{"id":206590,"date":"2025-04-13T04:12:13","date_gmt":"2025-04-13T07:12:13","guid":{"rendered":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/206590"},"modified":"2025-04-13T04:12:13","modified_gmt":"2025-04-13T07:12:13","slug":"tarifas-de-trump-trazem-desafios-imediatos-para-o-brasil-mas-podem-gerar-oportunidades-apontam-economistas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/206590","title":{"rendered":"Tarifas de Trump trazem desafios imediatos para o Brasil, mas podem gerar oportunidades, apontam economistas"},"content":{"rendered":"

Especialistas ouvidos pelo g1 analisaram cen\u00e1rio econ\u00f4mico interno diante das medidas anunciadas pelo presidente americano Donald Trump. Pontos negativos e positivos do Tarifa\u00e7o de Trump para o Brasil, segundo especialistas
\nArte\/g1
\nO pacote de tarifas rec\u00edprocas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode trazer desafios imediatos para o Brasil, mas tamb\u00e9m podem trazer mais competitividade para produtos brasileiros no mercado internacional.
\nA avalia\u00e7\u00e3o \u00e9 de economistas ouvidos pelo g1 e, nesta reportagem, voc\u00ea vai entender quais s\u00e3o os pontos positivos e negativos dessas medidas para o Brasil.
\n\u27a1\ufe0fIsso significa que: se por um lado, esses efeitos v\u00e3o atingir negativamente o Brasil no curto prazo, por outro, podem acarretar benef\u00edcios nos m\u00e9dio e longo prazos.
\n\ud83c\udf0dDonald Trump anunciou, na semana passada, a imposi\u00e7\u00e3o de tarifas a pa\u00edses do mundo que, no entendimento da Casa Branca, “roubam” os EUA na rela\u00e7\u00e3o comercial. Os produtos brasileiros foram taxados com o menor \u00edndice, de 10%.
\nDesde o an\u00fancio, pa\u00edses como a China e blocos como a Uni\u00e3o Europeia passaram a articular uma rea\u00e7\u00e3o ao “tarifa\u00e7o” (leia mais abaixo). Al\u00e9m disso, M\u00e9xico e Canad\u00e1 j\u00e1 vinham anunciando medidas ao longo das \u00faltimas semanas.
\nTrump durante reuni\u00e3o de gabinete nesta quinta (10)
\nBrendan SMIALOWSKI \/ AFP
\nNessa quinta-feira (10), Trump recuou e afirmou que ir\u00e1 pausar por 90 dias o programa de tarifas rec\u00edprocas, e reduzir\u00e1 para 10% as tarifas de importa\u00e7\u00e3o contra pa\u00edses, exceto a China.
\nNo caso dos produtos chineses, as taxas impostas pelos Estados Unidos aumentar\u00e3o para 145%, o que causou retalia\u00e7\u00f5es de Pequim. Nesta sexta (11), a China anunciou mais uma medida reciproca, e as tarifas impostas pelo pa\u00eds aos EUA chegaram a 125%.
\nO Brasil, por outro lado, tem adotado a pol\u00edtica do “di\u00e1logo”, via rela\u00e7\u00f5es diplom\u00e1ticas. No entanto, o presidente Luiz In\u00e1cio Lula da Silva (PT) garantiu que o governo ir\u00e1 responder a qualquer iniciativa de impor protecionismo, ‘que n\u00e3o cabe mais ao mundo’.
\nEm Honduras, Lula critica tarifa\u00e7o americano e promete retalia\u00e7\u00e3o
\nPesos na balan\u00e7a comercial
\nDe acordo com economistas ouvidos pelo g1, as medidas impostas pelo presidente Trump podem dificultar as exporta\u00e7\u00f5es brasileiras para os Estados Unidos e exigir que o mercado brasileiro oferte produtos com maior qualidade, por conta da competitividade.
\nAl\u00e9m desse, os principais desafios para a economia brasileira ap\u00f3s o “tarifa\u00e7o” de Trump s\u00e3o:
\na diminui\u00e7\u00e3o de exporta\u00e7\u00f5es brasileiras;
\no decl\u00ednio da economia mundial; e
\nas inunda\u00e7\u00f5es de produtos chineses
\nA quest\u00e3o que j\u00e1 se coloca nos mercados, uma vez que o “tarifa\u00e7o” est\u00e1 mudando a l\u00f3gica comercial do mundo inteiro, \u00e9 se haver\u00e1 algum efeito colateral que pode ser ben\u00e9fico para a economia brasileira.
