{"id":202136,"date":"2025-04-07T19:27:16","date_gmt":"2025-04-07T22:27:16","guid":{"rendered":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/202136"},"modified":"2025-04-07T19:27:16","modified_gmt":"2025-04-07T22:27:16","slug":"pescadores-ilegais-sao-identificados-apos-morte-de-tartarugas-em-praia-de-sc-2","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/202136","title":{"rendered":"Pescadores ilegais s\u00e3o identificados ap\u00f3s morte de tartarugas em praia de SC"},"content":{"rendered":"
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Pescadores ilegais foram identificados pela Pol\u00edcia Militar Ambiental em Barra Velha, no Litoral Norte catarinense. Eles foram autuados por pescar com embarca\u00e7\u00e3o sem possuir licen\u00e7a e ser\u00e3o investigados para apurar liga\u00e7\u00e3o com a morte de sete tartarugas-verdes na praia do Tabuleiro em 29 de mar\u00e7o.<\/p>\n

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As tartarugas-verdes, da esp\u00e9cie Chelonia mydas, foram recolhidas e encaminhadas para a Unidade de Estabiliza\u00e7\u00e3o de Animais Marinhos da Univali em Penha \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/PMP-BS\/ND<\/p>\n<\/div>\n

De acordo com a PMA (Pol\u00edcia Militar Ambiental), uma equipe de intelig\u00eancia da corpora\u00e7\u00e3o, com policiais \u00e0 paisana, foi at\u00e9 Barra Velha, conversou com moradores e identificou, inicialmente, um autor da pesca ilegal.<\/p>\n

\u201cAinda fizeram v\u00e1rios registros do cidad\u00e3o saindo, colocando a mesma rede ilegal no lugar e voltando para busc\u00e1-la\u201d, relata o comandante da PMA de Joinville, major Ruy Teixeira.<\/p>\n

A guarni\u00e7\u00e3o de policiamento ambiental identificou a pesca ilegal pr\u00f3ximo ao parcel do Cost\u00e3o das Pedras Brancas. Em seguida, a equipe acompanhou a embarca\u00e7\u00e3o at\u00e9 o local de desembarque do pescado.<\/p>\n

No local, foi realizada a autua\u00e7\u00e3o de uma peixaria por comercializar pescado sem origem e a identifica\u00e7\u00e3o de todos os autores da pesca irregular.<\/p>\n

Diante do flagrante, os suspeitos foram autuados por pescar com redes de emalhe pr\u00f3ximas \u00e0 costa e por pescar com embarca\u00e7\u00e3o sem possuir licen\u00e7a.<\/p>\n

Agora, uma investiga\u00e7\u00e3o dever\u00e1 apurar se eles s\u00e3o respons\u00e1veis pelas redes de pesca que causaram a morte das sete tartarugas-verdes na praia do Tabuleiro.<\/p>\n

Conscientiza\u00e7\u00e3o de pescadores<\/h2>\n

A conscientiza\u00e7\u00e3o de pescadores, mudan\u00e7a dos locais e hor\u00e1rios de pesca, s\u00e3o algumas das alternativas para reduzir a captura acidental, de acordo com o coordenador da Unidade Estabiliza\u00e7\u00e3o de Animais Marinhos da Univali, Jeferson Dick<\/p>\n

\u201cQuando a rede \u00e9 colocada em \u00e1guas rasas, pr\u00f3xima a cost\u00e3o, \u00e9 muito certo que vai haver a captura acidental de outras esp\u00e9cies, que n\u00e3o era a esp\u00e9cie alvo da pessoa que estava pescando\u201d, afirma Dick.<\/p>\n

Segundo o comandante Teixeira, quando a popula\u00e7\u00e3o presenciar situa\u00e7\u00f5es de pesca ilegal ou encontrar animais marinhos mortos deve acionar a Pol\u00edcia Militar Ambiental pelo 190 ou pelo aplicativo PMSC Cidad\u00e3o.<\/p>\n

A gera\u00e7\u00e3o da ocorr\u00eancia ajudar\u00e1 na responsabiliza\u00e7\u00e3o dos autores de crimes ambientais na regi\u00e3o.<\/p>\n

Relembre morte das tartarugas<\/h2>\n

As sete tartarugas-verdes foram encontradas mortas e\u00a0presas a redes de pesca. Os animais foram retirados da \u00e1gua por surfistas da regi\u00e3o, mas j\u00e1 estavam sem vida.<\/p>\n

Ap\u00f3s deixarem os animais na faixa de areia, os surfistas rapidamente acionaram a Univali, por meio do PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos).<\/p>\n

Quando uma equipe de pesquisadores chegou ao local, as tartarugas-verdes, da esp\u00e9cie Chelonia mydas, j\u00e1 estavam sem vida e em estado de decomposi\u00e7\u00e3o. As carca\u00e7as foram recolhidas e encaminhadas para a Unidade de Estabiliza\u00e7\u00e3o de Animais Marinhos da Univali, em Penha.<\/p>\n

