Arianny Cantarelli mora em Floresta, no Sert\u00e3o do estado, mas estava hospedada na casa da cunhada, no Recife, esperando momento do parto. Beb\u00ea nasce em carro emprestado por vizinho a caminho de hospital
\nA hora do parto \u00e9 um momento aguardado com muita ansiedade durante a gravidez. Enxoval, equipe profissional, ambiente e at\u00e9 playlist com m\u00fasicas especiais s\u00e3o organizados cuidadosamente para receber uma nova pessoa no mundo. Mas nem sempre tudo segue o planejado quando se trata da natureza humana.
\nFoi assim com a cirurgi\u00e3-dentista Arianny Cantarelli. Moradora de Floresta, no Sert\u00e3o de Pernambuco, ela se preparou para dar \u00e0 luz o pequeno Guilherme em um hospital particular do Recife. O beb\u00ea nasceu dentro de um carro, no tr\u00e2nsito da Rua Quarenta e Oito, na Zona Norte, em um dia chuvoso e cheio de imprevistos (veja v\u00eddeo acima).
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\nTudo aconteceu no in\u00edcio do dia 27 de mar\u00e7o, uma quinta-feira. Arianny estava hospedada na casa da cunhada Tha\u00eds Vilarim por conta da proximidade do hospital.
\nEm entrevista ao g1, ela contou que come\u00e7ou a sentir contra\u00e7\u00f5es por volta das 4h30 e informou \u00e0 equipe m\u00e9dica, que come\u00e7ou a se preparar para receb\u00ea-la.
\n\u201cPor volta das 6h30, come\u00e7ou a apertar. A gente come\u00e7ou a se organizar para ir para o hospital, s\u00f3 que houve um imprevisto. A gente ficou sem a chave do carro e o Recife estava numa chuva absurda, um tr\u00e2nsito absurdo. Nenhum Uber aceitava e as minhas contra\u00e7\u00f5es s\u00f3 aumentavam\u201d, relembrou Arianny.
\nSem saber o que fazer, a cunhada teve a ideia de pedir ajuda no grupo de WhatsApp do pr\u00e9dio onde mora, no bairro da Tamarineira.
\nUm dos vizinhos se disp\u00f4s a emprestar o carro e as duas seguiu com destino ao hospital. Antes mesmo de sa\u00edrem da Zona Norte da cidade, Tha\u00eds precisou parar o carro e ajudar a cunhada, que j\u00e1 estava parindo.
\n\u201cEu n\u00e3o queria sair de casa mais, porque sabia que n\u00e3o ia dar tempo. Meu primeiro parto foi normal. Ent\u00e3o, eu j\u00e1 sabia mais ou menos como eram as sensa\u00e7\u00f5es. […] Ela parou o carro e eu pedi para ela me ajudar. Avisei que j\u00e1 tinha sa\u00eddo a cabe\u00e7a dele e, quando saiu o corpo, ela segurou e me entregou\u201d, contou Arianny.
\nLogo ap\u00f3s entregar o pequeno Guilherme no colo da m\u00e3e, que chorava emocionada ao ver o rosto do filho pela primeira vez, Tha\u00eds ligou para o hospital e realizou uma videochamada com a equipe m\u00e9dica.
\nOs profissionais tranquilizaram a fam\u00edlia e deram o primeiro suporte para que m\u00e3e e filho chegassem \u00e0 unidade de sa\u00fade em seguran\u00e7a.
\n“Quando come\u00e7amos a seguir, encontramos uma viatura [da Pol\u00edcia Militar]. A viatura nos guiou at\u00e9 l\u00e1. Chegando no hospital, estava toda equipe na frente esperando a gente. Na verdade, eles j\u00e1 estavam no hospital h\u00e1 muito tempo, a gente que n\u00e3o estava conseguindo chegar”, disse.
\nO marido de Arianny saiu \u00e0s pressas do munic\u00edpio de Floresta desde que ela sentiu as primeiras contra\u00e7\u00f5es, mas, por conta da longa dist\u00e2ncia, s\u00f3 soube que o filho tinha nascido dentro do carro quando chegou ao Recife.
\nArianny deu \u00e0 luz ao pequeno Guilherme no carro de um vizinho
\nAcervo pessoal
\nV\u00cdDEOS: mais vistos de Pernambuco nos \u00faltimos 7 dias<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"