humana no contexto m\u00e9dico. A decis\u00e3o tamb\u00e9m ressalta a import\u00e2ncia de um sistema judicial que proteja os direitos das v\u00edtimas e assegure que atos de viol\u00eancia sexual n\u00e3o fiquem impunes”, reiterou a promotora de Justi\u00e7a Gabriela Arenhart, titular da 2\u00aa Promotoria de Justi\u00e7a da Comarca de S\u00e3o Bento do Sul.
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