\nEspecialistas apontam que o cen\u00e1rio pode ser favor\u00e1vel para o Brasil se as tarifas do republicano contribu\u00edrem para beneficiar e ampliar a relev\u00e2ncia econ\u00f4mica do pa\u00eds no contexto mundial.
\nVeja, abaixo, tr\u00eas pontos negativos e tr\u00eas pontos positivos listados pelos economistas ouvidos pelo g1:
\nPontos negativos
\n\ud83d\udd0eOs EUA s\u00e3o o segundo maior parceiro comercial do Brasil.
\nNo ano passado, o mercado de exporta\u00e7\u00f5es brasileiro registrou um aumento de 9,2%, um marco hist\u00f3rico nas rela\u00e7\u00f5es comerciais com os Estados Unidos. As exporta\u00e7\u00f5es brasileiras para o mercado norte-americano atingiram US$ 40,3 bilh\u00f5es em 2024, 3,4 bilh\u00f5es a mais que em 2023.
\n\u201cEssa tarifa paga pelos produtos vai afetar diretamente a competitividade dos produtos brasileiros. Quando a tarifa \u00e9 alta, o pre\u00e7o consequentemente tamb\u00e9m \u00e9 alto, o que afeta o consumo do produto no mercado do EUA”, explica a doutora em direito das rela\u00e7\u00f5es econ\u00f4micas internacionais Priscila Caneparo.
\nA especialista pondera que os impactos ter\u00e3o efeitos a curto e longo prazo. “Primeiro, a gente tem uma diminui\u00e7\u00e3o da demanda, o produto fica mais caro, logo o importador vai exigir mais qualidade no produto final\u201d, prossegue a especialista.
\nImpacto sobre a\u00e7o e alum\u00ednio
\nOs principais produtos da ind\u00fastria brasileira afetados pelas tarifas do republicano s\u00e3o o a\u00e7o e o alum\u00ednio. O pa\u00eds enfrenta uma barreira de 25%, com a taxa\u00e7\u00e3o desses dois produtos, desde a segunda semana de mar\u00e7o. A medida afeta todos os parceiros comerciais do Brasil.
\n\u201cConsiderando o plano de fundo global, o Brasil ter\u00e1 um impacto bem menor em compara\u00e7\u00e3o com outros parceiros importantes dos EUA como Uni\u00e3o Europeia e Jap\u00e3o. Com certeza, a taxa\u00e7\u00e3o do a\u00e7o e do alum\u00ednio preocupam mais [que a taxa de 10%], por conta do volume exportado para os EUA”, afirma a pesquisadora do Instituto Nacional de Ci\u00eancia e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos, Carolina Silva Pedroso.
\nAs exporta\u00e7\u00f5es brasileiras de a\u00e7o e alum\u00ednio para os Estados Unidos t\u00eam desempenhado um papel significativo no com\u00e9rcio exterior do Brasil.
\nNo primeiro trimestre de 2025, os EUA foram respons\u00e1veis por quase metade dessas exporta\u00e7\u00f5es, totalizando US$ 1,52 bilh\u00e3o, o que representa 47% do total exportado pelo Brasil nesse per\u00edodo.
\nEconomistas apontam que a busca constante por diversifica\u00e7\u00e3o de parcerias, consolidada desde a d\u00e9cada de 2000, tem sido importante para minimizar os poss\u00edveis efeitos adversos na economia brasileira.
\nDesacelera\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica
\nA medida anunciada por Trump gerou instabilidade nos mercados globais, levando a uma queda nas bolsas de valores e aumentando os temores de desacelera\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica.
\nO fen\u00f4meno da recess\u00e3o econ\u00f4mica pode se derivar de fatores como guerras comerciais, choques econ\u00f4micos e instabilidade pol\u00edtica. O per\u00edodo \u00e9 caracterizado pela redu\u00e7\u00e3o o Produto Interno Bruto (PIB) por dois trimestres consecutivos.