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As tartarugas-verdes, da esp\u00e9cie Chelonia mydas, foram recolhidas e encaminhadas para a Unidade de Estabiliza\u00e7\u00e3o de Animais Marinhos da Univali em Penha – Reprodu\u00e7\u00e3o\/PMP-BS\/ND<\/span><\/p>\n

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\"Tartarugas<\/p>\n

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Tartarugas foram avistadas e recolhidas por surfistas, que tamb\u00e9m as desprenderam das redes de pesca – Reprodu\u00e7\u00e3o\/ND<\/span><\/p>\n

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A tartaruga-verde \u00e9 uma esp\u00e9cie importante para todo o ecossistema, e que sua retirada da natureza gera um grande impacto ambiental – Reprodu\u00e7\u00e3o\/ND<\/span><\/p>\n

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\"Equipe<\/p>\n

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Equipe realizou uma avalia\u00e7\u00e3o das condi\u00e7\u00f5es de sa\u00fade e exame de necropsia – Reprodu\u00e7\u00e3o\/PMP-BS\/ND<\/span><\/p>\n

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Foram observadas marcas compat\u00edveis com apetrecho de pesca em todos os animais – Reprodu\u00e7\u00e3o\/PMP-BS\/ND<\/span><\/p>\n

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A presen\u00e7a das marcas sugere que o emalhe acidental em rede de pesca pode ter sido a causa da morte – Reprodu\u00e7\u00e3o\/PMP-BS\/ND<\/span><\/p>\n

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Morte por emalhe em rede de pesca<\/h2>\n

Na unidade, a equipe realizou uma avalia\u00e7\u00e3o das condi\u00e7\u00f5es de sa\u00fade e exame de necropsia. De acordo com o PMP-BS\/Univali, foi constatado de que se tratavam de animais juvenis, todos apresentando boas condi\u00e7\u00f5es corp\u00f3reas.<\/p>\n

No entanto, foram observadas marcas compat\u00edveis com apetrecho de pesca em todos os animais. Devido ao avan\u00e7ado estado de decomposi\u00e7\u00e3o de algumas carca\u00e7as, nem todos os exames puderam ser realizados com precis\u00e3o.<\/p>\n

A presen\u00e7a das marcas, por\u00e9m, sugere que o emalhe acidental em rede de pesca pode ter sido a causa da morte. Segundo o PMP-BS, ao ficarem emaranhados em redes de pesca, os animais n\u00e3o conseguem subir \u00e0 superf\u00edcie para respirar, acabam ficando submersos por muito tempo e morrendo por afogamento ou asfixia.<\/p>\n

Ainda foram coletados dados biom\u00e9tricos, al\u00e9m de amostras dos \u00f3rg\u00e3os para a realiza\u00e7\u00e3o do exame histopatol\u00f3gico.<\/p>\n

Tartarugas-verdes amea\u00e7adas<\/h2>\n

Segundo o coordenador da Unidade Estabiliza\u00e7\u00e3o de Animais Marinhos da Univali, Jeferson Dick, as tartarugas-verdes est\u00e3o amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o. A sobreposi\u00e7\u00e3o entre o habitat dos animais e a \u00e1rea de pescaria \u00e9 uma das causas que levou ao estado de alerta.<\/p>\n

O caso de Barra Velha, apesar de excepcional pela quantidade de tartarugas mortas, \u00e9 comum ao longo do litoral catarinense, de acordo com o coordenador.<\/p>\n

\u201c\u00c9 um lugar onde as tartarugas-verdes, juvenis, habitam, se alimentam e se abrigam. Em \u00e1guas calmas e rasas. Elas procuram alimentos, normalmente, nas pedras. \u00c0s vezes no meio de cultivo de mariscos, nesses ambientes que tem bastante produ\u00e7\u00e3o de alga. E s\u00e3o \u00e1reas que, muitas vezes, os pescadores buscam\u201d, relata Dick.<\/p>\n

Ao lan\u00e7ar redes de pesca em locais irregulares, entretanto, o risco de atingir animais marinhos \u00e9 grande. \u201c\u00c0s vezes nem \u00e9 atua\u00e7\u00e3o de um pescador profissional. \u00c0s vezes \u00e9 um pescador amador, algu\u00e9m desinformado, que colocou uma rede num lugar ilegal e que culminou na captura dessa grande quantidade de tartarugas-verdes\u201d, pondera.<\/p>\n

Segundo o coordenador, a pr\u00e1tica afeta tamb\u00e9m outras esp\u00e9cies, como as baleias, os golfinhos e as aves marinhas. Dick ainda relata que os animais encontrados mortos nem chegaram \u00e0 fase reprodutiva \u2013 que ocorre por volta dos 15 anos de idade.<\/p>\n

\u201cEnt\u00e3o esses animais n\u00e3o tiveram nem a oportunidade de se reproduzir, gerar novas proles para manuten\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie\u201d, diz.<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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