{"id":199272,"date":"2025-04-03T22:06:59","date_gmt":"2025-04-04T01:06:59","guid":{"rendered":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/199272"},"modified":"2025-04-03T22:06:59","modified_gmt":"2025-04-04T01:06:59","slug":"policiais-fazem-patrulhamento-montados-em-bufalos-e-viram-atracao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/199272","title":{"rendered":"Policiais fazem patrulhamento montados em b\u00fafalos e viram atra\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"
\n
\n
O munic\u00edpio de Soure, considerado a capital do arquip\u00e9lago do Maraj\u00f3, tem um estilo diferente de patrulhamento. A corpora\u00e7\u00e3o se utiliza do b\u00fafalo, que simboliza o local de maior rebanho do Brasil, que contribui para coibir a criminalidade e virou atra\u00e7\u00e3o tur\u00edstica.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
A unidade, vinculada ao Comando de Policiamento XI (CPR XI) – 8\u00ba BPM, portanto, realiza o policiamento montado em b\u00fafalos, animal s\u00edmbolo cultural da regi\u00e3o.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
O munic\u00edpio de Soure possui cerca de 25 mil habitantes, enquanto o efetivo do 8\u00ba BPM atua com aproximadamente 200 policiais militares. Al\u00e9m de viaturas e motocicletas, a unidade militar conta com o apoio de b\u00fafalos.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Somente a Ilha de Maraj\u00f3, possui cerca de 600 mil cabe\u00e7as da esp\u00e9cie. O n\u00famero expressivo de b\u00fafalos coloca o arquip\u00e9lago na posi\u00e7\u00e3o de maior rebanho do pa\u00eds.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Com isso, o animal \u00e9 visto com frequ\u00eancia nas ruas da cidade. Desde 1992, o b\u00fafalo tem auxiliado nas a\u00e7\u00f5es de seguran\u00e7a p\u00fablica e defesa social da Pol\u00edcia Militar. Ele tem elevado o nome da corpora\u00e7\u00e3o, devido \u00e0 procura de turistas e moradores da regi\u00e3o que admiram o animal e a modalidade de policiamento.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
O animal selvagem, que costuma pesar em m\u00e9dia 590 quilos, consegue se locomover em terrenos e \u00e1reas alagadas, devido \u00e0 for\u00e7a e tra\u00e7\u00e3o das patas.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Isso acontece, j\u00e1 que Soure \u00e9 banhada por rios. Al\u00e9m disso, possui muitas \u00e1reas de dif\u00edcil acesso, limitando o alcance de motocicletas e viaturas operacionais em certas ocorr\u00eancias.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
No momento, o 8\u00ba Batalh\u00e3o possui oito b\u00fafalos e sete deles est\u00e3o aptos para o policiamento. Os animais s\u00e3o treinados em \u00e1reas alagadas, pelos policiais nativos da regi\u00e3o. Quando o b\u00fafalo chega na fase adulta e tem um bom desempenho durante os treinos, ele se torna apto para o servi\u00e7o policial militar, conta o sargento Manoel Vitelli J\u00fanior, integrante do 8\u00ba Batalh\u00e3o.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
O \u2018Baratinha\u2019 e o \u2018Can\u00e1ria\u2019, como s\u00e3o chamados dois b\u00fafalos do 8\u00ba BPM, v\u00e3o at\u00e9 o porto do munic\u00edpio receber turistas que v\u00eam de outros estados do Brasil e diversos pa\u00edses para ver de perto o policiamento e registrar com selfies o momento ao lado do animal.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
\u201cO b\u00fafalo \u00e9 um atrativo para as pessoas de fora e isso aproxima a Pol\u00edcia Militar do Par\u00e1 ao turista e, naturalmente, \u00e0 popula\u00e7\u00e3o aqui da terra, porque o animal \u00e9 o s\u00edmbolo do Maraj\u00f3, e o policiamento ostensivo se alinha com esse aspecto cultura da regi\u00e3o\u201d, destacou o comandante do 8\u00ba Batalh\u00e3o, tenente-coronel Wilson Carlos de Ara\u00fajo Filho.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Al\u00e9m disso, o oficial disse ainda que em breve uma doutrina vai nortear com mais detalhes a utiliza\u00e7\u00e3o dos b\u00fafalos no policiamento ostensivo, transporte e opera\u00e7\u00f5es.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
\u201cEsse policiamento \u00e9 interessante e \u00fanico, porque nas outras cidades n\u00e3o \u00e9 comum a gente ver b\u00fafalos no meio da rua, muito menos sendo utilizado no servi\u00e7o policial. Eu costumo ver todos os dias os policiais e isso me deixa tranquila e me traz a sensa\u00e7\u00e3o de seguran\u00e7a\u2019\u2019, disse a professora Ana Paula.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
A unidade exerce o policiamento com b\u00fafalos num munic\u00edpio que mesmo com o passar do tempo, ainda preserva o bucolismo, a cultura e a identidade dos moradores da regi\u00e3o.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Soure \u00e9 um munic\u00edpio brasileiro localizado na zona fisiogr\u00e1fica da Ilha de Maraj\u00f3, no estado do Par\u00e1, na Regi\u00e3o Norte do Brasil. Foi fundada em 20 de janeiro de 1847 por Francisco Xavier de Mendon\u00e7a Furtado e est\u00e1 localizada a 80 km da capital paraense Bel\u00e9m.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