\n\u201cOs Estados Unidos \u00e9 a maior economia desde a guerra fria, eles possuem os organismos multilaterais e a pr\u00f3pria seguran\u00e7a. Esperamos uma desacelera\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica dos pa\u00edses e, em alguns contextos, um aumento de infla\u00e7\u00e3o. \u00c9 um efeito escadinha, que repercute no aumento das taxas de juros e os novos investimentos\u201d, afirmou o economista da IBMEC Willian Baghdassarian.
\nNa sexta-feira, os principais \u00edndices acion\u00e1rios da \u00c1sia e da Europa encerraram em forte queda, em repercuss\u00e3o ao “tarifa\u00e7o”. As bolsas dos EUA derretem 10% na semana e perderam US$ 6 trilh\u00f5es em valor de mercado em apenas dois dias.
\nNo Brasil, o d\u00f3lar subiu mais de 3% na \u00faltima sexta-feira e encerrou cotado a R$ 5,83, no maior valor em quase um m\u00eas. O Ibovespa, principal \u00edndice acion\u00e1rio da bolsa de valores brasileira, fechou com queda de 2,96%, aos 127.256 pontos.
\n\u201cA recess\u00e3o poder\u00e1 reduzir a entrada de capital estrangeiro no Brasil, tanto especulativo como o investimento direto no pa\u00eds, dificultando o financiamento da d\u00edvida p\u00fablica, bem como os investimentos no setor produtivo. E para manter a atratividade para o capital estrangeiro, em especial o especulativo, o BC teria que elevar mais ainda a taxa de juros\u201d, afirmou o economista do Instituto de Ensino e Pesquisa, Otto Nogomi.
\nO principal motivo dessa movimenta\u00e7\u00e3o nos mercados \u00e9 a cautela dos investidores quanto aos efeitos das novas tarifas de Trump na economia global.
\nDe acordo com o GDPNow do Federal Reserve Bamk Atlanta, a previs\u00e3o \u00e9 de uma queda de 2,8% no PIB americano. O PIB dos EUA n\u00e3o encolhe mais de 2,8% desde o segundo trimestre de 2020, quando caiu 32,9% com o lockdown global causado pela pandemia de COVID-19.
\nMais produtos chineses na pra\u00e7a
\nOs Estados Unidos e a China s\u00e3o grandes pot\u00eancias econ\u00f4micas mundiais. A China \u00e9 o maior exportador mundial, o pa\u00eds alcan\u00e7ou US$ 5,9 trilh\u00f5es em exporta\u00e7\u00f5es no \u00faltimo e mant\u00e9m rela\u00e7\u00f5es comerciais com 150 economias ao redor do mundo.
\nAs rea\u00e7\u00f5es dos pa\u00edses nos \u00faltimos dias apontam para um cen\u00e1rio de uma guerra comercial, depois que o presidente americano, Donald Trump, imp\u00f4s na quarta-feira (9) tarifas de mais de 100% sobre as importa\u00e7\u00f5es de produtos chineses.
\nAinda no mesmo dia, autoridades chinesas anunciaram eleva\u00e7\u00e3o de suas tarifas de importa\u00e7\u00e3o de produtos americanos para 84%.
\nEm decorr\u00eancia do desgaste das rela\u00e7\u00f5es entre os pa\u00edses, as exporta\u00e7\u00f5es entre a China e os americanos tendem a diminuir paulatinamente, o que ocasionaria uma \u2018inunda\u00e7\u00e3o\u2019 de produtos chineses para outros mercados mundiais.
\n\u201cCom toda certeza, a China n\u00e3o vai parar de produzir. Dessa forma, o pa\u00eds ter\u00e1 que escoar a produ\u00e7\u00e3o para outros setores e lugares do mundo. Primeiro, \u00e9 ineg\u00e1vel a capacidade de produ\u00e7\u00e3o da China, \u00e9 uma grande pot\u00eancia industrial e ela n\u00e3o vai diminuir essas produ\u00e7\u00f5es. O fator faz com que o pa\u00eds asi\u00e1tico busque interse\u00e7\u00f5es com outros mercados\u201d, afirma a doutora em direito das rela\u00e7\u00f5es econ\u00f4micas internacionais Priscila Caneparo.
\nA China se consolidou como a maior pot\u00eancia industrial do mundo, sendo respons\u00e1vel por quase 30% da produ\u00e7\u00e3o manufatureira global.
