No Brasil, ao contr\u00e1rio da estabilidade da quinta (3), nesta sexta (4), a Bolsa teve queda de 2,96% e o d\u00f3lar, que tinha ca\u00eddo, subiu 3,68%, fechando cotado a R$ 5,83. A rea\u00e7\u00e3o da China fez as bolsas de todo o mundo despencarem. No Brasil, o d\u00f3lar disparou.
\nO drag\u00e3o chin\u00eas incendiou os mercados do mundo. No Jap\u00e3o, a Bolsa fechou em queda de 2,75%. A da Coreia do Sul caiu 0,86%. Assim que a China anunciou a retalia\u00e7\u00e3o, as bolsas europeias derreteram. Londres e Frankfurt ca\u00edram quase 5%, e Paris recuou 4,26%. O mesmo aconteceu no mercado americano. O \u00edndice Dow Jones despencou 5,5%; e o S&P 500, quase 6%. A Nasdaq, das empresas de tecnologia, teve queda de 5,82%.
\n“A reorganiza\u00e7\u00e3o da economia mundial vai demorar, porque esse \u00e9 um senhor tranco. At\u00e9 os agentes econ\u00f4micos, as empresas, os pa\u00edses come\u00e7arem a entender o que vai acontecer e olharem para o resultado final de tudo isso, vai demorar um tempo. Ent\u00e3o, o que a gente vai ver \u00e9 uma \u00e9poca no m\u00ednimo de muita instabilidade de bolsas, moedas, tal. Mesmo do lado financeiro, porque tem uma instabilidade muito grande\u201d, afirma Nelson Marconi, professor de economia da FGV.
\nA rea\u00e7\u00e3o da China \u00e0s tarifas de Donald Trump fez as bolsas de todo o mundo despencarem
\nJornal Nacional\/ Reprodu\u00e7\u00e3o
\nEconomistas, como o professor Nelson Marconi, lembram que o que est\u00e1 acontecendo agora \u00e9 uma senhora escalada de um duelo de tarifas que vem do passado. No come\u00e7o do primeiro governo Trump, em 2018, os Estados Unidos taxavam as exporta\u00e7\u00f5es chinesas em 3%. A China cobrava 8% dos americanos. Trump foi aumentando as tarifas e encerrou o mandato, em 2021, cobrando 19% dos chineses. A China reagiu, chegando a cobrar 21% das exporta\u00e7\u00f5es americanas. O governo Biden praticamente manteve as tarifas.
\nO que n\u00e3o pareceu t\u00e3o ruim para o Brasil na quinta-feira (3), nesta sexta-feira (4) mudou de figura. Ao contr\u00e1rio da estabilidade da quinta-feira (3), a Bolsa teve queda de 2,96%. O d\u00f3lar, que tinha ca\u00eddo, subiu 3,68%; fechou cotado a R$ 5,83.
\nEmpresas brasileiras e economistas veem novas oportunidades para a produ\u00e7\u00e3o nacional diante das tarifas de Trump
\nO economista Roberto Padovani diz que os mercados emergentes, como o nosso, n\u00e3o tinham como escapar dessa briga de tarifas:
\n“Os investidores procuram sair dos ativos considerados arriscados e buscar prote\u00e7\u00e3o em d\u00f3lar, em ouro. E, portanto, sair dos mercados acion\u00e1rios. A m\u00e9dio prazo, o Brasil pode ganhar. As nossas exporta\u00e7\u00f5es foram relativamente preservadas, existem oportunidades que podem se abrir no mercado norte-americano nesse ambiente de retalia\u00e7\u00f5es. O problema \u00e9 que no curto prazo, o Brasil, como outros pa\u00edses, sofre os impactos financeiros desse ambiente global mais incerto\u201d, diz o economista-chefe do Banco BV.
\nNesta sexta-feira (4), a Bolsa de Valores de Xangai n\u00e3o operou. Enquanto a sofr\u00eancia tomou conta do mundo, os chineses ganharam um tempinho para pensar e passear. Nesta sexta foi feriado na China.
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