O atual munic\u00edpio de Soure, primitivamente era uma aldeia dos \u00edndios Muruanazes, onde na \u00e9poca\u00a0colonial do Brasil\u00a0residiram alguns mission\u00e1rios.\u00a0No s\u00e9culo XVIII, se constitu\u00eda na\u00a0freguesia\u00a0de Menino Deus. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Em 1757, ao estado do Par\u00e1 o ent\u00e3o governador,\u00a0Francisco Xavier de Mendon\u00e7a Furtado, objetivando criar munic\u00edpios no interior da Amaz\u00f4nia, assim elevando localidade \u00e0 categoria de Vila com a denomina\u00e7\u00e3o de Soure, dando-lhe assim, autonomia municipal.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Em 1833 a vila foi extinta, sendo re-criada em 1847. Entretanto, o seu territ\u00f3rio permaneceu anexado ao do munic\u00edpio de Monsaraz at\u00e9 1859, quando houve a instala\u00e7\u00e3o do munic\u00edpio de Soure. Ap\u00f3s a proclama\u00e7\u00e3o da Rep\u00fablica (1890), foi criado o Conselho de Intend\u00eancia Municipal, obtendo assim foros de cidade.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
No Maraj\u00f3, o b\u00fafalo est\u00e1 presente na culin\u00e1ria, no policiamento, na produ\u00e7\u00e3o do couro, nas apresenta\u00e7\u00f5es culturais e no ambiente familiar dos moradores.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
De acordo com o agr\u00f4nomo e produtor de queijo Carlos Augusto Gouv\u00eaa, uma das explica\u00e7\u00f5es para a primeira introdu\u00e7\u00e3o de b\u00fafalos no Brasil, nos anos 1890, est\u00e1 baseada na literatura e nas informa\u00e7\u00f5es de vaqueiros, fazendeiros, nativos e pesquisadores.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Naquele per\u00edodo, um fazendeiro de Soure, chamado Vicente Chermont de Miranda, em viagem pela It\u00e1lia viu o potencial do b\u00fafalo. Ao retornar para a Ilha do Maraj\u00f3, comprou e trouxe consigo alguns desses animais.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
\u201cTem informa\u00e7\u00f5es que foram tr\u00eas f\u00eameas e um macho e tem outras informa\u00e7\u00f5es que foi um grupo maior. Eu acredito que foram poucos b\u00fafalos, porque era um animal desconhecido e ele n\u00e3o ia investir grandes valores para trazer um rebanho maior\u201d, afirmou ao G1<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Segundo a Pesquisa da Pecu\u00e1ria Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE), o Par\u00e1 tinha cerca de 620 mil cabe\u00e7as (cerca de 40% do total nacional) em 2021,\u00a0das quais mais de 430 mil estavam apenas na ilha do Maraj\u00f3.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Gouv\u00eaa destacou como o rebanho no Maraj\u00f3 chegou ao patamar de mais 600 mil cabe\u00e7as apenas com a importa\u00e7\u00e3o feita por Vicente Chermont de Miranda. Para ele, a entrada dos animais ocorreu pela costa da ilha. Os b\u00fafalos, por serem fortes e ex\u00edmios nadadores, sobreviveram \u00e0s viagens entre continentes.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Damasceno Greg\u00f3rio dos Santos, o mestre Damasceno, \u00e9 um artista popular marajoara, que carrega a cultura do b\u00fafalo. Nascido na comunidade quilombola Salvar, em Salvaterra, no Maraj\u00f3, o artista traz na bagagem mais de 400 composi\u00e7\u00f5es sobre a cultura popular marajoara. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
No carnaval de 2023, a Para\u00edso do Tuiuti trouxe a figura do B\u00fafalo na Ilha de Maraj\u00f3 como enredo, desenvolvido pelos carnavalescos Rosa Magalh\u00e3es e Jo\u00e3o Vitor Ara\u00fajo. A escola da zona norte do Rio de Janeiro ficou com a oitava coloca\u00e7\u00e3o. <\/figcaption><\/figure>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O munic\u00edpio de Soure, considerado a capital do arquip\u00e9lago do Maraj\u00f3, tem um estilo diferente de patrulhamento. A corpora\u00e7\u00e3o se utiliza do b\u00fafalo, que simboliza o local de maior rebanho do Brasil, que contribui para coibir a criminalidade e virou atra\u00e7\u00e3o tur\u00edstica. A unidade, vinculada ao Comando de Policiamento XI… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-199272","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/199272","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=199272"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/199272\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=199272"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=199272"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=199272"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}