\nOutro fator observado \u00e9 diminui\u00e7\u00e3o da entrada de d\u00f3lares no Brasil, o que causaria a valoriza\u00e7\u00e3o do c\u00e2mbio e os produtos importados poderiam ficar mais caros no bolso do consumidor.
\n\u201cA China de fato vai ter um excedente de produtos e vai ter que vender em algum lugar. Os produtos chineses v\u00e3o cair de pre\u00e7o, por uma quest\u00e3o de oferta e demanda, na medida que eu tenho menos pessoas consumindo o produto, vou ter mais oferta de produtos chineses\u201d considerou Willian Baghdassarian.
\nA competitividade econ\u00f4mica e a tens\u00e3o entre China e Estados Unidos se intensificam desde o primeiro mandato de Trump. Em janeiro de 2018, o presidente Donald Trump imp\u00f4s tarifas sobre importa\u00e7\u00f5es chinesas, alegando pr\u00e1ticas comerciais desleais e roubo de propriedade intelectual.
\nEventuais oportunidades
\nMais competitividade para produtos brasileiros
\nSe por um lado as taxa\u00e7\u00f5es podem dificultar as exporta\u00e7\u00f5es brasileiras, por outro, ela pode abrir novas oportunidades de com\u00e9rcio para o Brasil. Os especialistas avaliam que se a China deixar de importar insumos dos Estados Unidos, pode abrir o mercado de exporta\u00e7\u00f5es nacionais.
\n\u201cSe como retalia\u00e7\u00e3o ao tarifa\u00e7o, al\u00e9m de aderir \u00e0s tarifas proporcionais, as rela\u00e7\u00f5es com a China se desgastassem. O Brasil poderia se beneficiar das importa\u00e7\u00f5es da China, que ir\u00e3o precisar de um novo mercado, principalmente se eles parassem de importar soja, algod\u00e3o e milho\u201d, afirmou o economista do Instituto de Mercado de Capitais (IBMEC) Willian Baghdassarian.
\nO Brasil \u00e9 o maior produtor de soja do mundo. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a expectativa \u00e9 de que o pa\u00eds produza 169 milh\u00f5es de toneladas, at\u00e9 maio de 2025, quando finaliza a safra 2024\/25.
\nJ\u00e1 os Estados Unidos, est\u00e3o em segunda coloca\u00e7\u00e3o e ir\u00e3o produzir, de acordo com o levantamento, 121,11 milh\u00f5es de toneladas do produto.
\n\u201cComo as exporta\u00e7\u00f5es de outros pa\u00edses v\u00e3o pagar taxas bem mais elevadas do que as do Brasil, pode ser que em alguns casos os produtos brasileiros se tornem mais competitivos. Mas tudo isso vai depender do que de fato acontecer nos pr\u00f3ximos meses e de como os pa\u00edses ir\u00e3o reagir\u201d, afirmou o economista.
\nDin\u00e2mica no com\u00e9rcio mundial
\nAs tarifas anunciadas por Trump provocam um redesenho da economia mundial, visto que os pa\u00edses podem procurar novas parcerias para intensificarem as rela\u00e7\u00f5es comerciais.
\n\u201cAs crises movem as pe\u00e7as do jogo. Nesse novo equil\u00edbrio global com pa\u00edses como China, R\u00fassia e India com maior protagonismo, o Brasil pode se beneficiar e aumentar a sua relev\u00e2ncia econ\u00f4mica mundial\u201d, considerou o economista do Instituto de Mercado de Capitais (IBMEC) Willian Baghdassarian.
\nA China, o Jap\u00e3o e a Coreia do Sul t\u00eam se reunido para discutir estrat\u00e9gias em resposta \u00e0s tarifas impostas pelos Estados Unidos. Os tr\u00eas pa\u00edses concordaram em acelerar as negocia\u00e7\u00f5es para um acordo trilateral de livre com\u00e9rcio.
\nOs pa\u00edses s\u00e3o grandes pot\u00eancias econ\u00f4micas da \u00c1sia, mas suas rela\u00e7\u00f5es s\u00e3o complexas e marcadas por rivalidades hist\u00f3ricas, disputas territoriais e interesses estrat\u00e9gicos divergentes.
