{"id":206625,"date":"2025-04-13T06:47:25","date_gmt":"2025-04-13T09:47:25","guid":{"rendered":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/206625"},"modified":"2025-04-13T06:47:25","modified_gmt":"2025-04-13T09:47:25","slug":"quem-e-mulher-que-imobilizou-suspeito-de-assediar-sexualmente-sua-amiga-em-joinville","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/acre.jornalfloripa.com.br\/noticia\/206625","title":{"rendered":"Quem \u00e9 mulher que imobilizou suspeito de assediar sexualmente sua amiga em Joinville"},"content":{"rendered":"
Rebeca Lima precisou usar seu conhecimento em jiu-jitsu, adquirido ao longo de oito anos, para imobilizar um homem suspeito de assediar sexualmente sua amiga em Joinville, no Norte catarinense. O caso, que aconteceu em 4 de abril, foi registrado em v\u00eddeo e tomou conta da internet devido \u00e0 sua determina\u00e7\u00e3o e for\u00e7a.<\/p>\n
Rebeca Lima imobilizou suspeito de assediar sexualmente sua amiga em Joinville \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/Internet\/ND<\/p>\n<\/div>\n
Rebeca, chamada de Beka por amigos e familiares, tem 35 anos e atua como gerente administrativa em uma empresa no bairro Am\u00e9rica, na regi\u00e3o central de Joinville.<\/p>\n
Desde 2017, ela pratica jiu-jitsu e afirma que o esporte a salvou em um momento de tristeza. \u201cEu perdi o meu pai no final de 2017. E a perca dele fez muito mal para mim. Ent\u00e3o eu procurei um esporte que eu pudesse descontar a minha energia\u201d relata.<\/p>\n
Com quase oito anos de treinos, Rebeca conquistou a faixa azul no esporte, que, atualmente, \u00e9 a sua paix\u00e3o e o \u00fanico que pratica. Ela afirma que a modalidade continua a auxiliando no controle da ansiedade e estresse.<\/p>\n
Rebeca conta que a primeira vez que utilizou os aprendizados do esporte fora do tatame foi para defender sua amiga. \u201cGra\u00e7as a Deus nunca tinha sofrido um ass\u00e9dio ou presenciado algo do tipo\u201d, diz.<\/p>\n
Quando precisou entrar em a\u00e7\u00e3o, no entanto, Rebeca estava preparada. Ela foi a respons\u00e1vel por\u00a0aplicar um mata-le\u00e3o no suspeito at\u00e9 a chegada da pol\u00edcia.<\/p>\n
Com quase oito anos de treinos, Rebeca conquistou a faixa azul no esporte \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/Arquivo pessoal\/ND<\/p>\n<\/div>\n
Rebeca defende o ensino das artes marciais desde a educa\u00e7\u00e3o b\u00e1sica, para que meninas e mulheres aprendam a se defender de ass\u00e9dios e situa\u00e7\u00f5es perigosas.<\/p>\n
\u201cEu acho muito importante a mulher saber uma arte marcial para se defender de um abuso f\u00edsico, de um agressor, uma viol\u00eancia sexual, uma viol\u00eancia dentro de casa, do feminic\u00eddio\u201d, diz.<\/p>\n
\u201cPara a gente n\u00e3o passar por nenhum constrangimento, nenhum ass\u00e9dio ou importuna\u00e7\u00e3o. Como diz o ditado: \u2018melhor saber e n\u00e3o precisar, do que precisar e n\u00e3o saber’\u201d, garante.<\/p>\n
Rebeca conta que o dia 4 de abril de 2025 foi o segundo dia consecutivo que o ass\u00e9dio aconteceu com sua amiga de trabalho. Ela relata que, quando a colega saiu do ambiente de trabalho para fumar, no dia 3, o suspeito passou por ela na cal\u00e7ada e passou a m\u00e3o em sua bunda duas vezes.<\/p>\n
\u201cHoje, quando ela me relatou isso, convidei ela para irmos l\u00e1 fora, por volta das 9h30. Quando ele estava vindo, ela falou: \u2018l\u00e1 vem ele\u2019. Chamei um especialista que trabalha conosco e coloquei ele onde ela estava, e tirei ela da vis\u00e3o dele [do suspeito]\u201d, relata Rebeca.<\/p>\n
Em seguida, ela conta que o homem desviou deles e seguiu caminho pela cal\u00e7ada. Os amigos, ent\u00e3o, voltaram para dentro da unidade onde trabalham. Cerca de uma hora depois, eles voltaram no local.<\/p>\n
\u201cEle veio novamente, pelo mesmo caminho, pela mesma rua. Eu falei para ela: \u2018agora voc\u00ea fica onde est\u00e1\u2019. Ele n\u00e3o respeitou nem eu, nem o rapaz que estava presente novamente, e passou a m\u00e3o na bunda dela de novo\u201d, conta.<\/p>\n
Ap\u00f3s o ass\u00e9dio, Receba chamou o homem e perguntou se ele teria algum \u201cproblema\u201d, pois j\u00e1 era a terceira vez que ele passava a m\u00e3o na bunda de sua amiga. \u201cEle falou assim: \u2018se ela n\u00e3o quisesse ser encostada ela que sa\u00edsse do meio da rua\u2019\u201d, relata.<\/p>\n
O colega de trabalho das mulheres chamou o suspeito de mal educado. O homem imediatamente desferiu um soco no rosto e no ombro do rapaz. \u201cNisso eu imobilizei, joguei ele no ch\u00e3o e chamamos a pol\u00edcia\u201d, afirma Rebeca.<\/p>\n
O momento foi registrado por pessoas que passavam pelo local. No v\u00eddeo, o homem aparece contrariado. Ele diz que n\u00e3o assediou a mulher e que Rebeca estaria o \u201cafogando\u201d com o mata-le\u00e3o.<\/p>\n