{"id":200930,"date":"2025-04-06T05:56:39","date_gmt":"2025-04-06T08:56:39","guid":{"rendered":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/200930"},"modified":"2025-04-06T05:56:39","modified_gmt":"2025-04-06T08:56:39","slug":"estudante-denuncia-racismo-apos-ser-acusada-de-furtar-loja-de-doces-constrangida-video","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/200930","title":{"rendered":"Estudante denuncia racismo ap\u00f3s ser acusada de furtar loja de doces: ‘Constrangida’; V\u00cdDEO"},"content":{"rendered":"

V\u00edtima foi acusada por uma outra cliente ap\u00f3s fechar o z\u00edper da bolsa. A Pol\u00edcia Civil investiga o caso, registrado como preconceito de ra\u00e7a ou cor. O estabelecimento afirma que a equipe n\u00e3o cometeu atos racistas. Estudante \u00e9 acusada de furto em loja de doces e denuncia racismo em Praia Grande, SP
\nUma estudante, de 19 anos, alegou ter sido v\u00edtima de racismo ao ser acusada de furtar uma loja de doces em Praia Grande, no litoral de S\u00e3o Paulo. A Secretaria de Seguran\u00e7a P\u00fablica de S\u00e3o Paulo (SSP-SP) informou ao g1 que a Pol\u00edcia Civil investiga o caso, registrado como preconceito de ra\u00e7a ou cor.
\nEm nota, a MerKadoces confirmou que o seguran\u00e7a e o subgerente abordaram a estudante ap\u00f3s serem comunicados por uma outra cliente sobre uma suspeita de furto. Apesar disso, a loja garantiu que a equipe do estabelecimento n\u00e3o cometeu atos racistas (leia o posicionamento completo adiante).
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\nGabrielly Santana Pereira contou ao g1 que passou na unidade do com\u00e9rcio no bairro Cidade Ocian com o namorado para comprar algo para comer no caminho da faculdade. Ao entrar na loja, ela disse ter parado para fechar o z\u00edper da pr\u00f3pria bolsa.
\n“Uma cliente da loja viu essa situa\u00e7\u00e3o de eu fechar a minha bolsa e n\u00e3o sei o que passou na cabe\u00e7a dela, que ela foi falar para o subgerente que ela me viu pegar algo do estabelecimento e colocar na minha bolsa”, afirmou a estudante, que acrescentou n\u00e3o ter tido nenhum contato com a mulher.
\nAbordagem
\nA jovem disse ter sido abordada pelo subgerente e pelo seguran\u00e7a da loja na sa\u00edda do local. De acordo com o boletim de ocorr\u00eancia, o vigilante exigiu que Gabrielly abrisse a bolsa ap\u00f3s ela mostrar a nota fiscal dos produtos comprados e afirmar diversas vezes que n\u00e3o havia furtado nada.
\n“Em nenhum momento eles foram agressivos, mas o fato \u00e9 a justificativa da abordagem. A certeza dessa cliente de ter me visto fazer algo que eu n\u00e3o fiz. Com c\u00e2meras por todo o estabelecimento, n\u00e3o poderiam ter confirmado se isso [den\u00fancia] realmente estava certo?”, questionou Gabrielly.
\nEstudante \u00e9 acusada de furtar loja de doces e denuncia racismo em Praia Grande (SP)
\nArquivo pessoal e Reprodu\u00e7\u00e3o\/Instagram
\nA estudante contou que estava com pressa para pegar o \u00f4nibus e ir para faculdade, ent\u00e3o permitiu que o seguran\u00e7a olhasse o que tinha dentro da bolsa. “Eu me senti muito constrangida […] Foi em p\u00fablico com qualquer pessoa podendo ver aquela situa\u00e7\u00e3o”, desabafou.
\nDia seguinte
\nGabrielly disse que n\u00e3o recebeu um pedido de desculpas e voltou ao com\u00e9rcio no dia seguinte para explicar que ficou desconfort\u00e1vel com a acusa\u00e7\u00e3o. De acordo com o BO, o gerente e o subgerente afirmaram que a conduta da loja foi errada, que o furto n\u00e3o ocorreu e a abordagem n\u00e3o deveria ter sido realizada.
\nNas redes sociais, a jovem fez um alerta para a situa\u00e7\u00e3o n\u00e3o acontecer mais. “O que fez essa senhora pensar nisso? Eu fico imaginando se fosse uma menina branca que estivesse fechando a bolsa […]. Por que eu fechando a bolsa sou sin\u00f4nimo de ter pego algo, sabe? Isso \u00e9 muito louco”.
\n“[Ter que] ficar provando porque as pessoas duvidam do nosso car\u00e1ter, da nossa \u00edndole, do que a gente pode estar fazendo. At\u00e9 quando n\u00f3s vamos ser motivo de persegui\u00e7\u00e3o, de d\u00favida, de roubo? Por que todo preto tem que ser visto dessa forma de que \u00e9 ladr\u00e3o, de que fez algo de errado? A gente precisa mudar a cabe\u00e7a da nossa sociedade, a gente precisa revidar”, acrescentou Gabrielly.
\nO que diz o estabelecimento?
\nDe acordo com a loja, o subgerente n\u00e3o tinha acesso \u00e0s c\u00e2meras de monitoramento no momento do ocorrido. “Em nenhum momento a cliente foi maltratada pela equipe de seguran\u00e7a, que estava apenas desempenhando seu papel, conforme os procedimentos internos da loja e devido a den\u00fancia de uma cliente no interior da loja sobre a suspeita de um poss\u00edvel furto”, explicou o com\u00e9rcio.
\nO estabelecimento disse que a cliente voltou no dia seguinte acompanhada da tia. Ainda segundo a loja, a jovem afirmou que n\u00e3o se sentiu maltratada e confirmou que a abordagem foi realizada de maneira adequada.
\n“Reafirmamos que, em momento algum, houve qualquer ato racista durante a abordagem. A acusa\u00e7\u00e3o feita pela tia da cliente, dizendo que houve racismo, \u00e9 completamente infundada. Gostar\u00edamos de destacar que, em nossa loja, j\u00e1 realizamos abordagens a pessoas de diferentes etnias, incluindo pessoas brancas, e sempre de forma respeitosa e profissional”, destacou.
\nA equipe da loja reafirmou que repudia qualquer tipo de comportamento racista e n\u00e3o tolera condutas desse tipo dentro do estabelecimento. O com\u00e9rcio ressaltou ainda que o seguran\u00e7a estava apenas cumprindo a pr\u00f3pria fun\u00e7\u00e3o de maneira profissional, como qualquer outro faria. “Entendemos que acusa\u00e7\u00f5es como essa s\u00e3o extremamente s\u00e9rias e n\u00e3o devem ser feitas sem provas concretas”.
\n1\u00ba DP de Praia Grande
\ng1 Santos
\nCaso \u00e9 investigado
\nA abordagem aconteceu no \u00faltimo dia 24, e Gabrielly procurou a delegacia dois dias depois. De acordo com a SSP-SP, o caso foi registrado como preconceito de ra\u00e7a ou cor no 1\u00ba Distrito Policial (DP) de Praia Grande, ap\u00f3s a v\u00edtima ser acusada injustamente de furto.
\n“A autoridade policial atua para esclarecer os fatos”, destacou a secretaria.
\nV\u00cdDEOS: g1 em 1 minuto Santos<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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