\nAs a\u00e7\u00f5es individualistas do governo americano provocam e quebram as regras de com\u00e9rcio integrado e cooperativo, estabelecidas ap\u00f3s a segunda guerra mundial, durante a Confer\u00eancia de Bretton Woods. Na \u00e9poca, ocorreu a institucionaliza\u00e7\u00e3o do padr\u00e3o d\u00f3lar, a cria\u00e7\u00e3o do Banco Mundial e do Fundo Monet\u00e1rio Internacional (FMI).
\n\u201cOs pilares do com\u00e9rcio eram a integra\u00e7\u00e3o do mercado, a partir do momento que a gente v\u00ea a maior economia do mundo se fechando para si, observamos que n\u00e3o estamos ais em um mundo de coopera\u00e7\u00e3o e sim em um mundo de coordena\u00e7\u00e3o, onde os Estados s\u00f3 firmam aquilo que lhes interessam, o que provoca o individualismo\u201d, afirmou a doutora em direito das rela\u00e7\u00f5es econ\u00f4micas internacionais Priscila Caneparo.
\nFortalecimento Uni\u00e3o Europeia e Mercosul
\nEnquanto os EUA adotam medidas protecionistas, outros pa\u00edses podem fechar acordos comerciais bilaterais ou regionais para impulsionar seu com\u00e9rcio.
\nUm exemplo \u00e9 a acelera\u00e7\u00e3o do acordo entre Uni\u00e3o Europeia e Mercosul, cujas negocia\u00e7\u00f5es se conclu\u00edram no fim de dezembro de 2024. O acordo agora precisa ser assinado e ratificado pelos pa\u00edses membros do Mercosul e da Uni\u00e3o Europeia.
\n\u201cA partir do EUA tem uma postura protecionista, a Uni\u00e3o Europeia, que \u00e9 um grande parceiro dos Estados Unidos, vai buscar outros estados e ter uma rela\u00e7\u00e3o est\u00e1vel com esses outros mercados. A consequ\u00eancia vai ser encadeada, o Mercosul se torna mais atrativo\u201d, afirmou Caneparo.
\nO principal benef\u00edcio do acordo para o Brasil \u00e9 o acesso ampliado ao mercado europeu. A Uni\u00e3o Europeia \u00e9 um dos maiores mercados do mundo. Com a elimina\u00e7\u00e3o de tarifas alfandeg\u00e1rias e outras barreiras comerciais, provenientes do acordo que ser\u00e1 assinado pelos grupos, o mercado brasileiro seria beneficiado.
\nCoordena\u00e7\u00e3o internacional
\nUm dos efeitos do an\u00fancio \u00e9 a perda de credibilidade por parte do governo americano. A pot\u00eancia, desde a guerra fria, est\u00e1 ligada a grandes decis\u00f5es mundiais, assim como a delibera\u00e7\u00e3o de din\u00e2micas multilaterais e geopol\u00edticas.
\n\u201cAgora, com essas mudan\u00e7as, mesmo que haja um retorno ao status anterior, a confian\u00e7a estar\u00e1 quebrada e os esfor\u00e7os de coordena\u00e7\u00e3o internacional ser\u00e3o muito mais dif\u00edceis, complicando a integra\u00e7\u00e3o entre os pa\u00edses. Com a falta de um l\u00edder organizador da economia mundial, os pa\u00edses ir\u00e3o focar em seus pr\u00f3prios interesses\u201d, afirma o economista do Instituto de Mercado de Capitais (IBMEC) Willian Baghdassarian.
\nO pa\u00eds descumpriu o princ\u00edpio do livre com\u00e9rcio, estabelecido pela Organiza\u00e7\u00e3o Mundial do Com\u00e9rcio (OMC). A regra prev\u00ea que todos os pa\u00edses-membros devem ser tratados de forma igualit\u00e1ria. Ou seja, tarifas seletivas quebram a norma.<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Especialistas ouvidos pelo g1 analisaram cen\u00e1rio econ\u00f4mico interno diante das medidas anunciadas pelo presidente americano Donald Trump. Pontos negativos e positivos do Tarifa\u00e7o de Trump para o Brasil, segundo especialistas Arte\/g1 O pacote de tarifas rec\u00edprocas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode trazer desafios imediatos para o… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-206590","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/206590","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=206590"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/206590\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=206590"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=206590"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=206590"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}